sexta-feira, 30 de abril de 2010

Louis Vuitton: a marca de luxo mais valiosa do mundo



Ranking da Millward Brown selecionou as dez marcas do segmento premium com maior valor.
Grife france conquistou o topo da lista das marcas de luxo mais valiosas do planeta A cultuada grife Louis Vuitton foi considerada como a marca de luxo mais valiosa do mundo. Segundo um estudo divulgado pela consultoria de mercado Millward Brown Optimor - que, no mesmo dia, também publicou a famosa avaliação das 100 marcas mais valiosas do planeta a grife francesa foi avaliada em US$ 19,8 bilhões, angariando o título de marca mais importante do segmento de luxo.

A segunda colocada no ranking é também uma grife francesa. A Hermès foi avaliada em US$ 8,45 bilhões, ficando bem atrás da primeira colocada. Em terceiro, apareceu a italiana Gucci, com valor de marca de US$ 7,58 bilhões, segundo a Millward. O quarto lugar da lista foi concedido à grife francesa Chanel (cujo valor foi estimado a US$ 5,54 bilhões) e o quinto ficou com a Hennessy, avaliada em US$ 5,36 bilhões.

De acordo com a consultoria, as marcas mais bem colocadas no ranking alcançaram tal prestígio por apoiarem sua estrutura de comunicação em valores ligados a exclusividade e a sofisticação associadas ao seu consumo. O restante do ranking das dez marcas mais valiosas do segmento de luxo foi formado pelas empresas Rolex, Moet & Chandon, Cartier, Fendi & Tiffany & Co.

LULA AUTORIZA PT A INTERVIR EM MINAS

Presidente quer PT mineiro apoiando o peemedebista Hélio Costa

Com o objetivo de obrigar o Partido dos Trabalhadores mineiro a apoiar a candidatura do senador Hélio Costa (PMDB) ao governo do Estado, o presidente Lula autorizou o Diretório Nacional petista a intervir na seção mineira, caso o partido não siga a orientação na prévia marcada para domingo (2). Lula está convencido de que Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sua sucessão, precisa não apenas do apoio do PMDB, como de palanque único em Minas para chegar ao Planalto. Trata-se do segundo colégio eleitoral do país, depois de São Paulo, administrado pelo PSDB. A disputa no PT de Minas envolve o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel´, um dos coordenadores da campanha de Dilma, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, que comandou o Bolsa Família. Ao que tudo indica, quem ganhar não vai levar e pode, no máximo, ser candidato ao Senado ou a vice na chapa liderada por Costa. "Quero ser candidato a governador, mas tenho consciência de que todas as alianças passarão pelo crivo do Diretório Nacional do PT, pois o objetivo maior é eleger Dilma", amenizou Pimentel. "A regra do jogo é essa. Não vejo isso como intervenção". Informações do Estadão.

PT RECLAMA DE INSULTOS NA INTERNET




O comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência acredita que o tesoureiro do PSDB, Eduardo Graeff, convocou um exército de internautas para pôr na rede insultos contra a petista. O partido vai ingressar nesta sexta-feira (30) com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra Graeff. Nos bastidores da cena política circulam informações de que ele é o mentor de uma estrutura de guerra, preparada para bombardear a ex-ministra e o PT. Petistas atribuem a Graeff a montagem do site "www.gentequemente.org.br", além de ataques anônimos para atingir Dilma. "O PSDB, que vive entrando na Justiça contra nós, não pode se utilizar de instrumentos criminosos e clandestinos para nos atacar", afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra. "Isso é crime eleitoral."

PP libera diretórios: farão coligações que quiserem

O PP, como se sabe, adiou para o final de maio, início de junho, a decisão sobre a posição que irá adotar na sucessão de Lula.



A despeito disso, o partido já liberou os seus diretórios estaduais para fechar, nos Estados, os acordos que lhe parecerem mais convenientes.



Deve-se a informação ao senador Francisco Dornelles (RJ), presidente do PP federal. Ele concedeu entrevista à Rádio Gaúcha (ouça aqui).



Dornelles esclareceu que a Executiva nacional do PP, reunida na véspera, tomou tres decisões:



1. “Os diretórios estaduais estão totalmente livres para tomar a decisão que desejarem. Eles não têm nem mesmo que dar satisfação ao diretório nacional. Cada diretório estadual é livre para fazer a coligação que entender que deve fazer”.



2. “Todos os diretórios estaduais devem manifestar à Executiva nacional, até a terceira semana de maio, qual é a posição de cada um no âmbito federal”.



3. Deu-se “liberdade total para todos os diretórios, todas as lideranças, discutirem com quem quiser todos os assuntos políticos”. Mas, em relação à eleição presidencial, a decisão final “será tomada pela Executiva nacional”.



Perguntou-se a Dornelles se ele pretende compor a chapa do presidenciável tucano José Serra, na condição de candidato a vice.



O senador repetiu algo que já se converteu num mantra particular: “Não há política sem lenda, sem história, sem boato...”



“...E quando eles adquirem força própria, não adiante você confirmar nem desmentir. De modo que eu não comento esse assunto”.



Recordou-se a Dornelles que o PP do Rio Grande do Sul, fechado com o tucanato local, defende que ele se torne vice de Serra.



Mais: lembrou-se ao senador que também o PSDB gaúcho levou à direção nacional do partido a sugestão de que Dornelles seja convertido em vice.



Em sua resposta, Dornelles insinuou que a posição do PP gaúcho terá peso decisivo na decisão a ser tomada pela Executiva nacional:



“O PP do Rio grande do Sul é o diretório regional mais forte do partido. [...] O PP nacional não tomará nenhuma decisão com a qual não concorde o PP do Rio Grande do Sul”.



Dono de 1min36s de tempo de tevê, o PP oscila entre o apoio a Serra, a Dilma Rousseff ou a neutralidade.



Qual é a tendência?, perguntou-se a Dornelles. E ele: “A última avaliação, feita no início do ano, dava que a grande maioria do partido estava querendo apoiar Dilma”.



Insinuou que os ventos podem ter mudado: “Como disse, pedimos aos diretórios uma outra avaliação. Queremos conhecer o posicionamento de cada um”.



Recusou-se a discorrer sobre tendências: “Só posso falar de fato concreto”.

Lula: ‘Gestão acaba, mas modelo está só começando’

Pronunciamento do Dia do Trabalhador teve tom eleitoral

Neste sábado, presidente leva Dilma à festa das centrais

Lula aproveitou o tradicional pronunciamento do “Dia do Trabalhador” para fazer campanha eleitoral dissimulada.



Prestes a passar o bastão para o sucessor, o presidente usou na rede nacional de rádio e TV um timbre de despedida:



“Esta é a última vez que falo com vocês, como presidente, para comemorar o nosso dia, o Dia do Trabalhador”.



Fez ataques velados à oposição: “Nesses últimos anos, o povo aprendeu a confiar em si mesmo. Aprendeu a não dar ouvidos aos derrotistas e à turma do contra...”



“...Aos que diziam que o Brasil tinha de se contentar com um crescimento medíocre; aos que pregavam o conformismo diante da exclusão social e da injustiça”.



Festejou a conjuntura benfazeja: “O Brasil tem todas as condições de crescer a taxas robustas, na casa dos 5% ao ano [...]”.



Citou os três programas que compõem o mostruário da candidata oficial Dilma Rousseff: Bolsa Família, PAC e pré-sal.



Com jeito, fez uma enfática defesa da continuidade: “Daqui a oito meses, deixarei a presidência da República, cargo para o qual fui eleito duas vezes...”



“[...] Olhando para o calendário, meu período de governo está chegando ao fim.

Mas algo me diz que este modelo de governo está apenas começando.”



À sua maneira, Lula estimulou os patrícios que o brindam com a superpopularidade a prestar atenção nas urnas:



“Algo me diz, fortemente, em meu coração, que este modelo vai prosperar. Sabe por quê?...



“...Porque este modelo não me pertence: pertence a vocês, pertence ao povo brasileiro...”



“...Que saberá defendê-lo e aprofundá-lo, com trabalho honesto e decisões corretas”.



Neste sábado, dia em que se comemora o 1º de Maio, Lula vai como que sinalizar aquela que, na sua opinião, é a “decisão correta”.



Pela primeira vez em sete anos de mandato, Lula participará dos festejos organizados pelas centrais sindicais, em São Paulo.



Carregando Dilma a tiracolo, o presidente prestigiará os eventos da CUT e da Força Sindical.



Estima-se que a candidata e o cabo eleitoral verão e serão vistos por mais de 1 milhão de pessoas.



O rival tucano José Serra não foi convidado. Para não desperdiçar o sábado, o presidenciável da oposição decidiu voar para Santa Catarina.



Serra vai ao balneário de Camboriú. Terá um encontro com léderes de um outro ninho de votos: os evangélicos.

PT-MG contraria Lula e mantém o projeto sem PMDB

Contra a vontade de Lula, o diretório do PT de Minas Gerais manteve inalterado o seu calendário.



Realiza neste domingo (2), a eleição prévia para escolher um candidato ao governo do Estado.



Estão no páreo: o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel; e o ex-ministro do Bolsa Família, Patrus Ananias.



Imaginou-se que, escolhido o candidato, o petismo mineiro iria à mesa de negociações com o PMDB do ex-ministro Hélio Costa. Porém...



Porém, o partido de Lula tem outros planos. Planeja cozinhar o PMDB e Hélio Costa em banho-maria até o final de maio.



O PT-MG condiciona o entendimento à realização de um encontro estadual. Está marcado para os dias 21, 22 e 23 de maio.



Antes disso, nada feito. Mais: a depender da vontade do presidente do PT-MG, deputado Reginaldo Lopes, a legenda não vai apoiar Hélio Costa.



A estratégia do PT foi explicitada numa entrevista do deputado Reginaldo à Rádio Itatiaia (ouça aqui).



“O PT estabeleceu um calendário, estabeleceu um processo, ele precisa encerrar esse processo”, disse Reginaldo.



“A militância do PT foi preparada durante dois anos para ter um dos pré-candidatos ao governo do Estado, seja Fernando Pimentel ou Patrus Ananias”.



Cumprido o calendário, aí, sim, afirma Reginaldo, o PT mineiro espera iniciar “um amplo debate com o PMDB e com os partidos aliados”.



Para quê? Para “mostrar a importância de que o PT tenha um candidato no primeiro turno” das eleições para o governo do Estado.



Eis a lógica que guia as ações do dirigente petista: “Na eleição em Minas, como uma eleição em que nós estamos na oposição...”



“...É melhor que a gente tenha vários palanques, desde que isso seja combinado com os aliados, em especial com o PMDB...”



É melhor “...que a gente possa fazer uma eleição em Minas de dois turnos. Acho que seria mais natural do que uma aliança agora no primeiro turno”.



Lula, um pedaço do PT federal e a quase totalidade do PMDB raciocinam em linha oposta à de Reginaldo.



Ainda na primeira colocação das pesquisas mineiras, Hélio Costa reivindica o apoio do PT já no primeiro turno.



Hélio argumenta que, dividido, o consórcio governista arrisca-se a entregar a vitória ao candidato de Aécio Neves, o tucano Antonio Anastasia.



Pior: na visão do candidato pemedebê, o palanque duplo fragiliza a campanha presidencial de Dilma Rousseff no segundo maior colégio eleitoral do país.



Tomado por uma entrevista que concedeu há dez dias, Lula parece dar razão ao PMDB. Recorde-se, por oportuno, o que disse o presidente:



“As coisas em Minas Gerais tinham tudo para acontecer normalmente, sem nenhum trauma, sentar PT e PMDB e tentar conversar...”



