domingo, 26 de abril de 2009

A revolução twitter: site que permite a comunicação curta e veloz muda a forma de interagir e fazer política

Natalia Morar, uma jornalista de 25 anos, ficou indignada com os rumores de que as eleições de seu país, a Moldávia, haviam sido fraudadas e passou um twitter para seu grupo de amigos a fim de organizar um protesto em praça pública, informa a correspondente Marília Martins, na edição deste domingo do Globo. No dia seguinte, mais de 20 mil manifestantes foram às ruas no maior protesto contra o governo nas últimas décadas. O que começou com uma troca de mensagens entre amigos virou notícia no mundo inteiro, num protesto apelidado de "a revolução twitter".

Dias depois, o prefeito de São Francisco, Gavin Newsom, anunciou sua candidatura ao governo da Califórnia em 2010 via Twitter: ele tem 290 mil amigos ligados no serviço enquanto sua rival, a republicana Meg Whitman, ex-presidente da E-bay (site de leilões), tem apenas 940 (ponto para Newsom!). E olha que Newsom nem chega perto do ator Ashton Kutcher, que bateu a poderosa CNN ao tornar-se o primeiro a ter 1 milhão de amigos no Twitter. O ator pediu doações pelo serviço para a campanha contra a malária e conseguiu levantar US$ 100 mil em um dia para o combate da doença na África. Sua mulher, a atriz Demi Moore, salvou uma garota que pretendia suicidar-se convocando sua rede de amigos pelo Twitter para ajudá-la. Todas essas histórias mostram o poder dessa pequena palavra inglesa de sete letras que está mudando o jeito de mobilizar pessoas.

- A maioria dos americanos acreditava que a malária estava erradicada e o sucesso da campanha de Kutcher se deve ao fato de que a mensagem é curta e requer engajamento rápido. Não acho que os americanos tenham concentração para ler mais do que uma frase ou duas de mensagem, que é o que o Twitter pede - avalia Derek Willis, da Universidade de Princeton.

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