quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A PAIXÃO DE CRISTO ENCENADA NA PARAÍBA

O dono de um circo, em passagem pela cidade, sabendo quão religiosa era a comunidade, resolveu encenar a PAIXAO DE CRISTO na Sexta-Feira Santa.
O elenco foi escolhido dentre os moradores locais e, no papel principal (de Jesus Cristo) colocaram o cara mais gato da cidade. Os ensaios iam de vento em popa
quando, às vésperas do evento, o dono do circo soube que o Jesus estava de caso com sua mulher.
Furioso, o corno deu-se conta que não podia fazer escândalo, pois iria por, a perder, todo o trabalho e o investimento que fizera pra montar a peça.
Pensou, pensou... Na véspera do espetáculo, comunicou ao elenco que iria participar... fazendo o papel do CENTURIÃO. Mas como? - reclamaram todos - Você não ensaiou.
Não é preciso ensaiar, porque centurião não fala! (Mesmo sem gostar, o elenco teve que aceitar; afinal, o cara era o dono do show).
Chegou o grande dia. A cidade em peso compareceu. No momento mais solene, a platéia chorosa em profundo silêncio... Jesus carregando a cruz e o centurião
começa a dar-lhe chicotadas (de verdade).- Pô, cara, ta machucando, reclamou Jesus em voz baixa. É pra dar mais veracidade à cena, devolveu o centurião.
E tome mais chicotada... lept, lept, o chicote comendo solto no lombo do infeliz. Até que Jesus que já reclamara bastante, enfureceu-se de vez, largou a cruz
no chão, puxou uma PEIXEIRA e partiu pra cima do centurião. Vem desgraçado. Vem cá que eu vou te ensinar a não bater num indefeso. O centurião correndo na frente; Jesus, com a peixeira na mão, correndo
atrás, e a platéia em delírio gritando:

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