segunda-feira, 31 de maio de 2010

Marcha lenta

Se depender do governo, o Congresso vai funcionar em ponto morto neste fim de semestre. Com os congressistas lutando por cada voto, não interessa ao governo colocar temas sensíveis em pauta. A tendência é que apenas os projetos essenciais sejam votados até o fim de junho, quando começa o recesso.

Nesta semana, o feriado de quinta-feira deve deixar Brasília vazia já na tarde de quarta-feira. E com a chegada de junho, começam as convenções partidárias, que tomarão todo o mês e dominarão as atenções dos políticos.

O tempo é o aliado que resolverá os problemas de muita gente. De um lado, há os parlamentares que sabem que as contas não fecham, mas dizem apoiar os mais diversos grupos de lobby que passam os dias na Câmara. Do outro, o governo, que quer eviatr o maior número possível de pepinos pela frente. Quanto menos coisa for votada, melhor para ambos.

MARQUETEIRO BAIANO EM GRAÇA COM DILMA

O marqueteiro baiano João Santana, coordenador da campanha de Dilma Roussef à presidência, já teve seus episódios de “pega-pra-capar” com a ex-ministra no início da caminhada mas, segundo diz-se nos bastidores da corrida, está vivendo um ótimo momento de sintonia com ela e o restante da equipe hoje. Na transformação que tenta empreender à candidata, lentamente vem colhendo frutos e, no último programa exibido em 13 de maio, houve uma manifestação positiva diante do eleitorado nas mais recentes pesquisas de opinião. Santana já esteve a ponto de deixar a campanha mas, depois destes resultados, a confiança cresceu e, especialmente, o crédito interno. Especialmente junto à maior interessada. Do outro lado, a campanha serrista dá sinais de desgaste, uma vez que o próprio tucano também anda com suas birras na equipe.

MARINA PREGA EM CULTO EVANGÉLICO

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, pediu aos fieis igreja Assembleia de Deus em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, que não “satanizem” seus adversários nas eleições. “O mesmo Deus que me ama, ama Dilma (Rousseff, pré-candidata do PT), ama Serra (José Serra, pré-candidato do PSDB) e ama Plínio (Plínio de Arruda Sampaio, virtual candidato à Presidência pelo PSOL)”, pontuou. A senadora, evangélica e missionárias da Assembleia ocupou o púlpito do culto por 40 minutos. Fez um resumo de sua trajetória de vida. Começou contando da “vontade” de se alfabetizar aos 16 anos de idade. Falou que chegou a ser desenganada pelos médicos com a malária e hepatite antes de concluir sua graduação em história. Os presentes, cerca de 300 pessoas sentadas, repetiam “Glória” e “Aleluia” quando ela afirmou que se curara com a fé e depois ao abrir a Bíblia e ler passagens de Jeremias e Isaías. Em entrevista, Marina foi questionada se temia ser condenada por usar o púlpito como palanque. “Não temo por questões de princípios, a minha fé é pública, todos me conhecem”, declarou.

GOVERNO FEDERAL QUER PT COM ROSEANA SARNEY

O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha se reuniu nas últimas semanas com dirigentes petistas do Maranhão para assegurar o apoio do PT à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB). O objetivo é rever a decisão do partido em apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) sem a necessidade de uma intervenção. O PT tenta evitar problemas à aliança nacional do partido com os peemedebistas em torno da pré-candidata Dilma Rousseff. O ministro tratou do assunto com o ex-deputado federal Washington Luz. "O que a direção nacional do PT me fala e o próprio ministro Padilha é que gostariam que nós resolvêssemos a questão aqui [pelo Maranhão] porque é melhor, menos ônus para eles fazerem essa pressão junto ao partido do Estado", afirmou Luz. No dia seguinte à reunião entre Padilha e Luz, em 12 de maio, o ex-deputado começou a coletar as assinaturas para o abaixo-assinado em favor de Roseana. Esse documento está sob suspeita de ter sido elaborado mediante compra de votos dos partidários de Dino para mudarem de lado e passarem a apoiar a candidata do PMDB. Informações da Folha.

Em junho, PSDB prioriza TV e PT se dedica ao PMDB

Em ritmo de contagem regressiva para as convenções partidárias, o PSDB de José Serra e o PT de Dilma Rousseff entram no mês de junho fixados em objetivos distintos.



O tucanato considera essencial devolver Serra à posição de líder nas pesquisas. O petismo elegeu como prioridade a conclusão dos acertos com o PMDB.



Ou seja, o grupo de Serra volta-se primordialmente para o público externo. O de Dilma, para as costuras políticas internas.



No QG de Serra imagina-se que a ansiada “reação” virá graças à superexposição do candidato na TV.



A coisa é coordenada pelo marqueteiro Luiz Gonzalez, a serviço do PSDB. Serra já estrelou o programa partidário do DEM, na semana passada.



Em junho, vai protagonizar também os programas do PPS e do PSDB. Dez minutos cada um.



Subsidiariamente, também o PTB, última legenda a ensaiar a adesão a Serra, planeja levar o candidato à sua convenção para, depois, exibi-lo em rede nacional na TV.



Os operadores de Serra atribuem o crescimento de Dilma à vitrine que o PT abriu para ela na TV. E dão de barato que ocorrerá o mesmo com Serra. A ver.



Quanto ao PT, que já gastou toda a munição eletrônica de que dispunha na fase de pré-campanha, a prioridade passou a ser o acerto com o PMDB.



Meio caminho já foi trilhado com a quebra das resistências à presença de Michel Temer na chapa de Dilma. Há, porém, detalhes por acertar.



A maior encrenca continua sendo Minas Gerais. O apoio do PT à candidatura de Hélio Costa é apresentada pelo PMDB como pré-condição para o acerto nacional.



Embora já tenha se rendido à lógica do palanque único, Fernando Pimentel, do PT, ainda não abriu mão de encabeçar a coligação mineira.



A arenga persiste a despeito de PMDB e PT terem fixado o próximo final de semana como prazo limite para a obtenção do acordo mineiro.



O PT tomou uma precaução. Agendou para 11 de junho, véspera da convenção do PMDB, uma reunião de seu diretório nacional.



Nesse encontro, o partido de Lula fará o que tiver de ser feito para assegurar que, no dia 12, o PMDB aprove, em termos finais, o apoio a Dilma.



No limite, informam dirigentes petistas, o PT federal ordenará que seus diretórios estaduais, sobretudo o de Minas, se submetam à lógica nacional.



O PSDB também tem uma aresta interna a resolver. Envolve a escolha do vice de Serra. Passa por entendimentos com o DEM, que se julga dono da vaga.



Nos próximos dias, tucanos e ‘demos’ tratarão do tema em conversas reservadas. Mas já não atribuem à matéria tanta urgência. Erro.



Do ponto de vista legal, não há óbice para que Serra saia da convenção tucana, marcada para 12 de junho, sem um vice.



Nada impede que a definição seja empurrada para a convenção do DEM, que ocorrerá em 28 de junho. Porém...



Porém, diferentemente do que imaginam os sócios majoritários da candidatura Serra, a ausência do vice continuará frequentando o noticiário como um problema.

Dados do governo reforçam crítica de Serra à Bolívia

Documentos oficiais produzidos pelo governo durante a gestão Lula reforçam a acusação de José Serra (PSDB) contra o governo da Bolívia.



O presidenciável tucano acusou o governo boliviano, na última quarta-feira, de ser “cúmplice” dos traficantes que enviam cocaína para o Brasil.



Em reação, a rival petista Dilma Rousseff disse que Serra “demoniza” a Bolívia. Mas os dados colecionados pelo governo como que corroboram Serra.



Sob o compromisso do anonimato, uma autoridade da Divisão de Controle de Produtos Químicos da Polícia Federal falou à Folha sobre o tema.



Disse que relatórios oficiais da PF informam que 80% da cocaína distribuída no país vem da Bolívia. A maior parte na forma de “pasta”. O refino é feito no Brasil.



Serra falara em algo entre “80% e 90%”. Para a PF, a evolução do tráfico revela que há “leniência” do governo boliviano. Serra usara expressão análoga: “Corpo Mole”.



A PF atribui o fenômeno a aspectos culturais, não a má-fé. A autoridade que falou à reportagem lembrou que o cultivo da folha de coca é legal na Bolívia.



O produto é utilizado de várias maneiras –de rituais indígenas à produção de medicamentos. O problema é que o excedente abastece o tráfico.



A encrenca é mencionada também em relatórios e troca de correspondências do Itamaraty. Um resumo da visão brasileira foi repassado à Câmara em 2007.



Num documento de 11 páginas endereçado à Comissão de Relações Exteriores, foram abordados os contenciosos do Brasil com a Bolívia. Entre eles a droga.



O texto é uma resposta a requerimento feito pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Anota: “Entre 2005 e 2006, a área de produção de folha de coca na Bolívia cresceu de 24.400 para 27.500 hectares”.



Informa que, sob Morales, adotou-se política dicotômica: combater o narcotráfico, mas “valorizar” a folha de coca.



Acrescenta: “A Bolívia foi suspensa, em julho de 2007, do Grupo Egmont”, entidade que reúne órgãos de inteligência de 105 países. Dedica-se à repressão da lavagem de dinheiro e do terrorismo.



Segundo o Itamaraty, foi à Bolívia uma delegação de brasileiros e chilenos. Reuniram-se com autoridades locais em junho de 2007. “Sem resultado”, diz o texto.



Sob Lula realizou-se um esforço para reativar, também sem sucesso, as comissões mistas antidrogas Brasil-Bolívia.



Em setembro de 2008, o Itamaraty enviou à Câmara outro relatório, uma atualização do primeiro. De novo, 11 páginas. Assina o documento chanceler Celso Amorim.



No tópico relacionado às drogas, Amorim escreve: a ONU "divulgou relatório que indica aumento na produção de coca na Bolívia pelo quinto ano consecutivo".



Menciona uma evolução: a Bolívia "tem buscado reforçar sua imagem de país comprometido com a luta contra o narcotráfico ('Cocaína cero')..."



Mas ressalva: "...Ainda que mantenha sua política da valorização da folha de coca como expressão do patrimônio cultural".



No mês seguinte, outubro de 2008, Morales expulsou da Bolívia os cerca de 20 agentes do departamento antidrogas dos EUA que auxiliavam no combate ao tráfico.



O pretexto foi a acusação de que o DEA (Drug Enforcement Administration, na sigla em inglês) realizava operações de espionagem contra o governo boliviano.



A Bolívia firmaria, dois meses depois, um acordo com o Brasil. Previa que a Polícia Federal passaria a atuar na Bolívia no combate ao tráfico de cocaína e de armas.



De acordo com a PF, o acordo esbarra até hoje em entraves financeiros. La Paz deseja que Brasília arque com os custos.

Planalto gastou R$ 3 mi para exibir Dilma em viagens

6 meses de viagens ao lado de Lula custaram R$ 3.052 mi
Cifra inclui comida, hotel, telefone, apoio e carros alugados
Exclui os gastos do presidente, de suas comitivas e o avião

O cabo eleitoral e a candidata em Teófilo Otoni (MG): uma multa de R$ 5 mil no TSE



Ao ungir Dilma Rousseff como sua candidata, Lula se auto-atribuiu a tarefa de convertê-la de auxiliar desconhecida em presidenciável competitiva.