“...Tínhamos e temos chance de ganhar na medida em que o Aécio não é candidato e ninguém pode conseguir transferir 100% dos votos...”



“...Tudo isso estava na minha conta. De repente, o PT resolve fazer uma guerra interna sem nenhuma necessidade...”



“[...] Acho que nossos companheiros, Patrus e Pimentel, vão ter que fazer um esforço incomensurável para fazer uma chapa lá...”



“...Sinceramente, não acho que a prévia resolva. [...] Se o PT precipitar suas decisões, vai ficando cada vez mais num beco sem saída”.



Reginaldo não se dá por achado. Afirma que “ninguém é dono da verdade”. Joga a decisão no colo dos filiados do PT mineiro:



“Se a plenária [do encontro estadual] decidir por palanque único, se decidir por palanque duplo, se definir que tem que ser um candidato do PT, é o que nós vamos acolher e encaminhar”.



Para desassossego de Lula e do PMDB, Reginaldo como que antecipa o resultado da assembléia partidária:



“Eu estou muito convicto de que a base do PT quer a candidatura do partido na cabeça de chapa”.



Reginaldo integra o grupo do ex-prefeito Pimentel, um dos coordenadores do comitê de campanha de Dilma. É de supor que estejam executando a mesma partitura.

manchetes desta sexta

- Globo: Supremo confirma que anistia vale também para torturador



- Folha: Lei da Anistia fica como está, diz STF



- Estadão: Revisão da Lei de Anistia é rejeitada pelo Supremo



- JB: Do euro para o ouro



- Correio: Crime da 113 Sul: Investigação de araque



- Valor: Disputa entre fornecedores baixa custos de Belo Monte



- Jornal do Commercio: Ladrões de remédio na cadeia

quinta-feira, 29 de abril de 2010

lista dos 10 líderes mais influentes da Time



1 - Luiz Inácio Lula da Silva
2 - J.T. Wang
3 - Admiral Mike Mullen
4 - Barack Obama
5 - Ron Bloom
6 - Yukio Hatoyama
7 - Dominique Strauss-Kahn
8 - Nancy Pelosi
9 - Sarah Palin
10 - Salam Fayyad

Futebol: Globo bate Terra na Justiça

O portal Terra acaba de perder uma ação impetrada pela Globo na Justiça de São Paulo por uso indevido de imagens de partidas de futebol. A Globo, que detém os direitos exclusivos de transmissão de quase todos os campeonatos de futebol no país, reclamava que o Terra usava imagens quase em tempo real, além de fazer uso comercial delas, através de patrocínios.

A legislação permite que 3% do tempo total de um evento esportivo é aberto a todas as emissoras ou portais. A ação corria na Justiça desde julho. O Terra pode recorrer da decisão

A brigalhada petista

As divergências na cúpula da campanha petista estão mais e mais escancaradas. Agora, o insuspeito petista Ricardo Kotscho resolveu dar mais alguns detalhes num texto recém-postado em seu blog. Fala Kotscho:

- João Santana, o marqueteiro do PT, teve seu papel reduzido a produtor dos programas de televisão no horário político que começa em agosto. O comando da comunicação foi entregue ao deputado estadual e jornalista Rui Falcão (PT-SP), que está montando uma superestrutura em Brasília e São Paulo, com dezenas de profissionais renomados já contratados nas diferentes áreas.

- O comando político da campanha está dividido entre o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito mineiro Fernando Pimentel, e os deputados federais paulistas Antonio Palocci e José Eduardo Cardoso, que nem sempre falam a mesma língua.

A respeito do desempenho de sua candidata, Kotscho é rigoroso:

- Dilma ainda não conseguiu se livrar do figurino e da linguagem de tecnocrata, (está) pouco à vontade no papel de candidata.

DUDA TENTOU SER MARQUETEIRO DE DILMA

O publicitário baiano Duda Mendonça tentou, em janeiro deste ano, oferecer seus serviços à pré-candidata petista à Presidência Dilma Rousseff. O movimento foi abortado pelo presidente Lula, que impôs o publicitário João Santana na comunicação. O marqueteiro, que, durante a CPI do Mensalão afirmou ter R$ 10,5 milhões do PT numa conta secreta no exterior, disse que "com Serra ou Dilma a gente está bem servido". Ele tem contas tanto no governo federal quanto no de São Paulo, terreno tucano.

A receita de Pimentel para Dilma: ‘Mais objetividade’

Membro da coordenação de campanha de Dilma Rousseff, o grão-petê Fernando Pimentel falou em público sobre um tema delicado.




Em entrevista à Rádio Gáucha, disponível aqui, Pimentel foi instado a comentar o esforço empreendido para vestir em Dilma o figurino de candidata.



Ao responder, o operador petista terminou por borrifar no ar os reparos que vêm sendo feitos a Dilma em privado:



“O que há é uma crescente adaptação da nossa candidata a esse papel que ela está cumprindo agora. Ela não é mais ministra do governo...”



“...Então, ela tem que, aos poucos, deixar de usar aquela linguagem mais técnica, mais analítica, mais elaborada que ela sempre usou...”



“...Na função de candidato, não pode ser assim. Ela tem que dar respostas mais objetivas, mais concisas, mais curtas...”



“...Sob pena de esgotar o tempo de uma entrevista e não conseguir passar o recado inteiro. Isso não era necessário no momento em que ela era ministra, mais técnica”.



“...Ela está se adaptando a isso, acho que, crescentemente, está se saindo muito bem...”



“...Essa pré-campanha, entre outros objetivos, acaba cumprindo essa função de preparar o pré-candidato para a campanha efetiva, que começa em julho...”



“...Aí, sim, ela vai estar, para usar uma expressão popular, em ponto de bala para disputar e ganhar, se Deus quiser, as eleições de presidente da República”.



Na véspera, em palestra feita no Rio, o marqueteiro Duda Mendonça, fizera reparos à, digamos, reconstrução de Dilma:



"Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não...”



“...Pegá-la e fazer outra pessoa...Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia”.



Como se vê, é dura a vida de uma candidata noviça.

No ES, Hartung apoia Casagrande e isola o tucanato

Nas pegadas do sacrifício da candidatura presidencial de Ciro Gomes, produziu-se no Espírito Santo uma reviravolta política.



Candidato ao governo estadual pelo PSB, a legenda de Ciro, o senador Renato Casagrande logrou reunir à sua volta o PMDB e o PT.



Foi para o espaço a candidatura de Ricardo Ferraço (PMDB), atual vice-governador do Estado. Foi “rebaixado” a candidato ao Senado.



O governador Paulo Hartung (PMDB), que patrocinava as pretensões de Ferraço, transferiu seu apoio para Casagrande.



Participa do arranjo também o prefeito de Vitória, João Coser (PT).



Antes, Coser indicaria o vice de Ferraço. Agora, vai apontar o segundo da chapa de Casagrande.



Com isso, fortaleceu-se o palanque capixaba da presidenciável petista Dilma Rousseff.



Ferraço (33%) e Casagrande (28%) frequentavam as pesquisas de opinião na primeira e na segunda colocação.



Imagina-se que, apoiado por Hartung e Ferraço, agora candidato ao Senado, Casagrande irá às urnas com o semblante de favorito.



Como subproduto do arranjo governista, isolou-se o candidato do PSDB ao governo capixaba. Chama-se Luiz Paulo Vellozo Lucas.



Ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo é, hoje, deputado federal. Embrenhara-se na disputa para organizar o palanque de José Serra no Espírito Santo.



Emparedado pela tropa governista, não restou ao amigo de Serra senão tentar recolher as “sobras” do exército rival.



Encontra-se boiando na atmosfera política capixaba o governista PR. Tinha assegurado uma candidatura ao Senado na chapa de Ferraço.



Seria ocupada pelo senador Magno Malta, candidato à reeleição. O vendaval deixou-o momentaneamente desalojado.



A mexida na cena política do Espírito Santo fora iniciada no final de março. Hartung anunciara que permaneceria no governo até dezembro.



Com isso, desistiu de concorrer ao Senado. Nos subterrâneos, ofereceu a vaga de senador ao PSB. Casagrande refugou a oferta.



Lero vai, lero vem, Hartung amarrou um guizo no pescoço Ferraço, seu vice. Empurrou-o para o Senado. E fechou com Casagrande.



Ao retirar Ciro Gomes de cena, o PSB associou-se a Dilma e soldou o acordo.



Assim, prevaleceu no Espírito Santo o lema da raposa mineira Magalhães Pinto: política é como nuvem. Num dia, está de um jeito. Noutro...

Dilma e Serra medem força em Ribeirão nesta quinta

Nos últimos dias, as agendas de Dilma Rousseff e José Serra passaram a registrar curiosos pontos de intersecção.



Nesta quinta (29), a presidenciável petista e o rival tucano vão medir forças em Ribeirão Preto (SP).



Ambos vão desfilar suas pretensões eleitorais na Agrishow, uma feira internacional de tecnologia agrícola.



Os dois comitês tiveram o cuidado de programar as visitas em horários distintos: Dilma chega à feira às 9h. Serra, às 15h.



Registra-se no triângulo mineiro uma segunda coincidência. Nesta quarta (28), Serra esteve em Uberlândia. Recebeu a corte de Aécio Neves.



Na próxima segunda (3), Dilma visitará a vizinha Uberaba. A justaposição de agendas esconde propósitos inversos.



Serra busca nos municípios do interior de São Paulo e de Minas, pujantes economicamente, os votos que lhe faltarão nos fundões do país.



Bem-posta em regiões mais pobres –Norte e Nordeste— Dilma tenta evitar que seu rival descole excessivamente dela no Sudeste.



Os operadores de Dilma alteraram a lógica da campanha. Antes, privilegiava-se o atendimento de aliados políticos da candidata nos Estados.



Agora, para fugir às divergências regionais que opõem o PT a outras legendas governistas, dá-se preferência a compromissos temáticos.



Com isso, reduziu-se o número de viagens. A candidata ganhou tempo para se dedicar a sessões de treinamento de mídia, ministrado por espelistas.



Neste sábado (1º de maio), Dilma recordará os tempos de ministra. Vai à vitrine ao lado de Lula.



