Preterido, ex-governador paranaense diz que vai à Justiça
A direção do PMDB decidiu ignorar o registro da candidatura presidencial do ex-governador paranaense Roberto Requião.
O ato que convoca para a manhã deste sábado (12) a convenção nacional da legenda oferece à deliberação dos convencionar um único item. Anota:
“Aprovar o nome do deputado Michel Temer como candidato à vice-presidência da República na eleição nacional de 2010, na coligação do PMDB com o PT”.
Nesta sexta (11), a direção do PMDB deve reunir sua Executiva, em Brasília. Nesse encontro, o registro da candidatura de Requião deve descer ao arquivo.
O caso de Requião é equiparado a um outro, do Distrito Federal. Envolve um filiado obscuro: Antonio Pedreira.
A exemplo de Requião, Pedreira registrou-se como candidato ao Planalto. Uma pretensão que a Executiva vai indeferir.
A convocatória da convenção prevê a substituição de convencionais titulares pelos suplentes. Um antídoto contra os dissidentes da legenda.
Fechado com a candidatura tucana de José Serra, Orestes Quércia, o dissidente mais incômodo, firmou com Temer uma espécie de armistício.
Presidente do PMDB-SP, Quércia comprometeu-se em não enviar ao encontro de Brasília os convencionais contrários à aliança com o PT.
Algo que permitiu a Temer convocar os suplentes, cujos votos lhe serão favoráveis.
A indicação de Temer para vice de Dilma Rousseff deve prevalecer por maioria folgada. Mas, como já se tornou habitual no PMDB, a convenção deve resultar numa encrenca judicial.
Requião constituiu o Milton Cava, para acionar o partido na Justiça. Acionou também os próprios lábios:
“A candidatura a vice de Temer é uma imposição de um grupo que domina o partido”, disse Requião. “Recorremos à justiça e a convenção não terá validade”.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
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