Com antecedência nunca antes vista na história desse país, o presidente antecipou sua própria sucessão. Levou a ministra-candidata à vitrine já em 2009.



Exibiu-a em inaugurações e inspeções de obras, num vaivém que inspirou os rivais a acusá-lo de usar a máquina pública com propósitos eleitorais.



Uma pergunta passou a boiar na atmosfera: Quanto custou ao contribuinte brasileiro a movimentação urdida para catapultar Dilma?



Um deputado oposicionista, Raul Jungmann (PPS-PE), transformou a dúvida num requerimento de informações. Endereçou-o à Casa Civil da Presidência.



Esse tipo de requerimento é uma prerrogativa que a Constituição confere aos congressistas. Coube à sucessora de Dilma, Erenice Guerra, responder.



No questionário, Jungmann circunscreveu sua curiosidade a eventos realizados entre 1º de setembro de 2009 e 19 de fevereiro de 2010, quase seis meses.



Em pesquisa prévia, o deputado contabilizara 26 as viagens e eventos. Inquiriu sobre os custos da participação de Dilma, de Lula e dos convidados oficiais.



Na chefia da Casa Civil desde abril, quando Dilma trocou o posto pelos palanques, Erenice respondeu apenas um pedaço do questionário.



Limitou-se a informar a cifra referente à participação de Dilma nos pa©mícios: R$ 3,052 milhões. Para ser exato: R$ 3.052.870,94.



Ou seja, noves fora o grosso dos custos (Lula e comitiva) a Viúva foi levada a torrar uma média de R$ 508,8 mil por mês para promover a candidata oficial.



As cifras incluem, segundo a resposta da Casa Civil: “Fornecimento de alimentação, diárias, hospedagem...”



“...Serviços de telecomunicações, de apoio logístico e locação de veículos terrestres [utilizados por Dilma] nas viagens”.



E quanto ao resto? “As demais despesas relacionadas a combustível das aeronaves oficiais, locação de veículos aéreos...”



“Custo estimado por convidado e número de convidados que integraram a comitiva presidencial, deixam de ser informadas”.



Por quê? “Não são da competência desta secretaria [de Administração da Casa Civil] e tampouco constam do nosso sistema de apropriação de custos”. Pena.



Só numa das viagens, a “Caravana do São Francisco”, Lula e Dilma dispuseram de um séquito de mais de cem convidados. Seria razoável saber quanto custou.



O Planalto sempre alegou que o périplo promocional de Dilma não ultrapassou as fronteiras da lei. Foram atos de governo, não de campanha.



Decisões tomadas pelo TSE deram ares de pantomima à alegação. O rol de viagens inclui, por exemplo, um deslocamento ocorrido em 22 de janeiro de 2010.



Nesse dia, Lula e Dilma foram à inauguração da sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo. A coisa virou comício.



Em discurso transmitido ao vivo pela emissora estatal, Lula fez campanha para Dilma. Ao julgar representação da oposição, o TSE multou-o em R$ 10 mil.



Noutra viagem listada por Jungmann e incluída nos levantamento de custos da Casa Civil, Lula levou a candidatura de Dilma ao interior de Minas Gerais.



Cabo eleitoral e candidata foram a cidades mineiras, em 9 de fevereiro de 2010. Entre elas Teófilo Otoni. Uma visita impregnada de 2010.



Num dos discursos do dia, Lula, com Dilma a tiracolo, disse: “Vou fazer a sucessão”. Para quê? “Dar continuidade ao que nós estamos fazendo...”



“...Porque este país não pode retroceder. Este país não pode voltar para trás como se fosse um caranguejo”.



De novo, provocado pela oposição, o TSE condenou Lula por campanha ilegal e fora de época. Multou-o, nesse caso, em R$ 5 mil.



Não foram as únicas multas. Houve outras, resultantes de transgressões praticadas em viagens e eventos não listados no requerimento que a Casa Civil respondeu.



A azáfama administrativo-eleitoral foi tanta que, em 27 de janeiro, de passagem por Recife, Dilma viu Lula ser recolhido a um hospital da capital pernambucana.



O mal-estar do presidente foi passageiro. Rendeu-lhe uma madrugada no leito hospitalar e um check-up de emergência.



Permanente mesmo só a impressão de que o contribuinte –inclusive os eleitores de José Serra e Marina Silva— financiou parte do empreendimento eleitoral de Lula.

Para Aécio, sucessão ‘pode ser definida no Nordeste’

‘Não é candidato a vice que vai mudar rumos da eleição'
‘Nordeste tem 27% dos eleitores, Minas Gerais tem 10%’
‘Optei pelo Senado em dezembro. Nada mudou desde lá’
‘Serra tem as condições de vencer em Minas e no Brasil’
‘Vejo uma ansiedade excessiva de nossos companheiros’
Depois de preterido na disputa interna do PSDB, Aécio Neves foi subitamente convertido em personagem central da sucessão presidencial.



A oposição atribui ao grão-duque do tucanato mineiro, dono de alta popularidade em seu Estado, o poder de definir a eleição em favor de José Serra.



Construiu-se o seguinte raciocínio: abrindo boa dianteira sobre Dilma Rousseff em São Paulo, bastaria a Serra prevalecer em Minas para levar a Presidência.



Como que incomodado com a responsabilidade que tentam acomodar sobre seus ombros, Aécio saiu-se com uma tese diversa:



“Qualquer análise pode mostrar que a eleição pode ser definida no Nordeste, que tem 27% do eleitorado. Minas tem 10%”.



Nos Estados nordestinos a popularidade de Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva é maior do que a média nacional. Nesse pedaço do mapa, Dilma supera Serra nas pesquisas.



É como se Aécio dissesse: Esqueçam Minas. Olhem para o Nordeste. Ou, por outra: Não sou tão importante. Ou ainda: Se formos derrotados, a culpa não será minha.



As considerações de Aécio foram feitas numa entrevista veiculada neste domingo. Pode ser lida no sítio do diário capixaba 'A Gazeta'.



Aécio reafirma sua opção pelo Senado. Para a vice de Serra, menciona o tucano Tasso Jereissati, que também já recusou a empreitada.



Invoca dados de pesquisas para sustentar que, migrando de Minas para a cena nacional, a situação de Serra não se alteraria.



No mais, desmerece a importância desmedida que se tem atribuído à figura do vice: “Não é isso que vai mudar o rumo da eleição”. Abaixo, entrevista:







- Já disse que política é destino. O seu não o empurra para a vice do Serra? No ano passado, apresentei ao meu partido uma alternativa de candidatura presidencial. No momento em que percebi que uma maioria partidária caminhava na direção da candidatura do governador Serra, fiz um gesto em favor da unidade, que foi abdicar desta candidatura. Acima de projetos pessoais deve haver algo, hoje em falta na política, que é uma visão patriótica. Em dezembro anunciei minha candidatura ao Senado. De lá para cá, nada mudou, nem minha convicção de que Serra é o melhor candidato para vencer as eleições. Como candidato ao Senado tenho mais condições de ajudá-lo.
- Não teme ser responsabilizado por uma derrota de Serra? De forma alguma. Na vida devemos ter convicções e lutar por elas. Precisamos fortalecer diariamente nossas convicções e resistir às pressões que nos afastam delas. Estou absolutamente seguro de que tomei a melhor decisão, pensando no meu país.
- Que fato poderia levá-lo a mudar de ideia? Há quem diga que o fato de o governador Anastasia estar atrás nas pesquisas... Quando retornei [das férias], me deparei com uma grande confusão entre opinião e análise. E com três fatos que me eram colocados à frente. O primeiro de que a eleição se definiria em Minas. Qualquer análise pode mostrar que a eleição pode ser definida no Nordeste, que tem 27% do eleitorado. Minas tem 10%. Segundo fato é que a má situação de Anastasia poderia me fazer mudar de opinião. O governador tem 25% de conhecimento e, na pesquisa espontânea, tem os mesmos 5% de intenções de votos de seu adversário. É uma situação extraordinária, e estamos preparados para vencer no primeiro turno. A terceira, de que minha candidatura a vice seria fundamental para eleger Serra. Tenho pesquisas que mostram que isso poderia aumentar em no máximo 5% as intenções de votos em favor de Serra em Minas.
- Mas ajudaria, não? Isso significa meio por cento dos votos nacionais e com risco de desguarnecermos a nossa retaguarda e termos outras perdas, se eu não estiver em Minas. Não haverá no meu partido ou fora dele alguém tão dedicado à vitória de Serra.Temos o melhor candidato e condições para vencer em Minas e no Brasil.
- O empate entre Serra e Dilma pesou na sua decisão? Minha decisão foi tomada em dezembro, quando Serra tinha vantagem expressiva. É preciso mais serenidade por parte dos nossos próprios companheiros. Vejo uma ansiedade excessiva.
- A subida de Dilma confirma o poder de transferência de votos de Lula? Reconheço que o governante bem avaliado tem algum poder de transferência de voto. E servirá, certamente, para o nosso caso em Minas. Mas essa transferência é limitada. Quem define a eleição não são os apoiadores, é o eleitor.
- Que outras opções Serra tem para vice? É uma questão que tem de ser vista com serenidade. Há alternativas no partido, como o senador Tasso Jereissati, ou mesmo na coligação. Não é isso que vai mudar o rumo da eleição.

manchetes deste domingo

- Globo: UPPs valorizam imóveis de favelas em até 400%



- Folha: Nordeste do país cresce em ritmo de "Chináfrica"



- Estadão: Brasil é o principal destino de agrotóxico banido no exterior



- Veja: Uma Copa para você jogar



- Época: Especial - Redes sociais



- IstoÉ: Comida, sexo e amizade



- IstoÉ Dinheiro: O grande nó da Telefônica



- CartaCapital: Antes famintos, hoje gordos



- Exame: Dívida – O mundo no Vermelho

manchetes desta segunda

- Globo: Candidato de Uribe surpreende na Colômbia



- Folha: Quase metade dos médicos receita o que indústria quer



- Estadão: Vazamento pode durar até agosto, admitem EUA



- JB: EUA têm seu pior desastre ecológico



- Correio: Governo quer reduzir áreas de embaixadas



- Valor: Fisco leva 45% da 'riqueza' das S.A.



- Jornal do Commercio: “Por favor, me prendam”

sexta-feira, 28 de maio de 2010

PPS em Brasília espera

O diretório de Brasília do PPS ainda não fechou em qual palanque vai estar nas eleições nacionais: se no de Dilma Rousseff ou no de José Serra. Devastado pela crise na capital – quando o ex-número dois da Secretaria de Saúde, Fernando Antunes, saiu da legenda sob suspeita de envolvimento no esquema – o partido adiou a decisão sobre os apoios políticos para junho.

Candidato à reeleição e homem forte da sigla na capital, o deputado federal Augusto Carvalho pensa em apoiar o petista Agnelo Queiroz ao governo distrital. Mas ele esbarra no cenário político nacional, já que a cúpula partidária deseja dar palanque a José Serra na capital. A oposição, porém, não tem candidato forte ao Palácio do Buriti. E, por sobrevivência, isso pode pesar na balança do PPS candango.