A candidata e seu cabo eleitoral prestigiarão os festejos do Dia do Trabalhador. Vão às festas da CUT e da Força Sindical, ambas hostis a Serra.

manchetes desta quinta

- Globo: PM ocupa sete favelas da Tijuca sem nenhum tiro



- Folha: BC aumenta juros após 19 meses



- Estadão: Planilha do caixa dois de Arruda cita 'Sarney'



- JB: A crise europeia: A vez da Espanha



- Correio: Viagra genérico está liberado a partir de junho



- Valor: Fundos populares já são superados pela poupança



- Jornal do Commercio: Timbu decide com o Leão

quarta-feira, 28 de abril de 2010

LULA CONCORDA COM 7% PARA APOSENTADOS

Os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disseram nesta terça-feira (27), após reunião com o presidente Lula, que vão trabalhar para aprovar no Congresso Nacional um reajuste de 7% para aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Segundo eles, Lula sancionaria a medida provisória se o valor do reajuste, inicialmente previsto para 6,14%, subisse para 7%. “Não tenho dúvida de que se for construído um acordo redondo, o presidente vai sancionar”, afirmou Jucá. “Com a palavra do relator e líder do governo na Câmara e a palavra do líder do governo no Senado, sem dúvida nenhuma a proposta será sancionada pelo presidente”, disse Jucá. Ele se comprometeu a trabalhar no Senado para aprovar um reajuste de 7%, caso o valor passe na Câmara. “Se esse acordo for consolidado na Câmara, vamos trabalhar para trazer esse acordo para o Senado também, como uma forma de sinalizar ao governo que é um entendimento da base e, portanto, deve ser sancionado”, explicou o senador. Vaccarezza também se comprometeu a levar adiante o aumento do reajuste para os aposentados, mas assinalou que um valor acima de 7% seria vetado por Lula. “Nenhum centavo acima de 7% vai passar. Se passar mais do que isso é insustentável”, disse o deputado

PT CRIA PROGRAMA DE RÁDIO PARA DILMA

A equipe da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), iniciou nesta terça-feira (27) mais uma estratégia para tentar disseminar a campanha pela internet e por rádios do interior do país. Entrou no ar, no site da candidata o "Fala Dilma", a gravação de cinco minutos em que há uma simulação de entrevista com a Dilma. A primeira gravação trata do Bolsa Família. Com entonação e ritmo de fala típicos de quem está lendo um texto, Dilma disse, entre outras coisas, que "quem é contra o Bolsa Família é quem não precisa do Bolsa Família". Segundo o site da pré-candidata, as "entrevistas" serão veiculadas de segunda a sexta e sempre vão tratar de um tema "importante da agenda nacional". Um dos objetivos é tornar o material atrativo para que seja veiculado nas rádios de interior, e tornar o seu nome conhecido fora das grandes metrópoles. A estratégia visa também, servir de treinamento para Dilma, que recebeu na semana passada uma bronca do presidente Lula por ter uma fala muito técnica em entrevistas. Dilma iniciou ontem a uma viagem sem agenda pública de dois dias para gravar imagens em locais que fizeram parte de sua vida na infância, na juventude e na carreira pública. Informações da Folha.

MerCOSUL E UE RETOMAM NEGOCIAÇÕES

O Mercosul e a União Europeia retomaram as negociações para um acordo de comércio, informou nesta terça-feira (27) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. As tentativas estavam paradas desde 2004. “O Mercosul já fez concessões. Vamos lá nos próximos dias para ver o que a União Europeia vai fazer', disse. Miguel Jorge pondera, entretanto, que as negociações com a União Europeia estão em 'estágio inicial'. 'Fizemos concessões na área de industrial e esperamos concessões na área agrícola. É preciso fazer um acordo, mas estamos no começo das discussões. Não esperamos fazer um acordo no curto prazo. É difícil sair ainda em 2010', afirmou ele. O ministro se reuniu nesta terça-feira (27), em Brasília, com ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Rainer Brüderle, para tratar de investimentos alemães no Brasil. Segundo ele, há interesse de empresas alemãs em investir em infraestrutura no país, o que incluiria os projetos para a Copa de 2014, para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, além de outros setores, como defesa. De acordo com o ministro alemão, Rainer Brüderle, os temas de transporte são importantes. 'Há decisoes importantes que vão ter de ser tomadas, como sobre o trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo. E aí levanta-se a questão se é melhor usar um trem de limitação mais magnética, ou um sistema roda trilho.

Dilma e Temer ‘formalizam’ chapa em duas semanas

PMDB e PT decidiram dar um ar de fato consumado à sua parceria eleitoral. Unidos por acordo pré-nupcial firmado em 2009, as legendas vão antecipar o casamento.



O PT aclamou Dilma Rousseff como sua candidata em Congresso partidário realizado em fevereiro.



O PMDB agendou para 15 de maio o Congresso que indicará Michel Temer como candidato a vice-presidente da República.



Sem alarde, a “noiva” foi convidada a participar do evento do “nubente”. Com as bênçãos de Lula 'Governabilidade' da Silva e do PT, Dilma Rousseff aceitou.



Em termos práticos, vai-se antecipar em um mês uma boda que seria celebrada nas convenções partidárias de junho.



Deseja-se produzir um fato político que leve às manchetes a impressão de que o palanque do governo está mais bem alicerçado que o da oposição.



Com a adesão do PSB de Ciro Gomes, cuja candidatura foi incinerada, a coligação de Dilma está escorada em sete legendas: PT, PMDB, PDT, PR, PCdoB, PRB e PSB.



Esse consórcio partidário já assegura à candidata de Lula uma vitrine televisiva de 9min09s.



Amparado por três partidos –PSDB, DEM e PPS— o tucano José Serra conta, por ora, com escassos 5min37s de tempo de tevê.



Nos subterrâneos, o PT se mexe para tentar evitar que o senador Francisco Dornelles vire candidato a vice na chapa de Serra.



Primo do grão-tucano Aécio Neves e presidente do PP, Dornelles (RJ) administra o assédio do PSDB sem fechar a porta para o PT.



Nesta quarta (28), sob o comando de Dornelles, a Executiva do PP deve se reunir em Brasília. Será um encontro de cartas marcadas.



Está combinado que o PP vai adiar a decisão sobre o apito que irá tocar na sucessão de Lula.



O PP desfila na passarela eleitoral munido de um patrimônio de 1min20s de propaganda televisiva. Daí o duplo assédio.



Unindo-se à caravana petista, o PP eleva o tempo da propaganda eleitoral de Dilma para notáveis 10min29s.



O PSDB dá de barato que PTB e PSC vão entregar seus espaços na tevê para Serra. Se confirmado, a oposição iria a 6min57s. Com o PP, saltaria para 7min77s.



O PT executa dois movimentos. Num, tenta convencer Dornelles de que a adesão a Dilma é melhor negócio.



Noutro, conspira para arrancar do PP pelo menos a neutralidade. Nessa hipótese, o partido de Dornelles não fecharia com nenhum dos lados.



Solteiro, o PP liberaria os seus diretórios regionais para fechar, nos Estados, as composições que lhes pareçam mais convenientes.



Contra a manobra petista, o DEM, em tese o dono da vaga de vice de Serra, já se dispôs a abrir mão do posto em favor de Dornelles.



Aproveitando-se da situação, um pedaço da bancada de deputados do PP avança sobre o Orçamento da Viúva.



Ttentam arrancar verbas de emendas que, injetadas no Orçamento, foram represadas pelo governo.



O oportunismo da tribo pepê acomodou um criatório de pulgas sob as plumas do tucanto.



Os operadores de Serra ruminam o receio de que a turma do PP empurra a decisão com a barriga apenas para valorizar o passe.

PT se nega a engolir aliança branca de Cid com Tasso

A demonstração de boa vontade do PSB para com o PT não eliminou o contencioso do partido de Lula com a família Gomes.



Depois do abate de Ciro Gomes, excluído a contragosto da disputa presidencial, o petismo leva o irmão dele, Cid Gomes, à alça de mira.



Governador do Ceará, Cid mantém com o grão-tucano Tasso Jereissati, velho amigo dos Gomes, uma aliança branca.



Para azeitar a reeleição do senador Tasso, Cid tramou acomodar em sua chapa apenas um candidato ao Senado.



Comprometeu-se com o deputado Eunício Oliveira, do PMDB. E torce o nariz para o deputado José Pimentel, candidato do PT.



O petismo federal decidiu endurecer o jogo. Não vai abrir mão da indicação de Pimentel, ex-ministro da Previdência, para o Senado.



Além de incomodar Tasso, a intransigência do PT deixa desassossegado o PMDB de Michel Temer, o futuro vice de Dilma Rousseff.



O grupo de Temer solidariza-se com Eunício, que receia a concorrência de Pimentel.



O eleitor cearense vai mandar para Brasília dois senadores. Empurrado pelos Gomes, Tasso vai à disputa com cara de favorito.



Sem Pimentel, Eunício tem mais chances de beliscar a segunda cadeira. Receia ficar de fora se o petista entrar no jogo.



A cúpula do PSB agendou para terça-feira (5) da semana que vem um encontro com a direção do PT.



Vao à mesa dois assuntos: o apoio do PSB à presidenciável Dilma Rousseff e os acertos que de palanques estaduais.



Depois de passar na lâmina a candidatura de Ciro, o PSB espera obter o apoio do PT para onze candidaturas a governos estaduais.



Uma delas é a de Cid Gomes, candidato à reeleição. Os acertos do irmão de Ciro com Tasso injetarão veneno na conversa.

Disputa por vaga do Senado ameaça unidade tucana

O PSDB, como se sabe, é um partido de amigos integralmente composto de inimigos.



Dizia-se que a eleição de 2010 produzira um inédito estreitamento de inimizades.



Não é bem assim. A divisão voltou a se materializar em São Paulo, berço da legenda.



As divergências afloram numa disputa pela vaga de candidato ao Senado.



De um lado, Aloysio Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil do governo José Serra.



Do outro, o deputado José Aníbal, ex-líder tucano na Câmara.



Aloysio é apoiado pelo grupo de Serra. Aníbal integra a ala de Geraldo Alckmin.



O lufalufa imiscui-se no calendário da candidatura de Alckmin ao governo paulista.



O PSDB programara para esta quinta-feira (29) o lançamento de Alckmin.



Depois de expedidos os convites, o encontro teve de ser adiado. Por quê?



Pretendia-se anunciar toda a chapa majoritária –governador e dois senadores.



Nenhuma dúvida quanto ao candidato ao governo. Alckmin acertou-se com Serra.



Tudo certo quanto ao ocupante da primeira vaga do Senado: Orestes Quércia.



Presidente do PMDB-SP, Quércia vai às urnas como dissidente do PMDB federal.



O único o rififi que opõe Aloysio e Aníbal. O grupo de Serra advoga um acordo.



O acerto passaria pela desistência de Aníbal. O deputado, porém, estica a corda.



Aníbal foi buscar no estatuto do PSDB o remédio para o impasse: exige prévias.



O impasse será submetido ao diretório do PSDB-SP, presidido por Mendes Thame.



Enquanto não for desatado o nó, adia-se o lançamento da candidatura de Alckmin.



Tudo isso ocorre no coração do maior colégio eleitoral do país. Péssimo presságio.

manchetes desta quarta

- Globo: Rebaixamento de Portugal e Grécia agrava crise européia



- Folha: Casal gay tem o direito de adotar criança, decide STJ



- Estadão: Universal é acusada de enviar ao exterior mais de R$ 400 milhões



- JB: Efeito dominó na Europa



- Correio: Governo enquadra cartões de crédito



- Valor: Efeito Grécia é limitado no Brasil e nos emergentes



- Jornal do Commercio: Conta de luz vai cair até 14,48%

terça-feira, 27 de abril de 2010

Propaganda antecipada de Serra: TSE extingue segunda ação

O ministro Joelson Dias, do TSE, decidiu extinguir no início da noite a segunda ação movida pelo Diretório do PT de São Bernardo do Campo (SP) contra José Serra por suposta propaganda eleitoral antecipada.

O ministro Henrique Neves já havia arquivado outro processo contra o ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB à Presidência que também se relacionava à inauguração do trecho sul do Rodoanel (veja mais detalhes na nota postada às 12h30).

Na última ação analisada pelo TSE, o diretório municipal questionava o fato de que, no evento do dia 30 de março, militantes do PT teriam sido impedidos de ir ao local da cerimônia. Também havia, segundo os petistas, a presença de um trio elétrico com “enormes fotos” do então governador.

Na decisão, Joelson Dias usou o mesmo argumento do seu colega de tribunal para arquivar a ação sem julgamento de mérito: o diretório municipal não tem legitimidade para atuar no TSE diretamente.

- (O) diretório municipal não pode representar o partido em demanda tendo por objeto eleição presidencial - decidiu o ministro.

