terça-feira, 20 de outubro de 2009

"O presidente está no papel dele”,

Acossada por Lula, a Vale anunciou a intenção de investir R$ 24,5 bilhões no ano da graça de 2010. Em dólares: US$ 12,9 bilhões.
"Este é o maior investimento no Brasil já realizado por uma empresa privada", disse o presidente da ex-estatal Vale, Roger Agnelli.
Ele falou aos jornalistas depois de uma reunião com Lula. Participaram do encontro os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil).
Foram à mesa também representantes dos principais acionistas da Vale. Entre eles Sergio Rosa, da Previ (fundo de pensão do BB) e Luciano Coutinho, do BNDES.
O plano de inversões da Vale chega nas pegadas de uma intensa pressão de Lula sobre a empresa.
O presidente ameaçara usar o poder de fogo dos acionistas ligados ao Estado para destituir Agnelli do comando da empresa.
Na reunião desta segunda, fumou-se o cachimbo da paz. Agnelli referiu-se à pressão de Lula como algo normal.
"O presidente está no papel dele”, disse. Acha que, em matéria de estímulo ao desenvolvimento do país, Lula é “um craque”.
Depois de trazer os números aos holofotes, Agnelli, um executivo egresso do Bradesco, afirmou que "nem sonha" em deixar a presidência da Vale.
À noite, as críticas de Lula já haviam se convertido em otimismo. Expressou-o em discurso pronunciado numa cerimônia promovida pela revista CartaCapital.
Disse que, se os investimentos anunciados por Agnelli saírem do papel, o Brasil ficará “bem na fita”. Falava para uma platéia de empresários.
"O Roger [Agnelli] vai gastar o que a Vale nunca ganhou [...]. Se tudo isso acontecer, como eu estou pensando que vai acontecer...”
“...Eu penso que nós atingiremos um patamar de respeitabilidade que nós brigamos por muito tempo".

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