Bandarra entregará defesa

O procurador-geral do DF, Leonardo Bandarra, entrega hoje sua defesa no processo a que responde no Conselho Nacional do Ministério Público por suposto envolvimento no esquema de corrupção montado pelo governo José Roberto Arruda. Ontem, Bandarra foi ao STF contra o conselho, argumentando que não teve acesso a todos os documentos para se preparar. Mas independente da resposta do tribunal, o procurador decidiu entregar hoje a defesa.

A amigos, o chefe do MP de Brasília queixou-se dos constantes vazamentos de informações sobre seu processo, que é sigiloso. Disse também que não vai se afastar do cargo, apesar da pressão interna. O corregedor nacional do MP, Sandro Neis, já avisou que pretender levar o caso Bandarra a julgamento na sessão de 7 de junho.

manchetes desta sexta

- Globo: Tribunal cassa Rosinha e torna Garotinho inelegível



- Folha: Hillary vê risco para o mundo no acordo Brasil/Irã



- Estadão: Hillary aponta 'sérias divergências' com Brasil no caso do Irã



- JB: “Truculência não resolve”



- Correio: Para auditores, Roriz deu início à farra de contratos



- Valor: Justiça lenta impede a volta de US$ 3 bi ao país



- Jornal do Commercio: Descoberta farra no Aníbal Bruno

SERRA DIZ QUE NÃO PERDEU CANDIDATO A VICE




O presidenciável José Serra (PSDB) afirmou nesta quinta (27), depois que Aécio Neves decidiu que se candidatará mesmo ao Senado, que não perdeu seu candidato a vice na chapa tucana para outubro, pois nunca o teve. “Você só perde o que tem. Ele (Aécio) não era candidato a vice", declarou aos jornalistas em uma visita à cidade gaúcha de gramado. Serra afirmou que já sabia que Aécio não aderiria à campanha há vários meses e que nada muda na campanha, porque Aécio nunca esteve por perto. O ex-governador de SP visita a cidade para participar do 26º Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde.

DILMA ESTARÁ NA CONVENÇÃO DE GEDDEL




Engana-se aquele que pensa que a pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, está de clima ruim com o PMDB da Bahia. A pupila do presidente Lula está mais do que confirmada na convenção peemedebista que oficializará a candidatura de Geddel Vieira Lima para governador e toda a sua chapa majoritária. O senador César Borges (PR) aliado dos dois citados confirmou a informação ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (27). O evento, marcado para o dia 18 de junho, promete uma mobilização de milhares de peemedebistas de todo o estado, tanto que a diretoria escolheu o parque aquático Wet’n Wild para sediar os festejos.

TESOUREIRO PETISTA É CONDENADO EM SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a devolver cerca de R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura da cidade. A decisão ocorreu pela contratação sem licitação do escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que é petista. O escritório de Greenhalgh foi contratado pela Prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Defendeu só duas causas, segundo o Ministério Público, e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões pela tarefa. O contrato era desnecessário, já que a prefeitura contava com 51 procuradores para defender os interesses da cidade. O TJ também condenou Filippi Junior à perda dos direitos políticos por cinco anos. A decisão não afeta a função que ele terá na campanha de Dilma. Tesoureiro não é uma função pública. Informações da Folha.

ALENCAR É INTERNADO COM PROBLEMA RENAL

O vice-presidente da República, José Alencar, deu entrada nesta quinta-feira (27) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a realização de exames. Os primeiros exames mostraram que ele está com problemas renais e com acúmulo de líquido pelo corpo. Os médicos ainda não sabem se a retenção de líquido está relacionada ao câncer, a problemas cardiológicos ou se é efeito colateral de algum remédio que ele vem usando. O oncologista Paulo Hoff, da equipe que cuida de Alencar, se limitou a dizer que "tudo ainda está em avaliação. Ele fará uma bateria de testes ". Hoff disse que Alencar chegou ao hospital "caminhando e está bem, brincando, rindo. Não é um quadro dramático, nada disso". O oncologista afirmou que o vice telefonou para os médicos ontem relatando que estava "cansado, fatigado" e que eles o orientaram a viajar a São Paulo para uma avaliação mais aprofundada. "Isso pode ter sido causado por uma série de fatores". Informações da Folha.

RODRIGO MAIA E PMDB

O delator do "mensalão do DEM" do Distrito Federal, Durval Barbosa, revelou que o presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), era um dos beneficiários do esquema montado pelo governador cassado José Roberto Arruda. "O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda", disse Barbosa, em entrevista ao Jornal Estado de S. Paulo. Barbosa afirmou que a participação do presidente nacional do DEM está sendo investigada, e ele, Durval, colabora por meio de um acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal. "O Ministério Público vai pegar", afirmou, referindo-se à suposta participação de Rodrigo Maia no desvio de dinheiro do governo do Distrito Federal. O ex-secretário também acusou o PMDB de receber pagamentos mensais do esquema de Arruda. Além de disparar contra o presidente nacional do DEM, Barbosa afirmou que dirigentes do PMDB se beneficiavam do esquema de corrupção montado no governo Arruda. O dinheiro, segundo ele, era entregue ao presidente do diretório do partido no DF, o deputado federal Tadeu Filippelli. "Filippelli recebia R$ 1 milhão por mês para o PMDB", afirmou Barbosa. "Inclusive tem um áudio sobre isso", emendou.

O COBIÇADO AÉCIO AINDA É ESPERADO POR SERRA

Começou com duas candidaturas: a de Serra e a de Aécio. O mineiro saiu do páreo e anunciou a sua candidatura ao Senado, mas os tucanos jamais se confirmaram e alentaram, por longo tempo, a possibilidade de Aécio mudar de posição e ser companheiro da chapa de José Serra. O mineiro, no entanto, que passou um mês no exterior, resolveu, ao retornar, acabar com a festa e as ilusões. E dizer que é candidato sim, mas ao Senado e não a vice. Justo quando aconteceu o empate, em pesquisa da DataFiolha, entre Serra e Dilma Rousseff. Mais do que nunca Serra precisava de Aécio, que continua na dele, como Ulysses, em Homero, amarrado no mastro para não ouvir o canto das sereias. Ele entende que a campanha não começou ainda e que as possibilidades do tucano são amplas. Aécio Neves tem problemasa em Minas, onde pretende eleger Anastacia governador do Estado, e disse a Serra que faria a sua campanha em Minas chegando a afirmar que aonde um estiver o outro estará. Mas não basta. Dilma ganha aura de favorita e isso, naturalmente, incomoda. O tucano disse, diante da postura intransigente do desejado vice, que jamais fizera convite e que nunca teve vice, embora considerasse o ex-governador mineiro ideal. A situação passou a ser confusa de tal natureza que o DEM avisou que, como aliado, exige ocupar a vaga. Pior para Serra. O DEM não tem nome que puxe voto e é isso o que o candidato a presidente precisa. Agora, o PSDB começa a cogitar em uma decisão interessante, senão curiosa, realizar a sua convenção nacional e deixar a vaga da vice aberta, para preencher posteriormente. Nada disse, mas uma decisão dessa ordem leva à suposição óbvia de que, ao deixar a vaga em aberto, nada mais os tucanos estarão fazendo senão esperar por Aécio. Estão, provavelmente, naquela linha segundo a qual a esperança é a última que morre. Olha, de há muito eu não vejo um nome tão cobiçado quanto o de Aécio Neves, motivo de incontido desejo dos tucanos, que imaginam quebrar o ciclo do PT no comando da República.

LULA DEFENDE NEGOCIAÇÃO PARA CRISE IRANIANA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a busca de uma solução negociada para a crise nuclear iraniana. Lula deu declarações sobre o assunto no discurso de abertura do 3º Fórum das Civilizações, no Museu de Arte Moderna da cidade do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (28). O presidente brasileiro voltou a insistir no tema nuclear iraniano e enfatizou que o Brasil foi "ao Irã buscar uma solução negociada para a crise". Além disso, Lula considerou "obsoletos e de um tempo já superado" os arsenais nucleares, e recordou que o Brasil "é um dos poucos países que consagram o desarmamento em sua Constituição".

Discurso da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) na posse do novo presidente da FPA, Moreira Mendes (PPS-RO)

Desafios pela frente


Moreira Mendes é empossado presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) em noite concorrida, em Brasília


Por Marcos Linhares


Numa noite repleta de parlamentares e expectativas, o deputado federal Rubens Moreira Mendes (PPS-RO) tomou posse em Brasília, como novo presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), tida como a maior do Congresso Nacional. Deputados e senadores, de vários estados e legendas, assim como membros do executivo, jornalistas e personalidades se revezavam nos cumprimentos assim como na discussão de temas afins à produção rural e pecuária nacional e internacional.


O deputado Valdir Collatto (PMDB/SC), que presidia a FPA até ontem, salientava sua satisfação com o trabalho desenvolvido e com as conquistas alcançadas pela frente, que conta com 268membros, sendo 233 deputados e 35 senadores. Colatto recebeu das mãos da senadora (DEM-TO) e presidente da Confederação da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, uma placa alusiva a contribuição do parlamentar ao setor agropecuário brasileiro, em especial, como presidente da FPA no período 2008/2010. O parlamentar catarinense afirmou ter empreendido um sério trabalho em prol do direito de propriedade para os agropecuaristas brasileiros. "É a questão que mais traz intranqüilidade para o campo. Precisamos continuar nesta luta e observar também a questão ambiental", defendeu Colatto ao transmitir o cargo ao novo presidente, o deputado Moreira Mendes.


Visivelmente emocionado, o deputado e ex-senador do estado de Rondônia, Moreira Mendes enfatizou que este é um ano atípico, devido às eleições, mas que mesmo com o período eleitoral, tratará as questões dessa aérea crucial ao país com a devida responsabilidade e quem bem conhece. " Nossa área responde por cerca de 40% do PIB e 48% das exportações brasileiras. Pena, ainda sermos incompreendidos pela população, de um modo em geral, assim como pela legislação ambiental que é tão cruel para com o produtor", lamentou.


O novo presidente elogiou o trabalho de seu antecessor, Valdir Colatto, e ressaltou que o primeiro grande desafio é continuar a luta pela modificação da legislação ambiental. Além disso, apontou o problema da insegurança jurídica no campo." Não há como conviver com essas invasões desmesuradas, de caráter político-ideológico. Ninguém está acima da lei. Devemos todos respeitar e cumprir as leis. Por isso, estaremos atentos a todas manobras feitas que atentarem contra o respeito à propriedade privada", disse. Mendes também enfatizou que a Frente procurará sempre manter um canal de diálogo aberto e franco com o Governo, no sentido de minimizar os efeitos dramáticos sentidos na falta de infraestrutura, no Brasil, como um todo. "Precisamos dar escoamento a essa grande produção. Novamente, apesar de todas as dificuldades, este ano, batemos recorde de produção. As estradas, portos e ferrovias ainda estão muito aquém da grandiosa produção brasileira", apontou.