MARQUETEIRO DE DILMA TEM PIZZARIA ASSALTADA



Nesta segunda-feira (26), em plena luz das 14h30, quem sentiu as consequências da criminalidade na Bahia, foi o jornalista João Santana Filho, responsável pelo marketing da campanha da pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff. A pizzaria Piola, no Rio Vermelho, de propriedade do marqueteiro, foi assaltada. A polícia não informou os detalhes da ação bandida, como número de assaltantes ou se houve disparos. Também no mesmo bairro, porém no último sábado (24), a vítima da onda de assaltos foi a Temakeria Barthô.

PARAGUAI: ESTADO DE EXCEÇÃO PARA GUERRILHEIROS

Criminosos que tentaram matar senador queimaram veículo utilizado na ação

O governo paraguaio começou nesta segunda-feira (26) a mobilizar cerca de mil militares no norte do país, depois de o Congresso aprovar a adoção do estado de exceção para o combate a um grupo armado na fronteira com Bolívia e Brasil. O presidente Fernando Lugo afirmou que os militares poderão usar armas de guerra para capturar os membros do Exército do Povo Paraguaio (EPP), acusados de cometerem sequestros e homicídios no norte paraguaio. Com o estado de exceção, ficam autorizadas prisões e transferência sem ordem judicial em 5 dos 17 departamentos. O senador paraguaio Robert Acevedo e outras duas pessoas sofreram um atentado na noite dessa segunda, em Pedro Juan Caballero, cidade na fronteira com o Brasil, zona declarada em estado de exceção, onde operam grupos narcotraficantes. Dois guarda-costas morreram e o senador paraguaio Robert Acevedo, aliado governista, ficou gravemente ferido. Ele dirigia uma caminhonete quando foi baleado por motociclistas, que dispararam mais de 40 tiros. A polícia local prendeu dois suspeitos, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Perto do local do crime, a polícia encontrou um carro incendiado, que teria sido usado pelos suspeitos. O EPP seria formado por cerca de cem pessoas, e teria vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

DILMA TERÁ 48% DE TEMPO NA TV A MAIS QUE SERRA

ILMA TERÁ 48% DE TEMPO NA TV A MAIS QUE SERRA

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09:35:53



As alianças em torno das candidaturas da pré-candidata Dilma Rousseff dão à petista vantagem no tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. O tempo de publicidade projetado para a petista é 48% superior ao de José Serra (PSDB). A diferença pode chegar a 55% caso as atuais tendências de coligação se confirmem. Nesse cenário mais provável, Dilma teria direito a 10min29s, contra 6min46s de Serra. Hoje o PSB deve oficializar a desistência do deputado Ciro Gomes (CE) da corrida ao Palácio do Planalto em prol do apoio à candidata petista. Hoje, Dilma conta com o apoio já declarado de PMDB, PDT, PR, PC do B e PRB, o que dá 8min16s dos 25 minutos. O PP se diz indefinido, mas a tendência atual é de fechamento com Dilma. Com o acréscimo de PP e PSB, o tempo de Dilma subiria para 10min29s. Já Serra, que conta hoje com DEM e PPS, tem 5min37s assegurados, mas há perspectiva de que ele ganhe o apoio de PTB e PSC. Com isso, seu tempo na TV iria a 6min46s. Em qualquer dos cenários, a pré-candidata Marina Silva -que só deve contar com a sustentação do seu partido, o PV- ficaria com 4,2% do tempo de TV: 1min03s. No melhor cenário para Dilma (apoio do PP, do PTB e do PSC), a candidata chega a ter 101% de vantagem sobre Serra. Na hipótese de essas três legendas migrarem para os tucanos, Serra chegaria perto da candidata petista -apenas 13% de tempo a mais para o PT. A campanha eleitoral na TV vai durar 45 dias, no primeiro turno, tendo início em 17 de agosto.

extorsão,

O ‘Jornal do Brasil’ levou à manchete, nesta terça (27), uma informação inusitada: o vice-presidente José Alencar foi vítima de uma tentativa de extorsão.



Segundo a notícia, a coisa se passou no último domingo (25). Alencar encontrava-se no Rio, num imóvel que mantém em Ipanema.



Sem empregados em casa, atendeu, ele próprio, a um telefonema. Do outro lado da linha, uma voz feminina, em timbre de desespero, chamou-o de “pai”.



Informou que fora sequestrada. Disse que se encontrava amarrada. E pediu a Alencar que atendesse às exigências de seus algozes.



Alencar imaginou tratar-se de uma de uma de suas filhas. Pôs-se a dialogar com uma voz masculina.



O suposto sequestrador exigiu que o vice-presidente providenciasse R$ 50 mil. Alencar informou que não dispunha daquela quantia em casa.



Em texto assinado por Hildegarde Angel, o jornal anota que Alencar regateou o valor do resgate, reduzindo-o para R$ 20 mil.



Manteve o criminoso numa linha. Noutra, tocou o telefone para um empresário amigo: Walter Moraes.



Encareceu que o ajudasse a obter os R$ 20 mil. E voltou à primeira ligação. Súbito, informa o jornal, o suposto sequentrador perguntou:



“Você trabalha com o quê?”. E Alencar: “Eu sou vice-presidente da República do Brasil”.



“Qual é seu nome?”, quis saber o interlocutor. “José Alencar Gomes da Silva”. O telefone emudeceu. O criminoso desligou.



Acionada, a segurança da Vice-Presidência tenta apurar a origem da ligação.



Suspeita-se que Alencar tenha sido alcançado pelo golpe do falso sequestro. Prática que se tornou comum nas grandes cidades do país.



Por vezes, as ligações ameaçadoras são disparadas de dentro de presídios, por meio de celulares.



Tomando-se como fiel o relato do ‘JB’, fica-se com a impressão de que, no Brasil, a criminalidade, por disseminada, não poupa mais ninguém.



Ousadia semelhante só havia sido registrada em dezembro de 2006.



De passagem pelo Rio, Ellen Gracie e Gilmar Mendes, à época presidente e vice-presidente do STF, tiveram o carro roubado.



Era noite. Ellen e Gilmar tinham pousado na Base Aérea do Galeão havia pouco. Percorriam a Linha Vermelha, a caminho do hotel.



A comitiva que os conduzia foi bloqueada. Os assaltantes levaram dois carros. Entre eles o que transportava as duas autoridades máximas do Supremo.



Depois do Judiciário, o Executivo. Falta mais o quê?

PSB 'conjuga' o Ciro-2010 no passado

"Nós entendíamos, lá atrás, que era melhor ter duas candidaturas dentro do campo governista. Exercitamos esse debate...”



“...Acho que foi muito importante porque, não só permitiu o crescimento do partido, como também conteve o crescimento da oposição".



As frases acima, foram pronunciadas pelo governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.



Falou nesta segunda (26), em Recife. Referia-se à pseudocandidatura presidencial de Ciro Gomes. Conjugou os verbos no passado.



Nesta terça (27), Eduardo Campos estará em Brasília. Vai comandar a reunião da Executiva nacional do PSB.



Na mesa, um único tema: Ciro Gomes, o correligionário que, há semanas, vê o pretérito passando do seu lado.



Dá-se de barato que as pretensões presidenciais de Ciro serão passadas na lâmina. Porém...



Porém, a despeito de buscar a imagem de Ciro no retrovisor, Eduardo Campos esquivou-se de baixar a guilhotina nessa entrevista da véspera.



"Existem Estados onde temos candidatos viáveis a governador, que precisam de tempo de televisão e de apoio político para consolidar suas vitórias. Isso tem feito o partido discutir".



Ao mesmo tempo, na iminência de ter de descer do muro, o governador soou como se estivesse rendido à lógica plebiscitária urdida por Lula:



"Agora, o que existe, de fato, é uma polarização em curso da eleição nacional". Ou seja, só haveria espaço para José Serra e Dilma Rousseff -o "Fla-Flu" de que se queixa Ciro.



Não receia que, empurrado para fora do tabuleiro, Ciro, já de língua solta, se torne um aliado definitivamente tóxico?



Eduardo Campos manuseia panos quentes: "Ele é uma pessoa que, além de companheiro, fez amigos dentro do PSB”.



E, de novo, encena, em gesto protocolar, o retardamento da descida da lâmina. Referiu-se à encrenca como se a resolução ainda comportasse dúvida:



“Se [Ciro] for candidato, não tem como ficar meia pedra, meio tijolo com a candidatura dele, tem que ir todo mundo com ele...”



“...Se Ciro não sair candidato, o partido vai seguir a decisão partidária que vamos discutir e amadurecer com toda tranquilidade".



A decisão partidária, que o presidente do PSB teve a delicadeza de não explicitar, é o apoio à candidatura governista de Dilma Rousseff.

Dilma reduz viagens para privilegiar ‘treino de mídia’

Sem alarde, o quartel general de Dilma Rousseff alterou os planos de campanha da candidata de Lula.



Decidiu-se reduzir, nas próximas semanas, o ritmo das viagens. O tempo livre será usado para aumentar o número de sessões de treinamento da candidata.



Dá-se a essas sessões um nome expresso em língua inglesa: “Media training”.



Consiste em treinar a candidata para extrair de seus contatos com jornalistas o máximo proveito, reduzindo o risco de gafes.



O treino inclui entrevistas simuladas, além da análise pormenorizada das manifestações da candidata.



Comum nas grandes empresas, o treinamento é conduzido, no caso de Dilma, pelo marqueteiro João Santana e por especialistas contratados por ele.



A candidata do PT já vinha sendo submetida ao "adestramento" midiático. Decidiu-se, porém, intensificar o aprendizado.



Avalia-se internamente que, a despeito da evolução da candidata, seu desempenho está, ainda, longe do ideal.



Essa avaliação, como já noticiado pelo repórter Valdo Cruz, é compartilhada por Lula. Daí a ideia de submeter Dilma a um “intensivão”.



Os especialistas que assessoram Dilma analisam junto com a candidata as entrevistas que ela concede às emissoras de rádio e TV.



Depois, ensinam técnicas para “limpar” o discurso. Persegue-se a frase curta, clara, livre de cacoetes. Busca-se o raciocínio redondo, com começo meio e fim.



Parte-se do pressuposto de que Dilma, habituada a conduzir reuniões técnicas, tem de ajustar o discurso do grau médio de compreensão do eleitor leigo.



Dilma continuará concedendo entrevistas em profusão. Nesta segunda (26), falou à Rádio Brasil Sul, de Londrina (PR).



Realçou programas da gestão Lula. A certa altura, disse que não é “uma política tradicional”. Porém...



Porém, “o fato de eu ter participado nos últimos cinco anos e meio da coordenação de todos os programas de governo [...] acho que me credencia" (ouça trechos).





Um dos integrantes do comitê de Dilma disse ao blog que não há crise na campanha oficial nem ansiedade com o desempenho da candidata.



Ao contrário. Considera-se natural que Dilma, neófita em campanhas políticas, atravesse uma fase de “aprendizado”.



Afirmou que as principais entrevistas de Dilma são acompanhadas por grupos de eleitores, em pesquisas qualitativas.



Os resultados revelariam boa aceitação do discurso. De resto, disse o operador da campanha petista, o rival José Serra também vem cometendo os seus equívocos.



Mencionou as frases do candidato tucano sobre o Mercosul. Deixaram no ar, segundo ele, a impressão de que Serra, se eleito, acabaria com o mercado comum.



Citou também a comparação, a seu ver “esdrúxula”, da união entre Lula e Dilma com a malfadada parceria entre Paulo Maluf e Celso Pitta.



