quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eletrobrás pede liberdade para aplicar até R$ 22 bi fora do BB

O Banco do Brasil enfrenta a ameaça de perder ou ter de compartilhar com rivais seu maior cliente, o Grupo Eletrobrás, com um total de R$ 22 bilhões de reais na instituição.
O presidente da estatal elétrica, José Antônio Muniz, apresentou na semana passada, em jantar com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em Itaipu, sua insatisfação com a obrigatoriedade da Eletrobrás aplicar todo seu caixa e disponibilidades no banco federal, por força de lei. Ficou acertado que a empresa apresentará ao ministério um estudo comparando a rentabilidade de suas aplicações no BB com taxas de mercado.
"O objetivo de ter esse número é mostrar que a gente pode ter um ganho na aplicação das disponibilidades melhor do que temos hoje. Não é nada com o Banco do Brasil, se ele for competitivo", disse na noite de quarta-feira o diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, após participar de reunião com analistas.
O Grupo Eletrobrás tem hoje recursos da ordem de R$ 22 bilhões aplicados no BB, conforme Quental. Desse total, R$ 12 bilhões são do caixa da holding e R$ 3 bilhões referem-se a disponibilidades nas empresas controladas. Os outros R$ 7 bilhões compõem a RGR (Reserva Global de Reversão), gerida pela estatal e usada no "Luz para Todos", projeto de universalização dos serviços de energia, e no Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica).
"Logicamente a carteira da Eletrobrás tem uma rentabilidade boa para o Banco do Brasil, mas nós entendemos que ela não é tão boa assim para nós", disse Quental.

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