O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara e um dos fundadores da FPA, deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) pontuou que Moreira Mendes é profundo conhecedor da área jurídica e por também ser da área agropecuária, deverá ser um dos grandes presidentes da Frente. "Ele poderá contar com as estruturas de nossa Comissão. Afinal, a FPA é a aquela que faz as coisas acontecerem, pois somos combativos. Lutamos com afinco pelos interesses do setor agropecuário, que tanto beneficiam o país. Moreira Mendes tem excelente capacidade de mobilização e muita credibilidade no Congresso Nacional e a FPA estará em ótimas mãos", revelou.


Fronteira


Um dos deputados mais atuantes da Frente, Ronaldo Caiado (DEM-GO) alegou que o novo presidente é muito respeitado no plenário e por isso, é uma voz muito ouvida na Casa. "O deputado Moreira Mendes como advogado e militante competente, possui a prática de como lidar com as dificuldades do setor, principalmente das áreas de fronteira. Ele representa com orgulho seu Estado no :Congresso, Rondônia. Estou convicto de que ele será brilhante e de que avançaremos nos debates e nos resultados dos temas da agropecuária brasileira", complementou.


Questões Amazônicas


O ex-ministro da Agricultura, o deputado Reinhold Stephanes (PMDB / PR) compareceu discretamente. Ficou pouco tempo, tendo passado por lá, para rapidamente cumprimentar o novo presidente da FPA. "Tenho grande respeito por Moreira Mendes. Quando fui ministro da Agricultura, ele foi uma das pessoas que mais participava com questões claras, precisas e objetivas, principalmente as questões amazônicas. Temos uma bancada ruralista grande, mas os que efetivamente atuam são uns 10, 15 ou 20, não passa desse número. E o Moreira Mendes sempre esteve presente e atuante. Esse olhar da compensação ambiental do Moreira Mendes nos faz pensar que precisamos ver com ainda mais atenção a questão da Amazônia", comentou.


Confederação


A senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu (DEM-GO), ao tomar a palavra, não escondeu sua satisfação com Moreira Mendes, à frente da FPA. " Moreira Mendes é companheiro de hoje e sempre e estamos seguros de que, continuará o companheiro certo nas lutas pelo agropecuária de nosso país", comemorou.


Rondônia


O novo secretário-chefe da Casa Civil do Estado de Rondônia, o ex-vereador, advogado e empresário Guilherme Erse Moreira Mendes também esteve presente, representando o governador daquela unidade da federação, João Cahulla. Guilherme Moreira Mendes em seu discurso discorreu sobre a importância de ter o Estado tão bem representado na FPA e que os problemas que assistem à área agropecuária não são poucos mas que tem que ser enfrentados. Ao final, não escondeu a satisfação de ser filho de novos presidente da Frente. "Tenho orgulho de como seu filho, ver meu pai brilhando por onde passa", concluiu.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Moreira Mendes assume presidência da Frente Parlamentar Agropecuária



Em ato festivo, com homenagem e confraternização em Brasília, o deputado federal catarinense, engenheiro agrônomo Valdir Colatto (PMDB/SC) transmitiu o cargo de presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) do Congresso Nacional ao seu colega parlamentar, deputado Moreira Mendes (PPS/RO).

Colatto foi homenageado com uma placa, entregue pela senadora e presidente da Confederação da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, pela enorme contribuição ao setor agropecuário brasileiro, especialmente na atuação como presidente da FPA no período 2008/2010. Colatto também foi lembrado pelos membros da frente, participantes do jantar, como o membro que mais defendeu o agronegócio brasileiro e batalhou por esse setor. O homenageado agradeceu a presença de todos e a colaboração de cada um nesses dois anos como presidente da FPA.

“Trabalhamos muito, em várias áreas, mas acredito que a principal delas foi em prol do direito de propriedade para os agropecuaristas brasileiros. Pois esta questão é o que mais traz intranqüilidade para o campo. Precisamos continuar nesta luta e na questão ambiental também”, ressaltou Colatto após receber as homenagens.

Os 25 anos de vida pública e a forte atuação na área da agricultura foi o que credenciou Valdir Colatto a comandar por este período uma das mais influentes bancadas no Congresso Nacional, também conhecida como a bancada dos ruralistas. Por duas gestões consecutivas, iniciada em 2008 e encerrada em 2010, o parlamentar esteve à frente do grupo, formado por 234 deputados e 33 senadores que atuam ativamente nas comissões temáticas propondo e aprovando projetos de interesse da área agropecuária. Agora, deixa a presidência e assume a vice-presidência da FPA.

Para o deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR), coordenador político da frente, foi na presidência de Colatto que “a FPA teve grande participação na aprovação do Fundo de Catástrofe e foi de fundamental importância na criação da Comissão Especial do Código Ambiental. Com certeza esta foi uma das melhores gestões da FPA desde o inicio da frente,” ressaltou o parlamentar.

Ao deixar a presidência, Colatto agradeceu à todos os funcionários e parlamentares que fizeram parte da sua gestão como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e desejou sorte e sucesso ao novo presidente, deputado Moreira Mendes.

AÇÕES

Na condução de Colatto, o trabalho da FPA foi pautado em sete grandes temas: endividamento agrícola, legislação ambiental, questões fundiárias (quilombolas, indígenas, índices de produtividade, regularização fundiária conflitos agrários), infraestrutura, questões tributárias, política agrícola e defesa agropecuária. Foram acompanhadas e analisadas 816 proposições legislativas, tratando dos ramos da agricultura comercial (44), agricultura familiar (13), agroenergia (16), agroindústria (9), biotecnologia (16), comércio exterior (8), cooperativismo (24), defesa agropecuária (40), infraestrutura (40), insumos agropecuários (6), meio ambiente (217), pesca/aquicultura (1), política agrícola (103), política fundiária (120), políticas públicas (46), previdência/tributos (61), sanidade (6) e trabalho (46).

Colatto destaca entre as prioridades a criação do Código Ambiental Brasileiro, a redução da carga tributária para alimentos e insumos, garantia da renda para o produtor rural e a solução para os conflitos fundiários. Na presidência, o parlamentar lutou por uma política agrícola mais justa para os produtores, por uma legislação ambiental mais adequada e compatível com a realidade brasileira e também batalhou pela garantia do direito de propriedade. “A questão fundiária precisa continuar sendo pautada pela FPA, pois os produtores brasileiros precisam de segurança jurídica e do direito de propriedade”, destacou Colatto.

Ainda na gestão de Colatto, a Frente Parlamentar da Agropecuária negociou a prorrogação por mais dois anos a averbação da Reserva Legal, que vinha trazendo intranqüilidade para os agricultores brasileiros, apresentou o Projeto de Lei 5.367/2009, de autoria de Colatto, e criou a Comissão Especial que discute mudanças na atual legislação florestal e instituição do Código Ambiental Brasileiro. “O Congresso precisa fazer uma legislação ambiental compatível com a realidade brasileira, que permita a produção e preservação do meio ambiente”, ressalta.

A alteração dos índices de produtividade, a garantia de preços mínimos para os produtores rurais, o apoio à comercialização e à implementação de programas de defesa agropecuária, além das críticas às demarcações contínuas de terras quilombolas e indígenas e dos trabalhos relevantes junto às cooperativas brasileiras também foram prioridades de Colatto na presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Mesa Diretora

Como secretário-geral e coordenador-político da Frente, permanecem os deputados Marcos Montes (DEM /MG) e Moacir Micheletto (PMDB/PR). Como vice-presidente da FPA, o deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC). Nas vices-presidências regionais, permaneceram os deputados Duarte Nogueira (PSDB/SP), pela região Sudeste, Luis Carlos Heinze (PP/RS), pela região Sul, Homero Pereira (PR / MT), pela região Centro-Oeste. O novo vice-presidente pela região norte é o parlamentar Giovanni Queiroz (PDT/PA).

Homenagem - Placa

“Nós, Deputados e Senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária – FPA, homenageamos o Engenheiro Agrônomo e Deputado Federal Valdir Colatto por sua enorme contribuição ao setor agropecuário brasileiro, especialmente em razão de sua brilhante atuação como presidente desta entidade no período 2008/2010”

copa

PDT veta Suplicy na ‘vice’ com apoio velado de Marta

Candidato petê ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante viu ruir o seu plano de fazer do amigo Eduardo Suplicy o vice de sua chapa.

O PDT, que se considera dono da vaga, levou o pé à porta nesta quarta (26). Pois bem, descobriu-se que há outro pezinho no caminho de Suplicy.

Quem conta é o Painel, seção da Folha editada pela repórter Renata Lo Prete. Leia:

- Suplicy x Suplicy: A nota do PDT rejeitando a possibilidade de uma chapa pura petista para o governo de São Paulo, com Eduardo Suplicy como vice de Aloizio Mercadante, foi discretamente estimulada por Marta Suplicy, que combate a ideia desde o nascedouro, porque implicaria compensar a sigla com a vaga de primeiro suplente em sua chapa para o Senado.

A ex-prefeita deseja colocar nesse lugar um nome que lhe permita, se eleita, não ficar presa à cadeira por oito anos. Além de tentar convencer Antonio Palocci a aceitar a missão, Marta conversou com Paulinho da Força sobre como julga natural que o PDT exija a vice. Ontem, ligou para o deputado após a divulgação da nota.

PTB terceiriza seu programa de TV à equipe de Serra

O apoio do PTB de Roberto Jefferson a José Serra é, por ora, um acerto de gogó. Só será formalizado numa convenção agendada para 19 de junho.



A despeito disso, Jefferson resolveu iniciar a lua-de-mel antes do casamento. Praticamente terceirizou o programa de TV de seu partido ao tucanato.



Noves fora um lote de inserções de 30 segundos, o PTB terá à sua disposição uma janela televisiva de dez minutos. Coisa fina. Rede nacional.



Pois bem, Jefferson confiou à equipe de Luiz Gonzalez, o marqueteiro de Serra, a produção de oito minutos da peça do PTB.



E quanto ao resto? Será usado pelo próprio Jefferson. Para quê? "Só preciso de um a dois minutos para apresentar Serra", diz o presidente do PTB.



Curioso. Serra é do PSDB. A coligação com o PTB é, por ora, uma intenção. Pela lei, a campanha só começa em julho. Na TV, só em agosto.



Dá-se à parceria eletrônica da turma de Serra com o partido de Jefferson o nome de “ilegalidade”.



Ou seja, depois de criticar o PT por ter convertido programas partidários em peças eleitorais, a oposição leva o vale-tudo às últimas consequências.

manchetes desta quinta

- Globo: Recall de carros em 2010 já soma 1 milhão de unidades



- Folha: Serra diz que Bolívia é cúmplice de traficantes



- Estadão: Lula manda refazer contas para dar 7,7% a aposentados



- JB: Senado gasta mal e em dobro



- Correio: TCDF confirma farra de contratos na Pandora



- Valor: Chineses já compram terras em nova fronteira agrícola



- Jornal do Commercio: Mais polícia, médicos e verba contra o crack

SERRA DIZ QUE MORALES É 'CÚMPLICE' DO TRÁFICO

Serra ratificou necessidade de criar Ministério de Segurança Pública

Com um tom mais rígido em suas últimas declarações, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, afirmou que governo da Bolívia é "cúmplice" do tráfico de cocaína para o Brasil. A crítica ao país vizinho, comandado pelo presidente Evo Morales, aliado político do presidente Lula, foi proferida no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (18). Ele prometeu criar um Ministério da Segurança Pública caso ele seja eleito. "A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disso. Quem tem que enfrentar essa questão? O governo federal". Para Serra, o que afirmou sobre a Bolívia não é motivo para um incidente diplomático: "Por quê? A melhor coisa diplomática é o governo da Bolívia passar a combater ativamente a entrada de cocaína no Brasil, não apenas o Brasil combater", afirmou.