Imagina-se que, até junho, Dilma estará “afiada”, pronta para o debate direto com o rival Serra. A conferir.

manchetes desta terça

- Globo: PM começará pelo Borel ocupações na Zona Norte



- Folha: Violência no Guarujá faz EUA alertarem turistas



- Estadão: Incra poderia assentar 50 mil famílias, e ainda desapropria



- JB: Alencar é vítima de extorsão



- Correio: Receita do ministro: sexo cinco vezes por semana



- Valor: STJ conclui texto do novo código de processo civil



- Estado de Minas: Hipertensão avança e ministro receita sexo



- Jornal do Commercio: Babá fica livre

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A autocrítica de Serys

Derrotada por Carlos Abicalil nas prévias para definir a candidatura do PT do Mato Grosso para o Senado, a senadora Serys Slhessarenko afirma que não será candidata a nada este ano e que voltará a ser professora universitária. Afirma Serys:

- Tenho que fazer uma reflexão e ver onde errei. Meu mandato não correspondeu.

Serys também pode complicar a vida do PT no estado. Quer apoiar Mauro Mendes (PSB) para o governo, ao contrário do partido que deseja se aliar ao PMDB de Silval Barbosa.

Gugu em quarto lugar

Gugu Liberato, a mais cara contratação de 2009 da televisão brasileira, amargou um quarto lugar na briga pela audiência dos domingos. Marcou magros oitos pontos e perdeu ontem, pela ordem, para o Fantástico (24 pontos), Silvio Santos (doze pontos) e para o Pânico na TV! (dez pontos), segundo o Ibope para a Grande São Paulo.

TSE arquiva ação do PT contra Serra

O ministro Henrique Neves, do TSE, decidiu arquivar a ação movida pelo Diretório Municipal do PT de São Bernardo do Campo (SP) contra José Serra. Os petistas acusavam o ex-governador pauulista de propaganda eleitoral antecipada durante a cerimônia de inauguração do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, no dia 30 de março.

No local, havia outdoors com a imagem de Serra e do deputado estadual tucano Orlando Morando com os dizeres “Seu presente chegou! Rodoanel - O nosso trabalho você vê!”. Embaixo da frase, constava as assinaturas de Serra e de Morando. O TRE-paulista já havia ordenado a retirada dos outdoors.

Henrique Neves usou uma argumentação técnica para arquivar a representação. Segundo o ministro, citando vários precendetes da Corte, só quem pode representar diretamente ao TSE é o diretório nacional do partido e não o diretório municipal, como ocorreu.

– Por estas razões, ausentes as condições para o regular desenvolvimento do processo, nego seguimento à representação – descreve o ministro no despacho.

Ainda há uma segunda representação para ser apreciada pelo TSE sobre campanha antecipada de Serra.

LULA: É ‘INSANO’ NÃO APOSTAR EM BELO MONTE

O presidente Lula defendeu, em de seu programa de rádio “Café com presidente”, publicado nesta segunda-feira (26), a construção da usina Belo Monte no Pará. Ele disse que a energia gerada por uma hidrelétrica “ainda é a mais barata” do mercado e que seria “insano” apostar numa termoelétrica a óleo diesel num momento em que o mundo negocia questões climáticas. O presidente afirmou que o projeto foi estudado, e pediu a compreensão dos brasileiros. “Belo Monte é um projeto de 30 anos, não é de agora. Levou muito tempo sendo discutida. Peço a compreensão da sociedade brasileira para perceber o que está acontecendo. Nós temos um potencial hídrico de praticamente 260 mil megawatts. Se o Brasil deixar de produzir isso para começar a utilizar termoelétrica a óleo diesel será um movimento insano contra toda a luta que estamos fazendo pela questão climática”. Ele completou: “Importante entender: temos fixado um preço por megawatt/hora mínimo de R$ 83,00. As empresas que ganharam ofereceram praticamente R$ 78,00 o megawatt/hora. Uma usina eólica custa R$ 150,00 o megawatt/hora, e uma usina a gás, mais ou menos R$ 200,00 um megawatt/hora. Portanto, a energia hídrica ainda é a mais barata”, disse.

PRESIDENCIÁVEIS DISPUTAM OS 25% DE EVANGÉLICOS

Evangélicos representam um quarto da população brasileira

Os pré-candidatos à Presidência estão dispensando atenção especial para o público evangélico, que já representa um quarto do eleitorado brasileiro. Nos bastidores, as coordenações das campanhas iniciaram uma guerra pelo apoio das igrejas evangélicas. José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) investem na aproximação com as gigantes Assembleia de Deus e Universal, respectivamente. A única pré-candidata realmente evangélica na disputa, Marina Silva (PV) enfrenta dificuldade para fechar alianças formais, mas dedica parte expressiva da agenda a encontros com fiéis e líderes religiosos. Desde outubro passado, os três concorrentes já bateram à porta do presidente da Convenção Geral da Assembleia de Deus, pastor José Wellington Bezerra da Costa. Ele lidera cerca de 10 milhões de seguidores, e é considerado mais próximo de Serra, a quem apoiou no segundo turno de 2002. Aliada do presidente em suas duas vitórias, a Universal é tida como certa na campanha de Dilma. O PRB, ligado à igreja, deve integrar a coligação. "Não temos cacife para disputar a cúpula das maiores igrejas, mas a Marina tem comunicação direta com a base cristã. Por mais que o pastor mande votar na Dilma, os fiéis vão saber quem tem fé", alfineta o coordenador da campanha do PV, Alfredo Sirkis.

CHÁVEZ REBATE CRÍTICAS A "CUBANIZAÇÃO"

O presidente venezuelano Hugo Chávez defendeu neste domingo (25) a presença de militares cubanos nas Forças Armadas e afirmou que o general da reserva Antonio Rivero, que criticou a suposta ingerência de Havana no país, foi "envolvido" pelo discurso oposicionista. "Estão sempre à caça de militares descontentes", disse Chávez durante seu programa de TV semanal, diante de uma plateia de militares no Estado de Apure, no sudoeste. "Que cubanização? Os cubanos estão aqui nos ajudando. Nos disseram como reparar rádios de tanques e como deve ser o armazenamento de munição". Na quinta, Rivero, na reserva desde o dia 7, disse que generais cubanos e militares de patentes intermediárias participam de áreas estratégicas da defesa venezuelana, como planejamento, treinamento e inteligência. Rivero, que estuda lançar-se candidato a deputado nas cruciais eleições legislativas de setembro, disse que rejeitava a presença cubana assim como rejeitou, no passado, a ingerência americana no país. Chávez rejeitou a comparação da influência cubana com a dos EUA. "Eu vi quando aqui mandavam os ianques: tinham oficiais que mandavam nos componentes, tinham escritórios no Comando do Exército e lidavam com segredos que nós não tínhamos", disse ele, que é tenente-coronel da reserva. Segundo o governo, 60 mil cubanos estão na Venezuela como parte do acordo de cooperação entre Caracas e Havana.

Lula chama Dilma e pede ajuste no tom usado na TV

Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva chamou Dilma ‘Lulodependente’ Rousseff para uma conversa.



O presidente queixou-se à protegida. Acha que Dilma vem exibindo nas entrevistas de TV um discurso demasiado técnico.



Pediu à candidata que seja mais “direta e simples”. Aconselhou o uso de frases curtas. Encareceu que não deixe no ar raciocínios inconclusos.



Deve-se a revelação ao repórter Valdo Cruz. Em notícia levada às páginas da Folha, ele conta que o encontro ocorreu na última sexta (23).



Foi motivado por um relato que Lula recebera sobre o desempenho de Dilma numa entrevista que ela concedera à TV Bandeirantes. O presidente não viu. Porém...



Porém, foi informado de que demonstrara nervosismo, alongara-se nas respostas e deixara raciocínios por concluir.



Para evitar que as deficiências se perpetuem, Lula recomendou a Dilma que reserve mais tempo em sua agenda para o treinamento de entrevistas.



Acha que, toleráveis nesta fase de pré-campanha, os erros que atribui à candidata não podem se repetir mais adiante, sobretudo nos debates televisivos.



De resto, Lula considera que, na quadra atual, as entrevistas a emissoras de rádio e TV surtem mais efeito do que as viagens de Dilma aos Estados. Daí a preocupação.



Valdo Cruz conta que Lula não está só em suas apreensões. O presidente é ecoado por aliados de Dilma. Gente envolvida na campanha.



Avalia-se que, na largada da disputa sucessória, o rival tucano José Serra, mais calejado em campanhas, tem se saído melhor que Dilma.



Concluiu-se que a candidata pressiona excessivamente a tecla da comparação Lula-FHC. Deseja-se que Dilma passe a discorrer também sobre o futuro.



O alto comando da campanha coleciona dados para municiar Dilma. Informações que lhe permitam destrinchar nas entrevistas ideias ligadas a áreas estratégicas.

manchetes desta segunda

- Globo: Governo planeja soltar 20% dos presos do país



- Folha: Receita mira investidor que ganhou com ações



- Estadão: Metade dos empregados já tem registro na carteira



- JB: O jornal do Brasil



- Correio: Como a MPB driblou a censura



- Valor: Ranking mostra empresas que pagam mais



- Estado de Minas: Canetada paga 13º a políticos de 200 cidades de Minas



- Jornal do Commercio: O Leão arrebenta

No Rio, Dilma diz que seu palanque será o de Cabral

Um dia depois de ter estrelado, em São Paulo, o lançamento das candidaturas de Aloizio Mercadante (governo) e Marta Suplicy (Senado), Dilma Rousseff foi ao Rio.



Tomou café da manhã num hotel de Ipanema com artistas reunidos pelo músico Wagner Tiso.



Depois, foi à quadra da escola de samba Portela. Ali, participou de um encontro estadual do PT.



Serviu para oficializar a candidatura de Lindberg Farias, ex-prefeito de Nova Iguaçu, ao Senado.



Candidato à reeleição, o governador Sérgio Cabral (PMDB) prestigiou a pajelança petista. Dilma brindou-o com uma declaração de fidelidade:



"O palanque do Sérgio Cabral é o único palanque do PT aqui no Rio”. E quanto ao neoaliado Antony Garotinho (PR)?



“No que se refere a outros palanques cabe à coordenação da pré-campanha e todos os partidos da base aliada decidir as condições e se haverá ou não outros palanques".

Sítio oficial 'usa' foto de atriz como se fosse de Dilma








Repare na sequência de fotos acima. Concentre-se na imagem do meio. Converteu-se na mais nova polêmica envolvendo a presidenciável petista Dilma Rousseff.



A encrenca ganhou a web. Deu-se o seguinte: Dilma inaugurou na semana passada um sítio oficial na internet. A página de abertura traz a fatídica trinca de fotos lá do alto.



A primeira retrata Dilma em criança. A última exibe a candidata com o rosto de hoje. Entre as duas, a imagem de uma jovem numa passeata.



Ao lado das três fotografias, a expressão “Minha Vida” e um pequeno enunciado: “Coragem, competência e sensibilidade social: três características muito presentes em toda a vida de Dilma”.



Segue-se um link para a “biografia” da candidata. Quem pressiona com o mouse chega a uma página com a linha do tempo da vida de Dilma.



Há pequenos resumos das décadas de 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 2000. Nem sinal da foto da passeata, aquela da abertura do sítio.



Pois bem, essa foto não é de Dilma. Quem aparece na imagem é a atriz Norma Bengell.



Deve-se a revelação ao repórter Ricardo Boechat. Ele levantou a lebre em sua coluna na última edição da revista IstoÉ.



Nas pegadas de Boechat, um blog panfletário criado pelo PSDB –“Gente que Mente”— apressou-se em tirar proveito do episódio.



Em nota curta, o blog tucano adicionou à notícia de Boechat a foto original de Normal Bengel, dessa vez por inteiro, não apenas do rosto.



O tucanato recolheu a imagem em outro blog avesso a Dilma, o “Coturno Noturno” (veja a foto abaixo).







