quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um dilema para Asfor Rocha

O ex-presidente do STJ Cesar Asfor Rocha teve sua candidatura ao Supremo encampada por peemedebistas. Beleza. Tudo indica que, caso seja indicado para a Corte (possibilidade que já foi muito maior), Asfor Rocha será pressionado a votar contrariamente à aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa. Na prática, poderia livrar Jader Barbalho (PA) e Marcelo Miranda (TO), candidatos enquadrados pela nova lei que obtiveram votos suficientes para se tornar senadores.

Nas eleições de 2006, quando nem sequer existia a Lei da Ficha Limpa, Asfor Rocha esteve na vanguarda para impedir a eleição de candidatos sem condições morais para serem eleitos. Juntamente com os ministros Carlos Ayres Britto e José Delgado, ele foi voto vencido na tentativa de barrar o notório Eurico Miranda (que, por falta de votos, acabou não se elegendo).

A propósito, em todas as entrevistas que deu sobre a nova lei este ano, o ex-presidente do STJ sempre elogiou sempre a norma. Mas jamais disse se ela deveria valer para eleição de 2010.

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