LULA RECLAMA DE RADICALISMO DOS EUA

Lula protestou da falta de compromisso dos EUA na 4ª Conferência de TI

O presidente Lula fez duras críticas à política dos EUA de retaliar o Irã, em discurso nesta quarta-feira (26), na abertura da 4ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele lamentou que, feito o acordo, em vez de o Brasil ser “agraciado”, foi crivado de críticas. Descobriu-se, segundo Lula, que as potências, em verdade, “não queriam” trazer o Irã para a mesa de negociação. Ele insinuou que os EUA preferem mostrar a força internacional a aceitar o acordo. “Tem gente que, ao invés de sentar numa mesa pra conversar, prefere mostrar: ‘Eu tenho força [Lula ergue o braço esquerdo e bate com a mão direita no bíceps]. É ‘Ou dá ou desce!’ Eu não sou assim. Ninguém dá e todo mundo desce. Esse é o meu lema. Vamos tentar fazer com que as coisas sejam resolvidas em conversa, franca e aberta”. Lula relatou o que para ele é a tática de Washington: “Primeiro é preciso criar um inimigo. Esse inimigo tem que ser ruim, embora possa não ser. Mas eu tenho que fazê-lo ruim, a cara tem que ser feia. E nós temos, então que demonizá-lo”. Ele comparou o que a Casa Branca faz com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao que a oposição e os empresários fizeram com ele próprio: “Fui demonizado quanto anos? Quantos anos muitos de vocês, sem me conhecer, tinham medo de mim? Vamos ser francos, entre nós aqui [risos].”

PP lançará as pré-candidaturas ao Senado de Cassol e Tiziu

No próximo sábado acontecerá em Porto Velho o lançamento oficial das pré-candidaturas de Ivo Cassol (PP) e do deputado estadual Tiziu Jidalias (PP-Ariquemes) ao Senado. O evento terá início a partir das 9 horas, na boate Quéops, localizada na Avenida Mamoré.
Trata-se do 5° Encontro Estadual do Partido Progressista em Rondônia e partidos convidados (PP, PPS, PSDC, PT do B, PSL, PRP, PV, PTN e PTB). De acordo com o presidente em exercício do PP, Cláudio Faria, o objetivo do evento será de promover novas filiações; discutir com as lideranças locais, sugestões de programas de governo e ações políticas para o Estado de Rondônia; apresentar à comunidade as lideranças regionais do PP e dos partidos convidados e preparar as lideranças partidárias para a Convenção Regional marcada para acontecer no dia 30 de junho de 2010.
Ivo Cassol destaca a importância do trabalho realizado pelas lideranças da chamada Frente Progressista. “Com o trabalho conjunto dessas lideranças, estou certo de que daremos continuidade ao progresso implantado em Rondônia”, destacou.
Ainda referindo-se ao andamento das pré-candidaturas da Frente Progressista, Cassol voltou a destacar o nome do governador João Cahulla (PPS), que busca a reeleição. “O que nós queremos é que o nosso Estado não pare. O trabalho que iniciamos nos quatro cantos de Rondônia continua, o progresso faz parte dessa história e Cahulla está preparado para assumir o comando do Estado”, ressaltou Cassol.
Para Tiziu Jidalias, que tem tido uma expressiva aceitação de sua pré-candidatura ao Senado, afirma estar satisfeito. “Estou muito feliz, otimista e diga-se de passagem, muito motivado com a receptividade que tenho tido nos diversos lugares de nosso Estado. Desde que o PP lançou o meu nome ao Senado, tenho recebido o apoio de várias pessoas e isso é sem dúvida muito gratificante”, salientou o deputado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

GEDDEL: JW EMPERRA CHEGADA DE RECURSOS PARA BA




Para Geddel, Wagner não formaliza projetos importantes

O pré-candidato a governador pelo PMDB, Geddel Vieira Lima, voltou a criticar a gestão do chefe do Executivo baiano, Jaques Wagner (PT), no que se refere à falta de investimentos para o estado. O peemedebista disse que o gestor peca na falta de elaboração de projetos relevantes ao governo federal e por isso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem liberado mais verbas para o Estado. “O presidente Lula sempre demonstrou o seu amor pela Bahia, mas o atual governador não tem capacidade para apresentar projetos e com isso, viabilizar recursos. O presidente poderia ter feito mais pela Bahia se tivesse um governador reivindicando”, declarou o ex-ministro ao programa Balanço Geral, da TV Itapoan. Geddel também aproveitou para cutucar o discurso de Wagner sobre a sua amizade com Lula, ao dizer que outras unidades federativas, a exemplo de Pernambuco, onde o governador não é amigo do presidente, tem conquistado mais investimentos para seu reduto.

CRIADOR DO 'LULA-LÁ' FARÁ CAMPANHA DE MARINA

O publicitário Paulo de Tarso Santos, que comandou a campanha do presidente Lula nas eleições de 1989 e 1994, atua há 20 dias no comitê da campanha da pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva. Ele já ajudou a preparar a pré-candidata para eventos públicos como a sabatina desta terça-feira (25), na sede da CNI. Ele não funcionará como um “marqueteiro tradicional”. "Normalmente, essa figura define a agenda, o programa e o discurso do candidato. Não será o caso", afirmou João Paulo Capobianco, dirigente da campanha. Segundo ele, Paulo de Tarso trabalha em conjunto com o cineasta Fernando Meirelles e o publicitário Cláudio Carillo, que seriam voluntários. “Tem marqueteiro que recebe de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. Não teremos nem 10% disso para gastar", disse. Tarso se disse encantado com a nova cliente: "Ela quer sair da política do varejo. Está me lembrando meus trabalhos no início do PT". Informações da Folha.

Reunião reforça divergência entre PT e PMDB em MG

A duas semanas das convenções que oficializarão a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, PT e PMDB não conseguem chegar a um acordo em Minas Gerais.



Representantes das duas legendas reuniram-se por mais de três horas, em Belo Horizonte. Não produziram senão desavenças.



Estava entendido, diziam as cúpulas nacionais dos sócios majoritários da aliança governista, que Dilma teria um único palanque em Minas.



Pois bem, no encontro belorizontino, a divergência começou já no tópico que antecede a escolha do candidato.



O PMDB invoca a liderança de Hélio Costa nas pesquisas (mais de 50%), para exigir que o PT o apóie.



O PT de Fernando Pimentel diz que a coisa não é bem assim. Quer que sejam levadas em conta não as pesquisas quantitativas, mas as qualitativas.



De resto, o petismo alega que deve pesar a opinião dos outros partidos. Participaram da reunião, aliás, prepostos do PCdoB, do PRB e do PR.



Terminada a arenga, o ex-prefeito Juiz de Fora, Tarcísio Delgado (PMDB), a voz de Hélio Costa na reunião, saiu cuspindo fogo:



“Precisamos saber até quando a posição desses membros do PT de Minas pode se sobrepor à vontade do presidente Lula. É uma avaliação que precisa ser feita, para saber até onde vai isso".



Procurador de Fernando Pimentel, o presidente do PT mineiro, deputado Reginaldo Lopes, também soltou a língua:



“Não admitimos escolha por pesquisa quantitativa. Queremos fazer um processo democrático para escolha do candidato...”



“...Se não for assim, na política, parece que a comissão é ‘do faz-de-conta’. E eu não participo de teatro”.



Sempre se disse que, em Minas, PT e PMDB estavam condenados a brigar. Bobagem. As duas legendas, em verdade, já nem se falam. A decisão terá que vir de cima.

Anastasia: ‘Presença de Aécio em MG é fundamental’

Candidato de Aécio Neves à sucessão estadual mineira, o governador tucano Antonio Anastasia borrifa água fria na fervura que tenta afastar seu cabo eleitoral de Minas:



"Claro que a presença do governador Aécio é fundamental. Ele é o nosso grande líder político, ele é o grande fiador do que fizemos em Minas...



“...[...] No momento certo, pelos meios certos, o governador Aécio vai apresentar, naturalmente, a sua posição política no Estado".



Nesta quarta (26), já de volta a Belo Horizonte, Aécio volta à boca do palco depois de um mergulho de 27 dias.

Gallup: No Brasil, 48% aprovam ‘liderança’ dos EUA

O Gallup levou à sua página na web o resultado de uma pesquisa feita em 110 países ao longo de 2009, primeiro ano da gestão Barack Obama.



Perguntou-se aos entrevistados se aprovam ou desaprovam a “liderança” que os EUA historicamente se auto-atribuem no mundo.



Verificou-se que, em média, 51% dos entrevistados aprovam. Em 2008, último ano da administração George Bush, o índice era de apenas 34%.



No Brasil, segundo o Gallup, 48% dos entrevistados aprovam a “liderança” dos EUA. Um índice 25 pontos acima dos 23% anotados em 2008, sob Bush.



O percentual de aprovação recolhido no Brasil está acima dos 42% verificados na Argentina e bem abaixo dos 60% anotados na Colômbia.



Curiosamente, o Gallup informa que, na Venezuela de Hugo Chávez, um notório adversário do “imperialismo ianque”, 50% aprovam o papel de líder dos EUA.



Na Bolívia de Evo Morales, outro feroz inimigo de Washington, a aprovação cai para 40%.



Na média das Américas, o índice de aprovação foi de 53%. É a segunda região do planeta em que a liderança dos EUA é mais bem aceita.



A primeira, com 87%, é a África subsaariana. Vêm a seguir a Europa (52% de aprovação), a Ásia (44%, excluídos os países da ex-União Soviética, onde o índice é de 41%)...



...E, na lanterninha, com exíguos 34% de aprovação, o Oriente Médio e o Norte da África.



Como se referem ao ano de 2009, os dados não captaram os humores do mundo em relação à implicância da gestão Obama com o programa nuclear do Irã.



Uma pena, já que Lula, nessa matéria, mede forças com a Casa Branca. Nesta terça (25), a propósito, o presidente brasileiro protagonizou um novo movimento.



Lula enviou mensagens aos presidentes da Rússia, Dimitri Medvedev; da França, Nicolas Sarkozy; e ao próprio Obama.



No texto, Lula anota que o Irã cumpriu sua parte no acordo nuclear intermediado por Brasil e Turquia.



Refere-se ao comunicado endereçado pelo governo iraniano à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU).



Contrário a imposição de novas sanções do Conselho de Segurança da ONU ao Irã, Lula pede um gesto de boa vontade dos três colegas.



O chanceler Celso Amorim resumiu a intenção do chefe: "Na mensagem, o presidente recapitula que houve a carta [do Irã à AIEA], que era um fato esperado...”