Da esquerda para a direita, aparecem as atrizes Tonia Carreiro, Eva Vilma, Odete Lara, Norma Bengell e Ruth Escobar.



A cena seria de 1968. Teria sido veiculada num influente diário da época, o Correio da Manhã.



Presidente do PPS, partido aliado a Serra, Roberto Freire pendurou no twitter, na noite deste sábado (24), uma nota: “Dilma deve explicação”.



Fica na atmosfera uma incômoda indagação: Por que diabos Dilma, já pilhada no caso do currículo anabolizado, apresentou como sua a cara de Normal Bengell?”



Para dizer o mínimo, a prevalecer o que parece, está-se diante de um caso de flagrante amadorismo político. Coisa incomum numa campanha presidencial.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

CIRO 'JAMAIS DESISTIRÁ DE CONCORRER À PRESIDÊNCIA'

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) divulgou nota no início da noite desta quinta-feira (22) em que nega a desistência na disputa à Presidência da República. Na nota, Ciro afirma que “continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o país, e que jamais desistirá de concorrer à Presidência”. Segundo o deputado, se seu partido decidir não ter candidatura própria, terá de assumir o “ônus da decisão”. A decisão final deve sair no próximo dia 27, em encontro da Executiva Nacional do partido. “Ele foi claro na disposição de ser candidato, mas ao mesmo tempo disse que a decisão do partido terá a solidariedade dele. O que eu e o Amaral colocamos para o Ciro é a ideia de colocar todos os estados nesse debate, para ter unidade partidária”, afirmou Eduardo Campos (PSB), presidente do PSB, governador de Pernambuco. Segundo o governador, é importante que a decisão de oficializar a pré-candidatura de Ciro Gomes conte com o apoio dos diretórios estaduais do PSB. “Se vamos ter candidatura, vamos apoiar de forma consensual. Se a posição do partido, em conjunto com a opinião dos diretórios, for a de não disputar, vamos avisar o Ciro”,

USINA

Uma parecer técnico elaborada por duas estatais de energia do grupo Eletrobras, Furnas e Eletrosul, indicou que a construção da usina de Belo Monte era um mau negócio. Segundo o documento, elaborado dia 18 de abril, dois dias antes do leilão, uma análise do edital da obra, das condições de mercado e dos acordos entre as empresas que formavam o consórcio Belo Monte Energia, entre elas duas subsidiárias da Eletrobras, alertava que não era seguro para as estatais participar do leilão. Entre os problemas apontados, a pequena lucratividade, riscos financeiros da obra, do projeto e de operação. O consórcio acabou perdendo o leilão para outro, em que a estatal Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) detém 49,98% da participação. O presidente Lula garante que a Chesf vai construir a hidrelétrica sozinha, se for preciso. O documento, de uso interno das estatais, estima que a obra custará R$ 28,5 bilhões — bem acima da previsão oficial de R$ 19 bilhões. A taxa de lucratividade foi estimada em apenas 3%, considerando riscos extras de questões ambientais e fundiárias de R$ 2,7 bilhões

No Nordeste, Serra imita a ‘caravana cidadã’ de Lula

O comando da campanha de José Serra prepara uma incursão do presidenciável tucano pela região Nordeste.



Em fase de elaboração, o roteiro deve durar uma semana. Além das viagens de jatinho entre um Estado e outro, prevê o deslocamento por terra.



De carro, Serra irá a municípios selecionados. Fará corpo-a-corpo em localidades onde a popularidade de Lula é superior à média.



A idéia é que Serra faça contato direto com o eleitorado que compõe a base da clientela do Bolsa Família.



O tucanato não admite, mas a incursão nordestina de Serra segue o modelo da velha “Caravana da Cidadania” de Lula.



Entre uma derrota presidencial e outra, Lula também percorrera os fundões do Brasil de ônibus.



Algo que, segundo diz, o presidente vai retomar depois que deixar o Planalto.



Serra mira o Nordeste porque é ali que está assentado o maior cesto potencial de votos da rival Dilma Rousseff.



As pesquisas indicam que o grosso desse eleitorado pobre tende a votar na candidada indicada por Lula.



Um pedaço desse contingente, porém, com pouco ou nenhum acesso à informação, ainda nem sabe que Dilma é a candidata do presidente.



Daí a aposta do tucanato no velho e bom contato direto do candidato com o eleitor. Uma oportunidade para que Serra reitere um dos motes de sua campanha: fazer mais e melhor.



Apelidado por Dilma de “biruta de aeroporto”, Serra se esforça para apagar a idéia de que a oposição deseja desmontar o aparato social da gestão Lula.



O mergulho nordestino é visto como estratégico. Serra vai soprar no ouvido do eleitor encantado com Lula a cantilena que vem desfiando em entrevistas.



Quanto ao Bolsa Família, diz o pseudooposicionista, “será mantido e ampliado”. Além da bolsa, diz Serra, serão providas oportunidades de emprego para os jovens.



Afora os rincões mais desassistidos, os organizadores da caravana de Serra incluem no roteiro visitas a projetos que resultaram na geração de empregos.



As urnas do Nordeste dirão se vai funcionar o esforço de Serra para provar-se mais continuísta do que a própria Dilma.

dilma defende PT e PMDB de ataques de Ciro Gomes

lma defende PT e PMDB de ataques de Ciro Gomes
Lula Marques/Folha
Dilma Rousseff falou a uma rádio de Goiânia, a 730 AM. No curso da entrevista, a candidata petista se contrapôs a Ciro Gomes (PSB).



Ciro, um ‘quase-ex-presidenciável’, vem realçando a “frouxidão moral” da aliança PT-PMDB, base do consórcio partidário de Dilma.



Nas palavras de Ciro, a parceria entre os dois maiores partidos governistas deixou, já sob Lula, “um roçado de escândalos semeados”.



Instada a comentar o tema, Dilma disse que respeita Ciro, mas insinuou que suas acusações embutem um quê de "soberba".



“A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla”, disse a preferida de Lula.



“Os seres humanos são diferentes, a corrupção é uma questão de desvio de conduta e isso pode acontecer em todos os lugares..."



“...A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros”.



De resto, Dilma disse que, sob Lula, a corrupção foi combatida como nunca antes na história desse país.



As declarações da candidata soaram num dia em que a cúpula do PSB cuidava, em Brasília, do desembarque de Ciro, a ser anunciado na próxima terça (27).



No final da tarde, Dilma foi ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que serve de sede provisória do governo.



No mesmo instante, encontravam-se no prédio dois caciques do PSB: os governadores Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE). Foram a uma reunião com Lula.



Levada à porta por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, Dilma disse que não se encontrou com Campos, presidente do PSB; nem com Cid, irmão de Ciro.



A candidata de Lula declarou que foi ao CCBB para avistar-se, veja você, com a primeira-dama Marisa Letícia.



Disse que foi à mulher de Lula para buscar “conselhos”. Como assim? “Sempre me aconselho com a dona Marisa. Ela tem uma fortaleza interna, uma ternura!”



Que aconselhamentos ouviu? “Coisas de mulher”, Dilma limitou-se a dizer.

manchetes desta sexta

- Globo: Inquérito apura responsável por caos durante megaculto



- Folha: PSB decide que Ciro não vai disputar Presidência



- Estadão: PSB combina 'saída honrosa' para Ciro desistir da disputa



- JB: Caos em troca de votos



- Correio: Servidores inativos têm R$ 1,8 bi a receber da União



- Valor: Portal vai facilitar crédito a fornecedores da Petrobras



- Jornal do Commercio: Kombeiros serão julgdos em maio

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PSDB negocia com Osmar Dias

Integrantes do PSDB vem procurando o senador Osmar Dias para propor que ele abandone a disputa pelo governo do Paraná e busque a reeleição integrando a chapa do tucano Beto Richa. Seria a chapa dos sonhos de José Serra: uniria no mesmo palanque os dois favoritos na disputa estadual.

Mas há um tucano trabalhando contra: justamente o irmão de Osmar, o também senador Álvaro Dias. Inimigo de Richa, Álvaro vem dizendo a Osmar que nao seria adequado o irmao retirar a candidatura que ja vem sendo trabalhada ha meses, inclusive com viagens por todo o estado.

No rastro da Globo

A operação financeira feita na semana passada pela Globo, em que 325 milhões de dólares de sua dívida em bônus perpétuos foi refinanciada a juros mais baixos, abrirá a porta para que outras empresas brasileiras façam o mesmo. Estima-se que haja um total de 12 bilhões de dólares desses papéis emitidos por gigantes como Odebrecht, Bradesco, CSN e BR Malls.

DILMA TENTA MOSTRAR IDENTIDADE MINEIRA

A pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) concedeu entrevista de mais de uma hora ao apresentador José Luiz Datena, do programa "Brasil Urgente", da Bandeirantes, nesta quarta-feira (21). Questionada se acreditava em Deus, Dilma disse crer em uma "força superior" e na "deusa mulher que é Nossa Senhora". A candidata afirmou que teve uma "boa parceria" com o governo Serra, mas insistiu que obras do Estado de São Paulo, como o Rodoanel, receberam recursos do PAC. "Esses projetos que nós fizemos em parceria são parte do PAC. Então o PAC existe, uai", afirmou. Além das expressões mineiras "uai" e "ocê", Dilma -que nasceu em Minas e quer reforçar o vínculo com o Estado- deixou escapar "te", "ti", e "contigo" usados no Rio Grande do Sul, onde sempre militou. Questionada sobre a divergência entre pesquisas recentes, Dilma atacou indiretamente o PSDB, que entrou com uma representação contra a pesquisa Sensus em que ela aparece em empate técnico com o tucano. "Os resultados das pesquisas recentes são bastante variados. [...] Porque uma pesquisa saiu pior ou melhor para mim, não vou brigar com o instituto". Indagada se ela e Serra poderiam "sair na mão" na campanha, ela respondeu: "Nem eu sou tão brava quanto se diz, nem ninguém é tão bonzinho quanto parece".

SERRA ACHA “GRAÇA” DE PROVOCAÇÃO DE DILMA

O pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) falou por cerca de 20 minutos a Carlos Nascimento na bancada do "SBT Brasil". O tucano acusou o MST de sobreviver às custas de repasses do governo e de usar a reforma agrária como pretexto para fazer política. "O MST vive de dinheiro governamental. A reforma agrária para o MST hoje é um pretexto. Na verdade, trata-se de um movimento político, com finalidades políticas". Serra desconversou sobre se Aécio Neves será vice na chapa presidencial do PSDB, mas disse que o aliado já está "engajadíssimo e envolvidíssimo" na campanha. "O espaço lá (em Minas) está aberto, não depende da questão do vice. Isso não tem todo o peso que se atribui". Ele criticou o resultado do leilão de concessão da hidrelétrica de Belo Monte (PA): "É uma coisa muito cara para você fazer de maneira atropelada", e aproveitou a entrevista para defender a convocação para a Copa de Neymar e Paulo Henrique Ganso, revelações do Santos. No telejornal da noite, a apresentadora disse que ele estava "magrinho". Serra rebateu: "Posso te fazer uma confissão? Estou até querendo engordar um pouquinho". Ao deixar a sede da emissora, ele ironizou Dilma, que o comparou a uma "biruta de aeroporto". "Eu acho graça. Realmente não sinto necessidade de ficar pegando no pé de outros candidatos", disse.

Lula e PT receiam que, retirado da disputa, Ciro atire

Ciro Gomes tornou-se a principal preocupação de Lula e do comando petista da campanha de Dilma Rousseff.



O presidente e o petismo ruminam o receio de que, a exclusão de Ciro do tabuleiro presidencial, coisa dada como certa, produza barulho.



