terça-feira, 28 de abril de 2009

castelo de areia


O ministro Tarso Genro (Justiça) reconheceu nesta terça-feira que a Polícia Federal cometeu erros na condução da investigação da Operação Satiagraha, que apura supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Ele negou que equívocos tenham sido cometidos durante a Operação Castelo de Areia, que investiga supostos crimes financeiros cometidos por diretores da Camargo Corrêa.

Para o ministro, o erro da PF foi expor os investigados. "Tivemos uma exceção lamentável que causou uma série de debates políticos, que foi a exposição a que foram submetidos os cidadãos na Satiagraha, chegando um deles, [Celso] Pitta [ex-prefeito de São Paulo], a ser filmado dentro de sua residência no momento em que se cumpria a mandado de prisão", disse.

Ele, no entanto, reforçou que os problemas no decorrer da operação não prejudicam os indiciamentos. "Esses erros estão sendo investigados, não vão prejudicar a eventual punição de pessoas que foram indiciadas porque o inquérito foi refeito em alta qualidade."

Tarso afirmou que a Castelo de Areia representa um novo momento da PF e destacou que não houve vazamento da instituição neste caso, sustentando que as informações saíram do Ministério Público.

"A Castelo de Areia não vazou uma linha. Se nós formos observar os inquéritos que são feitos pela PF, os fatos se tornam público a partir do momento que o inquérito sai da polícia e vai para o Ministério Público, que resolve se quer ou não dar mais informações", disse.

O ministro voltou a negar o viés político da Castelo de Areia. "Nesse caso é necessário deixar claro que essa investigação não tratava de financiamento de campanha. [...] A partir desse momento [do vazamento], o debate perdeu o foco e passou a ser financiamento de campanha", disse.

Tarso afirmou que ao assumir o comando da Justiça se preocupou em alterar procedimentos da instituição e tornar as investigações mais fechadas.

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