“...E que, se houver resposta positiva [dos EUA, Rússia e França], poderá se criar um ciclo virtuoso para criação de confiança...”



“...E daí poder se tratar todos os temas que interessam à comunidade internacional, que nós sabemos que não se esgotam [nesse acordo]”.

Jefferson dá a Serra apoio do PTB e 58 s de televisão

Nas palavras de Roberto Jefferson (RJ), o apoio do PTB à candidatura tucana de José Serra está “fechadinho, fechadinho”.



Será oficializado em convenção marcada para 19 de junho. Com isso, Serra ganha, além da companhia de Jefferson, mais 58 segundos de televisão.



Por ora, a coligação de Serra dispõe de cinco legendas: PSDB, DEM, PPS, PSC e, agora, o PTB.



Tenta-se atrair ainda o PP de Francisco Dornelles (RJ), que, hesitante, empurrou a definição para o mês que vem.



A despeito do acerto nacional com o tucanato, Jefferson liberou o PTB dos Estados para fecharem os acordos que mais lhe aprouverem.



Mesmo em âmbito nacional, há defecções. Com o assentimento de Jefferson, que preside o PTB, um pedaço da legenda declara-se pró-Dilma Rousseff.



É o caso dos líderes do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO); e no Senado, Gim Argello (DF).



Outro apoiador convicto de Dilma é o senador Fernando Collor, candidato do PTB ao governo de Alagoas.



É o caso também de Fernando Collor, candidato ao governo de Alagoas. Combinou-se que a turma de Dilma não incomoda Jefferson e vice-versa.



O último Datafolha, que registrou empate de Serra e Dilma em 37% não abalou as convicções do denunciante do mensalão.



“Serra é tão sólido que se manteve nos 37%. Na hora que a campanha começar, ele passa a Dilma", disse o deputado cassado Jefferson.

Aécio lidera ‘corrida’ ao Senado em todos os cenários

Pesquisa veiculada pelo diário mineiro “O Tempo” revela que o ex-governador Aécio Neves é o candidato ao Senado mais bem posto em Minas Gerais.



O ex-governador tucano aparece como líder em todos os cenários pesquisados. Atrás dele vem o ex-presidente Itamar Franco, hoje no PPS.



São dois os principais cenários. Num, Aécio e Itamar foram incluídos numa lista junto com Hélio Costa (PMDB).



Noutro, o nome de Hélio foi substituído pelo de Fernando Pimentel (PT).



No primeiro, somando-se a primeira e a segunda opção de cada eleitor, Aécio amealha 72,88%. Itamar, 45,47%. E Hélio, encostado, 44,45%.



No segundo cenário, Aécio belisca 77,68% das intenções de voto. Itamar, 57,41%. E o petista Pimentel, 17,77%.



É em meio a esse cenário benfazejo que parte do tucanto e da tribo 'demo' pede que Aécio aceite o desafio "patriótico" de trocar o certo pela posição de vice na chapa de José Serra.

manchetes desta quarta

- Globo: Estado joga um terço do lixo em rios e aterros irregulares



- Folha: SP abandona exigência para contratar professor



- Estadão: Plano de regularização fundiária na Amazônia vende hectare a R$ 2,99



- JB: A sombra da guerra



- Correio: Dois corpos e um crime no lago



- Valor: Brasil vai retaliar a Argentina



- Jornal do Commercio: Governo avalia abono para aposentados

terça-feira, 25 de maio de 2010

manchetes desta terça

- Globo: Área econômica pede a Lula veto a reajuste de aposentado



- Folha: Luz é mais cara para pagar usina poluidora



- Estadão: Ministros pedem que Lula vete reajuste de 7,7% a aposentados



- JB: Irã formaliza acordo e isola EUA



- Correio: Atos de uma tragédia



- Valor: Receita recorde tira da crise concessionárias de rodovias



- Jornal do Commercio: Governo reage à guerra de gangues

AÉCIO MANTÉM CANDIDATURA AO SENADO



O governador de Minas Gerais Aécio Neves retorna nesta terça (25) da viagem de descanso que fez ao exterior, envolto de um clima de mobilização tucana para convencê-lo a compor a chapa do presidenciável José Serra na vice. Mesmo sabendo do que lhe espera, chegará com o mesmo discurso de antes. “Minha prioridade continua sendo Minas”, disse, em conversa telefônica revelada pelo colunista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo. Ele até admite discutir a idéia, porém afirma que não lhe foi apresentado argumento capaz de convencê-lo a trocar a candidatura ao Senado pela vice. Na avaliação de Aécio, o efeito de sua adesão seria mais midiático, mas não resultaria na subida de Serra nas pesquisas. Ainda que conseguisse transferir 20% dos votos que lhe são fiéis em Minas, Aécio agregaria, em âmbito nacional, apenas dois pontos percentuais na conta de Serra. A decisão de priorizar Minas Gerais se deve, por outro lado, devido ao fato de seu candidato, Antonio Anastasia, ter entre 16% e 17% nas pesquisas, contra mais de 50% de Hélio Costa (PMDB).

BORNHAUSEN: CAMPANHA SERÁ “SANGRENTA”

A campanha eleitoral deste ano para a Presidência da República será “sangrenta”, de acordo com o presidente de honra do DEM, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC), em entrevista nessa segunda-feira (24). Ele avaliou os resultados da última pesquisa do Instituto Datafolha, que apontou empate a petista e o pré-candidato José Serra (PSDB): “Temos como fotografia do momento uma luta renhida, uma eleição que prenuncia ser sangrenta”, disse. “Toda campanha equilibrada é mais renhida. E os ataques são maiores de lado a lado”, projetou. Bornhausen criticou a postura do presidente Lula que, segundo ele, “despersonaliza” a sua candidata, a ex-ministra Dilma Rousseff, transformando a em “boneca de ventríloco”. “E isso tem um custo na campanha eleitoral. O eleitor avalia muito bem quem tem condições, quem não tem condições próprias. E esse vai ser o grande requisito da disputa”. Informações do Globo.

23% DOS SERRISTAS VOTAM EM CANDIDATO DE LULA

Eleitores ainda estão confusos sobre em quem votar

Na loucura eleitoral da pré-campanha, em que a população ainda não se interou do contexto da disputa, 23% dos eleitores de José Serra (PSDB) manifestaram comportamento paradoxal na última pesquisa Datafolha: eles afirmaram que votarão “com certeza” no candidato apoiado pelo presidente Lula. Neste universo, há quem diz ignorar a opção eleitoral de Lula, mas também os que estão convictos de que o presidente apóia Serra. Quase um décimo dos eleitores do tucano pensa assim. Outros 26% dos eleitores de Serra dizem que talvez votem em um candidato apoiado por Lula. Os eleitores com “duas caras” são cerca de 11,5 milhões. A desinformação se distribui de forma desigual no eleitorado. É maior entre as mulheres, entre os mais pobres e entre os moradores do Nordeste. Na região, 59% dos eleitores dizem que pretendem votar no candidato de Lula, mas 41% ignoram que Dilma ocupa esse papel. Informações do Estadão.

JUSTIÇA PODE BARRAR REGISTRO DE DILMA

A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, pode não conseguir confirmar a candidatura na Justiça Eleitoral. Segundo a procuradora da República e vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, ela pode ter o registro negado pelo TSE, e, se eleita, pode ter problemas na sua diplomação. Cureau diz haver "uma quantidade imensa de coisas" na pré-campanha de Dilma que podem ser interpretadas como abusos de poder econômico e político. O Ministério Público Eleitoral está reunindo informações sobre os eventos dos quais a ex-ministra tem participado para pedir a abertura de uma Ação de Investigação Judicial-Eleitoral por abuso de poder econômico e político. Em tese, a ação poderá resultar na negação do registro ou no cancelamento da diplomação pela Justiça Eleitoral. Informações da Folha.

Moreira Mendes é eleito presidente da Frente Agropecuária


Moreira Mendes é eleito presidente da Frente Agropecuária

Brasília, 20/mai/2010 – A partir da próxima terça-feira, dia 25, o deputado federal Moreira Mendes terá pela frente mais uma importante missão. Ele vai assumir a presidência da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), entidade que reúne as principais lideranças ruralistas do Congresso Nacional. Composta por 268 membros – sendo 233 deputados e 35 senadores -, a FPA tem tido uma participação decisiva na discussão de temas de interesses dos produtores rurais brasileiros, especialmente a revisão da legislação ambiental, na qual se inclui a proposta de criação de um novo Código Florestal. Eleito numa votação simbólica e por unanimidade na última terça-feira (18), Moreira cumprirá um mandato de um ano, prazo que poderá ser renovado por igual período.

Moreira já vinha integrando a atual diretoria da FPA na condição de vice-presidente para a Região Norte. Ele vai substituir o engenheiro e deputado catarinense Valdir Collatto (PMDB), que ocupou o cargo nos últimos dois anos.

A atuação do deputado Moreira Mendes na defesa do setor agropecuário tem sido bastante elogiada, principalmente em razão de sua participação efetiva nos trabalhos da Comissão de Agricultura e Pecuária e também por sua dedicação apaixonada ao tema. “Vossa Excelência conquistou o respeito de todos nós com sua coragem e sua determinação. O senhor fez por merecer representar a maior bancada desta Casa. É uma honra para a FPA tê-lo como presidente”, declarou o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR).

Para Moreira, o convite para presidir a Frente Agropecuária tem um significado muito especial. “Tenho dedicado a maior parte da minha vida parlamentar a defender ardorosamente os interesses do produtor rural brasileiro, missão, aliás, que abracei desde os tempos em que fui Senador e que, agora, tenho a felicidade de poder dar continuidade aqui na Câmara”, disse ele ao agradecer o voto de confiança dos colegas de bancada.



Ele ressaltou que a FPA vem desenvolvendo um trabalho muito importante, ao liderar, no Congresso Nacional, o debate em torno da modificação e modernização das leis que tratam do meio ambiente e dos demais temas que dizem respeito à vida do homem do campo. “Graças à representatividade e ao nosso poder de articulação, arregimentamos forças e conseguimos o que até pouco tempo parecia impossível, que era colocar o tema da revisão da legislação ambiental no centro do debate nacional”, frisou.

Moreira parabenizou o colega Valdir Collatto destacando que a Frente Agropecuária e todo o movimento ruralista devem muito ao parlamentar. “Muito de tudo isso que conseguimos se deve ao excelente trabalho do presidente Valdir Colatto. A minha missão será dar continuidade a esse trabalho e intensificar, ainda mais, a nossa luta, buscando, para isso, envolver toda a sociedade brasileira. Como presidente, acredito que poderei contribuir muito mais”.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

pesquisa




Lula: ‘Palanque duplo vale para Dilma, não para mim’

Em privado, Lula avisou aos dirigentes do PT que não vai seguir a política de dois palanques que permeia os acertos com os aliados, sobretudo o PMDB.



Soou peremptório: “Esse negócio de palanque duplo vale para a Dilma, não para mim”.



Ficou entendido que, nos Estados em que houver divisão, só Dilma Rousseff estará obrigada a prestigiar os dois lados.



Quanto a Lula, levará seus 76% de popularidade às campanhas dos candidatos que lhe são mais chegados.