Dono de temperamento mercurial, Ciro digere seus rancores, por ora, em privado. Receia-se que, consumada a exclusão, ele se torne franco atirador.



Um detalhe tonificou o receio. Lula pediu a um auxiliar que tocasse o telefone para Ciro, para convidá-lo para uma conversa.



Até a noite passada, o ‘quase-ex-presidenciável’ não se dignara a responder aos telefonemas do Planalto.



Também o PSB tenta administrar o desembarque. O partido busca uma mágica: quer retirar Ciro do páreo sem grudar nele a pecha de derrotado.



Goverbador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos passou 48 horas em Brasília. O pretexto da viagem foi a festa de aniversário da Capital.



Abaixo da linha d’água, Campos reuniu-se com outros dirigentes da legenda. Acertou a realização de uma consulta aos diretórios estaduais.



O resultado será levado à reunião da Executiva, marcada para a próxima terça (27). É nesse dia que o PSB pretende amarrar o guizo em Ciro.



O passo seguinte seria a adesão ao megaconsórcio partidário que se formou em torno de Dilma Rousseff.



No QG de Dilma, cogita-se convidar Ciro para assumir missões executivas na cruzada da candidata de Lula –a coordenação da campanha no Nordeste, por exemplo.



Quem conhece Ciro descrê da possibilidade de que ele venha a aceitar uma tarefa que, longe de lhe servir de bâlsamo, acentuaria a humilhação.

Enquanto espera por Jarbas, oposição definha em PE

O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) submete as legendas de oposição a um inusitado processo de lipoaspiração política.



Candidato à reeleição, Campos já cooptou pelo menos 15 prefeitos filiados às legendas oposicionistas –PSDB, DEM, PPS e PMDB.



O governador maneja duas ferramentas que lhe tonificam o poder de sedução: obras e verbas.



Avança inclusive sobre municípios geridos por prefeitos que seguem a liderança de Sérgio Guerra, presidente do PSDB e coordenador da campanha de José Serra.



Campos evolui no vácuo. Franco favorito nas pesquisas, aproveita-se do vazio provocado pela ausência de um palanque oposicionista no Estado.



Única alternativa da oposição, Jarbas Vasconcelos (PMDB), é pressionado a assumir o leme em Pernambuco. Porém...



Porém, dono de um mandato de senador que só expira em 2014, Jarbas hesita em assumir a candidatura ao governo de Pernambuco.



Condiciona a entrada na briga à lógica do projeto nacional de Serra. Marcou para o final do mês o anúncio de sua decisão.



Nas últimas semanas, abriu-se um fosso entre os discursos de Jarbas Vasconcelos e de José Serra.



O senador pemedebê é um dos mais serveros críticos de Lula. O presidenciável tucano foge do confronto aberto com o presidente superpolular.



Jarbas já governou Pernambuco duas vezes. Não há na oposição pernambucana nome que lhe faça sombra.



Ainda assim, o senador é visto mesmo entre os aliados como um azarão. O pernambucano Lula dispõe no Estado de índices de popularidade superiores a 90%.



Aliado de Lula, Eduardo Campos serve-se das verbas recebidas de Brasília para conduzir uma administração obreira.



Se fosse à disputa com a tropa unida, Jarbas já seria considerado um candidato à derrota. Com as deserções, desce ao front com a aparência de suicida.



Vem daí a obsessão de Jarbas de amarrar sua decisão às conveniências do projeto de Serra. Só vai ao sacrifício se enxergar lógica na empreitada.

planalto recusa nome do BB para o comando da Previ

A oito meses do término do governo, Lula conduz a sucessão na Previ, a caída de previdência do Banco do Brasil.



Trata-se do maior fundo de pensão da América Latina. No papel, a indicação do presidente da entidade cabe à direção do BB. Na prática...



Na prática, o nome passa pelo filtro político de Lula. Produziu-se ali, sobre a mesa do presidente, um embaraço.



Aldemir Bendine, mandachuva do BB, indicou para o comando da Previ o nome de Paulo Caffarelli.



Vem a ser um dos vice-presidentes do BB. Opera na área de Novos Negócios. Lula torceu o nariz para a indicação.



Por quê? A alternativa Caffarelli foi considerada demasiado técnica. Lula deseja acomodar na Previ alguém com um perfil mais político.



Busca-se um personagem assemelhado a Sérgio Rosa. Atual presidente da Previ, Rosa traz roldanas na cintura. Alia o técnico ao político.



Rosa deixa a Previ em maio. Vai ao comitê de campanha de Dilma Rousseff.



Está sentado sobre o patrimônio da Previ –coisa de R$ 140 bilhões— desde 2003, alvorecer da era Lula.



Tem origem sindical. Foi conduzido ao posto pelas mãos do grão-petê Luiz Gushiken, o ex-todo-poderoso secretário de Comunicação de Lula.



A movimentação ao redor deas arcas da Previ ocorre a oito meses do término do mandato de Lula.



O escolhido do Planalto terá de acender uma vela para Dilma. O tucanato observa a azáfama com vivo interesse.



Se José Serra prevalecer nas urnas de outubro, o escolhido de Lula irá ao olho da rua já em janeiro de 2011.

Campos: Quem decide sobre Ciro é o PSB, não o Lula

De passagem por Brasília, o governador pernambucano Eduardo campos, presidente do PSB, disse meia dúzia de palavras sobre Ciro Gomes.



"Colocar candidatura ou tirar candidatura é uma tarefa da direção nacional do partido, ouvindo a sua base”, declarou.



“O presidente da República é, ao nosso ver, o coordenador do processo de sua sucessão, mas não cabe ao Lula decidir o que nós vamos fazer ou não com o Ciro”.



Eduardo Campos tem razão. Lula limitou-se a enrolar a corda no pescoço de Ciro. Deixou para o PSB a tarefa de chutar o banquinho.

QG de Dilma desaprova a crítica de assessor à Globo

O quartel-general da campanha de Dilma Rousseff desaprovou a investida de Marcelo Branco, o guru eletrônico da candidata, contra a TV Globo.



No rastro exibição do vídeo alusivo aos seus 45 anos da emissora, Branco deflagrou na web uma cruzada.



Enxergou nos meadnros da peça da Globo uma mensagem subliminar em favor do rival José Serra.



Na velocidade do relâmpago, espalhou-se pela internet o grito de Branco. Virou ênfase, gesto, punho cerrado...



Patrulhada, a Globo retirou o vídeo do ar. O petismo raso celebrou. Mas o alto comando, relata o ‘Painel’ da Folha, não gostou.



O rififi ganhou a rede num instante em que o comitê de Dilma se esforça para aparar arestas com a Globo.



Branco, o guru virtual da campanha, foi alertado: sua função o impede de se manifestar como bem entender.



Enquadrado, o assessor levou ao microblog um esclarecimento. Anotou que falara em nome pessoal, não da campanha ou da candidata. Tarde demais!



O humor da Globo já havia azedado. E o 45, número do PSDB de Serra, já obtivera divulgação inaudita -como nunca antes na história desse país.

manchetes desta quinta

- Globo: Ação do governo levou grupo estatal a ganhar Belo Monte



- Folha: Cresce número de crianças sem ensino infantil em SP



- Estadão: FMI alerta para risco de super aquecimento da economia do Brasil



- JB: Nó universal



- Correio: Capital da alegria



- Valor: União 'blindou' preço da construção de Belo Monte



- Jornal do Commercio: Caos na Zona Sul

terça-feira, 20 de abril de 2010

PSB NEGOCIA A ADESÃO A DILMA

Partido tentará tirar Ciro da disputa para aderir a Dilma

Se depender da cúpula do PSB a pré-candidatura do deputado Ciro Gomes à Presidência está com os dias contados. Após as pesquisa Datafolha divulgada no início da semana colocar Ciro em 4° lugar, com 9%, a direção do partido decidiu começar a articulação para que o PSB se alie a Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial. A pretexto de participar de comemoração pelos 50 anos de Brasília, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, deve desembarcar na capital para um conversa com Ciro. "Temos de atender o apelo do Ciro e resolver logo isso. Existem vários diretórios do partido nos Estados que estão parados à espera de uma solução", disse o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. Na contabilidade do PSB, a renúncia de Ciro pode virar moeda de troca na negociação com o PT em alguns Estados. No entanto, o vice-presidente do PSB negou que o partido esteja "negociando" com o PT a retirada da candidatura de Ciro Gomes em troca do apoio de petistas em alguns Estados. "Não existe isso. Até porque o PT tem muito pouco a oferecer hoje ao PSB”. Informações do Estadão.

TASSO VÊ “SERRINHA PAZ E AMOR”

O senador tucano Tasso Jereissati, em entrevista à imprensa, foi incitado a comentar sobre a declaração do presidente do PT, José Eduardo Dutra, de que Serra faz elogios simulados a Lula para achegar-se ao eleitorado do presidente. Tasso disse, entre risos: "O presidente do PT deveria se preocupar mais com a agressividade, com o aspecto rancoroso da sua candidata, do que com a paz e o amor do nosso Serrinha". Apesar de ser reconhecido com um inimigo do pré-candidato tucano José Serra dentro do partido, Tasso se esforça para demonstrar unidade. "Dizem que Serra não gosta do Nordeste. E dizem até que eu não me dou bem com ele. É verdade que eu não o acho bonito e nem cheiroso. Mas, na época em que ele foi ministro do Planejamento, ajudou a fazer o [açude] Castanhão". O senador planeja levar Serra ao Ceará pelo menos cinco vezes durante a campanha. No estado, Tasso articula sua reeleição ao Senado em “aliança branca” com o governador Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro Gomes. Esta união gera críticas de setores do PSDB, que preferiam uma candidatura ao Governo para servir de palanque para Serra. "O que se fez com um aliado da categoria de Ciro realmente mostra do que o PT é capaz de fazer com seus aliados quando quer uma coisa. Acho que ele foi usado e agora está sendo jogado fora porque não interessa. É de uma perversidade que não tem tamanho". Para Tasso, Ciro “foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Foi esvaziada e desidratada sua candidatura de maneira quase que perversa”.

Lula cogita 'conduzir' Dilma a palanque no 1º de Maio

O comando da campanha de Dilma ‘Lulodependente’ Rousseff começou a organizar a próxima aparição da candidata ao lado de Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva.



Deve ocorrer no Dia do Trabalhador, 1º de maio, em palanque montado por centrais sindicais, em São Paulo.



O evento depende apenas de uma análise jurídica e da palavra final de Lula. O martelo será batido até o final da semana.



O último evento conjunto da dupla ocorrera em 10 de abril, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.



Resultou em nova ação do PSDB no TSE. Além de acusar Lula e Dilma de fazer campanha ilegal, o tucanato questiona o uso eleitoral de verbas sindicais.



Daí a análise jurídica encomendada pelo comitê de petistas que assessora Dilma. Programa-se, de resto, o calendário das próximas viagens da candidata.



O roteiro inclui, além de São Paulo, dois Estados-problema: Paraná e Rio de Janeiro. São locais onde os palanques de Dilma ou balançam ou estão eletrificados.



No Paraná, o palanque bambeia. Ali, Lula tenta, desde o ano passado, empurrar o PT para dentro da coligação do senador Osmar Dias (PDT).



Porém, Osmar coleciona divergências com o petismo paranaense. Passou a flertar com a candidatura tucana de Beto Richa, um apoiador de José Serra.



Nas últimas semanas, o Osmar levou à balança a hipótese de disputar a reeleição ao Senado, não o governo paranaense.



No Rio, são dois os palanques que se dispõem a recepcionar Dilma: o de Sérgio Cabral (PMDB) e o de Anthony Garotinho (PR).