A pretensão de Lula já bateu nos tímpanos dos dirigentes do PMDB. E não soou bem. Longe disso.



Para o principal aliado de Dilma, o acerto nacional passa por um tratamento igualitário nos Estados.



Significa dizer que, se preferir, Lula pode até se ausentar das campanhas locais. Porém...



Porém, se decidir participar, terá de dispensar um tratamento “igualitário” aos dois lados.



Em diálogo com um amigo, Michel Temer, presidente do PMDB e virtual candidato a vice na chapa de Dilma, evocou o caso da Bahia.



“Se Lula gravar uma participação no programa [televisivo] do Jaques [Wagner, do PT] tem de gravar também para o Geddel [Vieira Lima, do PMDB]”.



O critério que Lula fixou para si mesmo conduz a situação diversa. Wagner, petê ligado a Lula por uma amizade de três décadas, teria preferência sobre Geddel.



O que diz Geddel? Em público, nada. Entre quatro paredes, ele ecoa Temer. Afirma que não deseja de Lula senão a paridade de tratamento.



Dono de temperamento mercurial, Geddel diz, longe dos holofotes, que descrê da hipótese de vir a ser preterido na Bahia.



Há dez dias, Dilma esteve em Salvador. Foi prestigiar o ato de lançamento da re-candidatura de Jaques Wagner. Geddel achou natural.



Disse que só estranharia se Dilma, convidada, se negasse a comparecer a um evento do PMDB. Foi tranquilizado por um telefonema.



Depois de dar as caras no ato pró-Wagner, a presidenciável petista apressou-se em tocar o telefone para Geddel.



Segundo apurou o repórter, Geddel contou a correligionários que Dilma assumiu o “compromisso” de comparecer, junto com Temer, à convenção baiana do PMDB.



E quanto a Lula? Distante dos microfones, Geddel diz que o presidente “tem o direito de fazer o que bem entender”. Mas...



...Mas condicionou seus gestos futuros ao modo como será tratado. Geddel resumiu o que pensa numa frase dita em telefonema trocado com um amigo:



“Se houver sacanagem no meio do caminho, ninguém vai poder dizer que fui desleal. Prefiro acreditar que o presidente adotará o melhor posicionamento”.



Nesse mesmo diálogo, Geddel, ex-ministro de Lula, disse o que espera do presidente:



“Não discuto se ele fará uma gravação mais ou menos carinhosa para um ou para outro. Pode até dizer que o Jaques Wagner é amigo dele...”



“...Quero apenas que reconheça que fiz uma boa gestão no ministério [da Integração Nacional] e que, se for eleito, terei um tratamento de aliado”.



No mais, Geddel diz que Lula, se quiser, pode fazer em 2010 o mesmo que fez na eleição municipal de 2008.



Na disputa pela prefeitura de Salvador, o candidato do PMDB, Luiz Henrique, prevaleceu sobre o rival do PT, Walter Pinheiro, numa campanha da qual Lula preferiu se abster.



Lula joga com o calendário e com as pesquisas. A parceria nacional PT-PMDB será selada na primeira quinzena de junho...



...Sua participação nas campanhas estaduais só virá em agosto. A essa altura Temer já será vice de Dilma...



...O presidente imagina que sua pupila estará em ascensão nas sondagens eleitorais. E duvida que o PMDB, por pragmático, se anime a encenar gestos de hostilidade.



O diabo é que o anseio de “tratamento igualitário” não se restringe a Geddel. Espraia-se por todo o PMDB.



O partido de Temer espera que, até as convenções de junho, o PT consiga traduzir o acordo que diz estar definido em termos que possam ser considerados definitivos.

Rachado, o PT decide apoiar o PMDB no Mato Grosso

Em encontro estadual realizado neste domingo (23), o PT de Mato Grosso decidiu apoiar a candidatura do governador Silval Barbosa (PMDB).



Viabilizou-se, assim, um palanque único para a presidenciável petista Dilma Rousseff no Estado. A coligação inclui PMDB, PR, PCdoB e, agora, o PT.



A decisão foi tomada por maioria de votos –154 a 85. Deve-se a falta de unidade a uma disputa que trincou o PT.



De um lado, o grupo da senadora Serys Slhessarenko. Do outro a ala do deputado federal Carlos Abicalil.



Serys queria disputar a reeleição. Mas Abicalil prevaleceu sobre ele em disputa prévia realizada pelo PT. E será o candidato do partido ao Senado.



Proclamado o resultado da votação que acomodou o PT na coligação do PMDB, o grupo de Serys abandonou a reunião.



A senadora disse que cogita recorrer à Justiça contra supostas fraudes ocorridas nas prévias em que foi batida pelo deputado.



De resto, recordou que o governo pemedebê de Silval Barbosa arrosta denúncias que se encontram sob investigação da Polícia Federal.



Abicalil deu de ombros. Aconselhou sua correligionária a “ter sensibilidade para aceitar as derrotas”.



Seja como for, reproduziu-se no Mato Grosso a aliança nacional PT-PMDB, esteio da candidatura presidencial de Dilma.

manchetes desta segunda

- Globo: Gastos do governo com publicidade crescem 63%



- Folha: Prefeitura proibirá estacionar em ruas do centro expandido



- Estadão: Há escassez de mão de obra especializada em 67% das empresas



- JB: Irã fala em "nova era" com acordo



- Correio: Sobram barcos, falta fiscalização



- Valor: Crise traz de volta ao país 400 mil “expatriados”



- Estado de Minas: Vacina da gripe suína influencia teste de Aids



- Jornal do Commercio: De novo, arrastão e medo em Boa Viagem

O PÁSSARO DESAJEITADO QUE VOA ALTO

Durante o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Rio de Janeiro, neste domingo (23), o deputado Fernando Gabeira, comparou sua campanha ao pássaro tuiuiú do pantanal. "De tão desajeitado, quem olha acha que ele não vai conseguir levantar voo, mas quando ele consegue, voa mais alto que todos os outros", disse o deputado, ao assegurar que sua candidatura será viável. Gabeira afirmou que, no primeiro momento, seu objetivo é tentar chegar ao segundo turno e com o maior número possível de apoios consolidados para tentar vencer o que chamou de "máquina do governador Sérgio Cabral". Na última pesquisa divulgada pelo instituto Vox Populi, o governador Sérgio Cabral (PMDB) liderava com 41% das intenções de voto e, em segundo lugar, aparecem o deputado federal Fernando Gabeira (PV), com 19%, empatado tecnicamente, com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), 18%.

DILMA PLANEJA TER PALOCCI NA CASA CIVIL

Após ter anunciado que não mais disputará a reeleição como deputado federal, Antônio Palocci (PT-SP) se dedicará exclusivamente ao projeto que tenta emplacar Dilma Rousseff presidente da República. Nesse contexto há um boato. A pupila de Lula, caso seja eleita, planeja ter Palocci como o seu chefe da Casa Civil, função que a própria exercia antes da desincompatibilização. Assim posto, ele será para Dilma o que José Dirceu foi para Lula antes do escândalo do mensalão. A estratégia é contar com um titular de fácil penetração entre governistas e opositores, assim como é Palocci, que almeja de grandes relacionamentos inclusive com José Serra.

ELEITOR PODE SER MULTADO POR PROPAGANDA

O eleitor usar adesivos ou faixas que faça menção à candidatura de políticos, antes do início oficial da campanha eleitoral, no dia 6 de julho, pode pagar multa. A punição varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil. Na Bahia, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) já ingressou com seis representações contra pessoas que afixaram adesivos de pré-candidatos. Os casos ainda não foram julgados, mas em um deles a Justiça deu liminar determinando a retirada da propaganda. O procurador eleitoral, Sidney Madruga, defende a punição. “Ele (o eleitor) está funcionando como cabo eleitoral do candidato e fazendo propaganda eleitoral fora da hora”, assinala. Embora disciplinada por lei, Madruga define a internet como “mundo sem lei”, e defende o aprimoramento da legislação. Ele diz não dispor de pessoal para fiscalizar twitters, blogs e sites. “Infelizmente divulgam o que querem, atingem a imagem de qualquer um, sem o devido direito de resposta. Não concordamos com muitos dos vídeos do Youtube”, disse

PSDB VOLTA A PRESSIONAR PARA AÉCIO SER VICE

A coordenação de campanha do pré-candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, se reúne nesta segunda-feira (24) para rediscutir a estratégia e agenda a ser adotada, devido ao empate com a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em pesquisa Datafolha divulgada no sábado (22) (leia aqui). O partido pretende fazer uma nova investida sobre Aécio Neves, que volta nesta terça (25), após 25 dias fora do país, para que o mineiro aceite ser vice na chapa. De acordo com o comando da campanha, com Aécio, Serra somaria mais 2 milhões de votos, ao menos. Na semana passada, o secretário-geral do PSDB-MG, Lafayette de Andrada, expressou o desejo de que Aécio tope a empreitada. Foi a primeira vez que um dirigente tucano em MG admitiu a chapa puro-sangue. "Vou conversar com ele, sem ansiedade para que seja vice, mas para que trabalhe de corpo e alma na campanha", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

DILMA CURTE FOLGAS EM NOVA YORK

Dilma Rousseff diz que comentar pesquisa dá azar

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esbanjou felicidade e bom humor no final de semana em Nova York, enquanto tirava folga embalada pelo resultado da pesquisa Datafolha. Sem agendas oficiais desde a tarde de sexta-feira (21), Dilma aproveitou para descansar. Jantou em bons restaurantes, passeou por ícones nova-iorquinos, como a Times Square, e fez compras. Ela falou que comentar resultado de pesquisas "dá azar". Relembrou que é mineira e, portanto, trata política com "cuidado". "Nessas horas é bom ser mineira... Caldo de galinha nunca é demais", disse, em referência ao ditado "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém". A pesquisa mostrou que a petista melhorou seu desempenho em todas as regiões do país. Cresceu também entre aqueles que aprovam a administração do presidente Lula. Informações da Folha.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma senhora pesquisa em Minas

O PSDB mineiro contratou uma enorme pesquisa ao Vox Populi. Em breve, 8 000 eleitores de todas as regiões do estado serão entrevistados para Aécio Neves ter em mãos uma detalhada descrição dos principais problemas de cada área e, naturalmente, o que os mineiros esperam dos candidatos.

PMDB pró-Serra aconselha Temer a evitar ‘retaliação’

ção’Diretórios dissidentes ameaçam se insurgir contra o ‘vice’



Lula Marques/Folha
A 22 dias da convenção que formalizará sua indicação para vice na chapa de Dilma Rousseff, Michel Temer trava com os dissidentes do PMDB um cabo-de-guerra.



Presidente da legenda, Temer tenta impedir que os diretórios estaduais sublevados façam campanha para o presidenciável tucano José Serra.



Foi avisado de que, se esticar a corda, pode eletrificar a convenção nacional. Algo que tisnaria e, no limite, até ameaçaria sua assunção à vice de Dilma.



O primeiro aviso veio do Mato Grosso do Sul. Ali, o governador pemedebê André Puccinelli disputa a reeleição contra José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT.



A disputa local empurrou Puccinelli para uma aliança com o PSDB de Serra. A despeito disso, o governador não cogitava criar problemas para Temer.



Na última terça (18), o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), avisou a Temer que os ventos podem soprar noutra direção.



Candidato ao Senado na chapa de Puccinelli, Moka disse a Temer que as ameaças de retaliação podem convulsionar a convenção do PMDB federal.



Reclamou de uma consulta que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhara ao TSE, em combinação com Temer.



Tenta-se arrancar do tribunal uma resposta que ratifique o entendimento de que o princípio da fidelidade partidária desautoriza a infidelidade na campanha.



Dito de outro modo: para o PMDB federal, seus diretórios podem até se coligar com partidos de oposição nos Estados. Mas não podem fazer a campanha de Serra.



Significa dizer que os insurretos estariam proibidos de levar o nome de Serra ao horário de rádio e TV do partido.



Tampouco poderiam mencioná-lo nas publicações de campanha. A propaganda eletrônica e impressa teria de prestigiar a chapa nacional: Dilma-Temer.



Os principais alvos de Temer são Orestes Quércia (São Paulo) e Jarbas Vasconcelos (Pernambuco). Mas a ameaça de reação contamina outros Estados.



Moka insinuou que, se levar adiante a exigência de fidelidade, Temer pode atrair a ira de pelo menos cinco Estados.



Além de São Paulo, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, já fechados com Serra, flertam com o tucanato os PMDBs de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.



Todos esses Estados enviam delegados com direito a voto na convenção que sagrará Temer como candidato a vice da presidenciável petista.



A maioria se inclinava para a neutralidade. Porém, confirmando-se a punição por infidelidade estadual, a neutralidade daria lugar à animosidade.



Estão em jogo na convenção 803 votos. O grupo de Temer estima que dispõe de maioria de pelo menos cem votos.



Uma eventual rebelião do grupo pró-Serra poderia, no mínimo, conspurcar essa maioria, tornando-a mixuruca. Algo que seria constrangedor para Temer.



As apreensões de Moka chegaram a Temer no dia em que o PMDB reuniu, em Brasília, sua Executiva nacional.



Temer chegara a cogitar a edição de uma resolução impondo desde logo a fidelidade, sob pena de intervenção nos diretórios. Desistiu.



Até a noite da véspera, Temer ainda considerava a hipótese de submeter à Executiva não uma resolução, mas uma recomendação de fidelidade. Desistiu também.



Optou-se por aguardar a resposta do TSE à consulta do partido. Se for afirmativa, vai-se alegar que a fidelidade é um imperativo judicial.



Em diálogo reservado, Geddel Vieira Lima, amigo de Temer e candidato pemedebê ao governo da Bahia, reforçou as preocupações do deputado Moka.



Embora favorável à fidelidade, Geddel receia que, a pretexto de reagir a Quércia, Temer acabe por incendiar os dissidentes que lhe são neutros.



Por ora, Temer parece fazer ouvidos moucos para os riscos. Diz algo assim: “O TSE fixou a tese da fidelidade partidária, depois ratificada pelo STF...”



“...Ficou estabelecido que o mandato não é do parlamentar, mas do partido. Se sair da legenda, pode até perder mandato. Perguntamos ao TSE o seguinte: essa fidelidade permite uma infidelidade durante a campanha?...”



“...Se o Quércia faz uma aliança com Geraldo Alckmin [PSDB], tudo bem, a lei permite. Mas ele poderá fazer a campanha do Serra se o partido tem um candidato na chapa nacional? Me parece que não”.

PSB reúne seu diretório para confirmar apoio a Dilma

Sob a presidência do governador pernambucano Eduardo Campos, o PSB reúne seu diretório, nesta sexta (21), para ratificar o apoio à presidenciável Dilma Rousseff.



Rifado pelo partido, Ciro Gomes não dará as caras. Encontra-se nos EUA. Não disse, por ora, se vai ou não fazer campanha para Dilma.



Antes de submergir, Ciro dissera que José Serra, seu desafeto, é “mais preparado” que Dilma para ocupar a Presidência.



O ingresso do PSB na mega-coligação que se formou em torno de Dilma terá de ser ratificado em convenção. Deve ocorrer em 13 de junho.



À tarde, o PSB preenche, em São Paulo, a vaga para a qual Lula tentara empurrar Ciro. Será oficializada a candidatura de Paulo Skaf ao governo do Estado.



Presidente da Fiesp, o capitalista Skaf “converteu-se” ao socialismo moreno do PSB em setembro do ano passado.



Sentou praça no partido já de olho na candidatura. Vai às urnas como azarão. Frequenta as pesquisas com 3% das intenções de voto.



O PT tentou atrair Skaf para a vice de Aloizio ‘13%’ Mercadante. Desistiu. Passou a avaliar que a presença de Skaf na cédula pode ser útil.



Por quê? Ajudaria a evitar a vitória do tucano Geraldo ‘53%’ Alckmin no primeiro turno

De volta, Lula alveja adversários daqui e de alhures

Lula voltou. Junto com ele, voltaram os discursos. Nesta quinta (20), falou aos prefeitos que vieram à Marcha de Brasília.



Num trecho de sua fala (acima), disse que não fez em Teerã senão o que desejavam as potências com assento no Conselho de Segurança da ONU.



"[...] É muito engraçado que algumas pessoas não gostaram que o Irã aceitasse a proposta, porque tem gente que não sabe fazer política se não tiver o inimigo”, disse.



Noutro trecho, Lula fustigou os congressistas que aprovaram o projeto que eleva as aposentadorias em 7,72% e sepulta o fator previdenciário (abaixo).



Nessa matéria, a crítica alcançou os adversários e também os aliados. A coisa passou lisamente, sem opositores. Na Câmara e no Senado.



Quanto ao percentual de reajuste, Lula não disse palavra. Sobre o fim do fator, insinuou que vai vetar.



“Vocês viram agora a votação do fator previdenciário. Tem gente que acha que ganha voto fazendo isso...”



“...Na verdade, se o povo compreender o que significa isso, essas pessoas podem até não ganhar o tanto de voto que pensam que vão ganhar".



Nada como o tempo para curar certos males. Quanto o fator previdenciário foi criado, sob FHC, Lula e o PT pegaram em lanças. No Congresso, o petismo votou contra. Agora...

Agora vai: Delúbio apóia ‘missão’ de Lula no caso Irã

Lula recebeu o apoio que faltava ao esforço do Brasil para impedir que as superpotências decretem, na ONU, novas sanções contra o Irã.



Um dia depois de ter sido condenado à perda dos direitos políticos por oito anos e à devolução de R$ 164,6 mil às arcas de Goiás, Delúbio Soares saiu em defesa de Lula.



Levou às páginas do goiano ‘Diário da Manhã’ um artigo no qual afaga o presidente e o Itamaraty. Reproduziu o texto em seu blog. Começa assim:



“A bem-sucedida missão do presidente Lula e da respeitada diplomacia brasileira em Teerã, jogando cartada decisiva em favor da paz e do desarmamento...”



“...É motivo de alegria e de orgulho para todo o povo brasileiro. Reafirma-se a importância crescente de nosso país no cenário internacional...”



Reafirma-se também o “...perfil de estadista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que renova seus compromissos com a paz e o entendimento entre os povos”.



O governo deveria enviar cópia do artigo companheiro para Barack Obama. Decerto causará furor na Casa Branca.



No rodapé do artigo, Delúbio identifica-se como “professor”. Talvez devesse trocar a qualificação.



O Tribunal de Justiça de Goiás condenou-o justamente porque, embora pendurado na folha de salários de Goiás, não dava as caras na sala de aula.

Serra intervém e PSDB gaúcho decide se aliar ao PP

Em viagem decidida de última hora, o presidenciável tucano José Serra desembarcou em Porto Alegre nesta quinta (20).



Foi apagar um incêndio local, cujas labaredas tisnavam o seu projeto nacional.



Num instante em que Serra tenta atrair o PP federal para sua coligação, o PSDB de Yeda Crusius hesitava em se juntar à seccional gaúcha da legenda.



Depois de reunir-se com Serra, o PSDB local anunciou que vai recepcionar o PP na coligação encabeçada pela governadora Yeda, candidata à reeleição.



Presidente do PP fedeeral, o senador Francisco Dornelles (RJ) dissera, no início do mês, que o acerto gaúcho teria peso na decisão nacional, a ser tomada em junho.



Antes de se reunir com seus correligionários, Serra fora ao encontro da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa gaúcha.



Avesso ao PT, o PMDB de José Fogaça, outro candidato ao governo gaúcho, flerta com o apoio a Serra. Daí os afagos do presidenciável.



À saída, Serra limitou-se a dizer aos repórter que tem “grande afinidade” com o PMDB gaúcho. Sobre a perspectiva de acordo, desconversou:



“Foi uma conversa muito agradável, só notei uma divisão grave na bancada, grave: gremistas e colorados. Tem até um palmeirense, mas não vou dedá-lo”.

TSE proíbe propaganda de Kassab em favor de Serra

O corregedor-geral eleitoral do TSE, ministro Aldir Passarinho, proibiu a exibição de uma inserção publicitária do DEM de São Paulo.



Considerou que o prefeito paulistano Gilberto Kassab (DEM) usou o espaço televisivo do partido para fazer campanha ilegal em favor de José Serra (PSDB).



A peça foi ao ar na última terça (18). O diretório nacional do PT protocolou no TSE uma reclamação. E Passarinho deu razão ao partido de Dilma Rousseff.



O ministro suspendeu novas exibições da propaganda. Iria ar ar novamente nesta quinta (20), no sábado (22) e na terça (25) da semana que vem.



Passarinho facultou ao DEM a possibilidade de manter as veiculações, desde que o vídeo seja trocado.



Há duas semanas, Passarinho julgara reclamação do PSDB contra inserções publicitárias do PT. A reclamação era a mesma.



O tucanato acusara o legenda rival de utilizar a propaganda partidária para trombetear a candidatura de Dilma. As inserções foram suspensas.



Em julgamento posterior, realizado no plenário do TSE, Passarinho relatara outra reclamação da oposição (PSDB e DEM).



Neste caso, questionava-se um programa de dez minutos que o PT exibira, em rede nacional, em dezembro de 2009.



Em decisão unânime, o TSE decidiu multar Dilma (R$ 5 mil) e o PT (R$ 20 mil). O PT agora dá o troco.



Na propaganda proibida, Kassab faz o papel de âncora. Logo de saída, a peça realça o principal mote da campanha presidente de Serra:



“O Brasil está num bom momento. Mas pode melhorar muito mais. Para isso, é preciso trabalhar juntos, somar esforços”.

Em sua decisão, o ministro Passarinho dá a sua interpretação do conteúdo do vídeo.



Anota que, ao associar a perspectiva de que melhoria do país a uma referência expressa a Serra e à exibição de imagens dele, o DEM infringiu a lei.



Fez campanha eleitoral fora de época em vez de enaltecer as realizações de Kassab na prefeitura de São Paulo.



Passarinho arremata: “Tal conduta, no cenário da disputa eleitoral já deflagrada com o anúncio das pré-candidaturas à Presidência, não há como ser tolerada”.