Sentindo-se preterido, Garotinho virou fio desemcapado. No domingo (18), ensaiou um curto-circuito.



Garotinho acusou o ex-aliado Cabral de enriquecimento ilícito. E deixou em suspenso o apoio a Dilma.



Não serão as primeiras divergências a cruzar o caminho da candidata. Dilma já deixou um rastro de polêmica em Minas e no Ceará.



A despeito disso, o comando da campanha avalia que a necessidade de expor a candidata se sobrepõe às quizilas regionais.



Nesta segunda (19), foi inaugurado o comitê suprapartidário de coordenação da campanha. Uma tentativa de atenuar as encrencas estaduais.



Prevê-se que os aliados farão reuniões quinzenais. O próximo encontro foi agendado para 3 de maio.



Diz-se que a agenda de Dilma será debatida nesse colegiado. Mas o PT levará à mesa pratos prontos.



Pafra complicar o novo comitê deve produzir outra polêmica. Previra-se, de início, que apenas partidos já fechados com Dilma teriam assento no grupo.



Por esse critério, teriam voz, além do PT: PMDB, PDT, PR, PRB e PCdoB. Súbito, incluíram-se representantes do PTB e do PP no conselho.



O PTB, embora desunido, pende para o apoio a Serra. O PP analisa a alternativa de se manter neutro, liberando seus diretórios estaduais.



A despeito disso, foram à primeira reunião os petebês Gim Argello (DF) e Jovair Arantes (GO); e pepê João Leão. Vem barulho por aí.

Tasso vê rancor em Dilma e ‘paz e amor no Serrinha’

O senador Tasso Jereissati, cacique da etnia tucano-cearense, reuniu a tribo para esboçar a estratégia da campanha de José Serra no seu Estado.



Os repórteres instaram Tasso a comentar declaração atribuída ao presidente do PT, José Eduardo Dutra.



O mandachuva petista dissera que Serra faz elogios simulados a Lula para achegar-se ao eleitorado que venera o presidente. E Tasso, entre risos:



"O presidente do PT deveria se preocupar mais com a agressividade, com o aspecto rancoroso da sua candidata, do que com a paz e o amor do nosso Serrinha".



Famoso pelas divergências internas que lhe renderam a fama de inimigo cordial de Serra, Tasso se esforça agora para demonstrar unidade.



Expressa a suposta união de maneira peculiar: "Dizem que Serra não gosta do Nordeste. E dizem até que eu não me dou bem com ele...”



“...É verdade que eu não o acho bonito e nem cheiroso. Mas, na época em que ele foi ministro do Planejamento, ajudou a fazer o [açude] Castanhão".



O senador planeja levar Serra ao Ceará pelo menos cinco vezes durante a campanha.



Uma parte dos índios da tribo cobrou do cacique o lançamento de um candidato tucano ao governo cearense.



Tasso disse que, havendo consenso, não se opõe à ideia. Mas diz que as pesquisas desrecomendam esse caminho.



Costura sua reeleição ao Senado em “aliança branca” com o governador Cid Gomes (PSB), irmão do velho amigo Ciro Gomes.



A propósito, Tasso aproveitou os holofotes para sair em socorro de Ciro. Disse que Lula e o PT o tratam de forma indigna.



"O que se fez com um aliado da categoria de Ciro realmente mostra do que o PT é capaz de fazer com seus aliados quando quer uma coisa...”



“...Acho que ele foi usado e agora está sendo jogado fora porque não interessa. [...] É de uma perversidade que não tem tamanho".



Para Tasso, Ciro “foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Foi esvaziada e desidratada sua candidatura de maneira quase que perversa”.



Tasso não disse, mas a passividade de Ciro chama mais a atenção do que a “perversidade” de Lula.



Aplicando-se ao pseudopresidenciável do PSB o raciocínio usado por Lula no caso dos presos políticos de Cuba, pode-se dizer: Ciro se deixou morrer.

De Sanctis quebra sigilo bancário e fiscal da Bancoop

O juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal da Bancoop.



Quebrou-se também o sigilo de um fundo de investimento criado pela cooperativa habitacional em 2004.

1. A quebra dos sigilos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo e do fundo criado pela entidade foi requerida pela Polícia Federal.



2. Deu-se no âmbito de um inquérito aberto pela PF no ano de 2008. É conduzido pelo delegado Pedro Henrique Maia.



3. No centro da investigação está o FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), criado pela Bancoop há seis anos.



4. Apura-se a suspeita de gestão fraudulenta. Os principais cotistas eram fundos de pensão de empresas estatais.



5. A Funcef, que gere a caixa de aposentadoria dos funcionários da Caixa Econômica Federal, aportou no fundo da Bancoop R$ 11,2 milhões.



6. A Petros, fundação que gere o fundo previdenciário dos servidores da Petrobras, entrou com R$ 10 milhões.



7. A Previ, caixa de previdência dos servidores do Banco do Brasil, aplicou R$ 5 milhões.



8. O fundo da Bancoop, revelou-se, em 2008, um investimento de alto risco. A cooperativa já era alvo de investigação da Promotoria de SP.



Suspeitava-se, desde então, que a cooperativa desviara verbas recolhidas de associados para dirigentes petistas e para o caixa dois de campanhas do PT.



9. Há oito meses, em agosto de 2009, a Bancoop promoveu uma reunião dos cotistas de seu fundo. Propôs um acordo.



10. Os fundos de pensão das estatais e outros investidores aceitaram zerar suas posições na carteira do fundo da Bancoop.



11. Retiraram-se do negócio levando metade da rentabilidade que estimaram receber ao entrar. Em vez de 12,5%, só 6% ao ano, mais a variação da inflação.



12. Procurados, Funcef, Petros e Previ negaram a existência de irregularidades na relação com a Bancoop.



13. Os fundões das estatais alegam que o acordo celebrado com a cooperativa ligada ao petismo não resultou em prejuízos.



O percentual obtido (6% ao ano mais correção pelo IPC) situa-se dentro da faixa mínima de lucratividade que os fundos das estatais se autoimpõem.



14. Ouvida, a assessoria da Bancoop informou que a entidade não se manifestaria sobre a decisão do juiz De Sanctis.



15. A corretora Planner, contratada como gestora do fundo da Bancoop, também não quis se pronunciar. Disse que ainda não foi notificada da decisão judicial.



16. A Bancoop era geridada até dois meses atrás pelo petista João Vaccari Neto. Ele deixou a presidência da entidade para assumir a tesouraria do PT federal.



17. Vaccari sempre negou a existência de malfeitos na Bancoop. Diz que as acusações contra a cooperativa têm motivação eleitoral e visam desgastar o PT.



18. Do outro lado do balcão, há cooperados que pagaram por imóveis que a Bancoop jamais entregou. Daí as investigações.

manchetes desta terça

- Globo: Europa cria três zonas de segurança para vôos



- Folha: Europa faz plano para retomar 45% dos vôos



- Estadão: Justiça susta leilão de Belo Monte e diz que debate foi 'encenação'



- JB: Guerra de liminares



- Correio: Rosso defende união para tirar DF da crise



- Valor: Grandes empresas dos EUA terão negócios na Bovespa



- Jornal do Commercio: Dia de cão no Recife

segunda-feira, 19 de abril de 2010

De volta ao marketing

Quem está preparando todos os cartazes e slogans celebrando a adesão de Aécio Neves à campanha de José Serra é o deputado federal Narcio Rodrigues, presidente do PSDB de Minas. Ex-jornalista e ex-marqueteiro, Narcio foi o criador dos paineis vistos sábado no lançamento da candidatura de Serra com slogans como “Aécio Neves aponta o caminho: Minas agora é Serra”, “Nas montanhas de Minas, o caminho agora é Serra” e “Somos Aécio. Todos por Serra e Anastasia”.

Uma noite de Pânico

O azarão Pânico na TV! derrotou ontem a dupla Silvio Santos e Gugu Liberato na briga pela vice-liderança das noites de domingo. O programa de Sabrina Sato & Cia registrou onze pontos na Grande São Paulo contra dez pontos que SS e Gugu conseguiram cada. A Globo (Fantástico) ficou com 25 pontos no horário.

FHC e o mito Lula: ‘Pelé também era. E veio Ronaldo’

Em entrevista concedida na noite passada, Fernando Henrique Cardoso aceitou a tese de que Lula tornou-se um “mito”.



Foi instado a comentar um raciocínio atribuído ao sociológico Hélio Jaguaribe: um mito só pode ser “contraposto” por outro mito.



“Não necessariamente”, disse FHC. “Às vezes não precisa contrastar o mito. Deixa o mito. Pelé foi um mito. Isso não impediu que houvesse o Ronaldo”.



Ele falou ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes. Noutro trecho, FHC foi instado a explicar a impermeabilidade de Lula ‘Teflon’ da Silva.



Por que nada de ruim gruda no presidente? FHC listou dois motivos: “Primeiro, a situação econômica é boa. O segundo é que ele é muito bom pra comunicar”.



Acha que Lula é a cara do brasileiro? “De um certo tipo de brasileiro, sim”, FHC assentiu. “Mas ele tem um lado macunaímico forçado demais”, alfinetou.



Recordou-se durante a entrevista uma tese do próprio entrevistado: não se ganha eleição sem emoção. Perguntou-se: A emoção de 2010 não seria Lula?



E FHC: “Pois é, mas se ficar só no presideente Lula não passa pra Dilma [Rousseff]. A emoção tem que se corporificar em alguém”.



Disse que, numa eleição, “o desempenho do ator é essecial”. Evocou o exemplo de Barack Obama. “Ele eletrizou” o eleitorado americano, disse.



Por que votar em José Serra e não em Dilma Rousseff? “O Serra tem experiência política e serviços prestados ao Brasil. É líder, comandou...”



“...É uma pessoa que a gente pode dizer: Esse eu sei que faz”. E quanto a Dilma?

“A outra é uma incógnita...”



“...Não quero criticá-la, Eu não sei, não sei, não sei o que ela fez. Ela nunca liderou nada. É difícil entregar o destino do país a alguém assim”.



Irônico, FHC disse que, “de repente, na campanha, Dilma demonstra” do que é capaz. “O Obama demonstrou. Mas é preciso ser Obama, ter capacidade de liderar”.



Que peso terá Lula, do alto de sua popularidade, na eleição? “O peso é grande”, disse FHC. “É tão grande que a Dilma tem votos”.



Realçou, porém, o fato de que a popularidade de Lula [76% segundo o Datafolha] é, hoje, maior do que o percentual de votos de Dilma [28%].



“Há muitos casos de gente com muita popularidade que não transferiu. No Chile aconteceu. Disse que, no passado, dera-se coisa semelhante também no Brasil.



Tendo prevalecido sobre Lula em duas eleições presidenciais, por que não conseguiu eleger José Serra como sucessor em 2002?



“Por duas razões”, FHC respondeu. “Primeiro que o meu governon não estava no auge da popularidade...”



“...[...] Segundo, eu não fiz o que o Lula está fazendo. Nunca achei que fosse correto” jogar o peso do cargo na promoção de uma candidatura.



“É natural que as pessoas tenham o seu candidato. Mas o presidente Lula extrapolou. Isso não fui eu quem disse. Foi o tribunal que disse. Foi multado...”



“...Qual o presidente dea República que, no Brasil, foi multado por um tribunal e ainda debochou do tribunal? É um comportamento inédito...”



“...A popularidade não dá direito à pessoa desrespeitar a minoria e a lei. Eu não faria isso nunca. Pode ser que, de repente, eu perca a eleição, mas não perco a compostura”.