Prefeita de Lauro de Freitas denuncia fraude

Pelo visto, a disputa eleitoral em Lauro de Freitas segue acirrada. Devido às enxurradas de denúncias e acusações que norteiam as eleições municipais da cidade, o deputado estadual Yulo Oiticica (PT) solicitou à presidência da Assembléia Legislativa a instalação de uma comissão de ética para investigar responsabilidade em relação à existência de duas folhas com o timbre da Casa Legislativa numa pesquisa do Instituto de Estudos e Pesquisas (Inesp), que supostamente favorecia o candidato e deputado estadual Roberto Muniz (PP).

O petista Yulo argumenta que as folhas com o timbre da Assembléia não são indícios, são provas. Para o advogado da coligação “A Força do Povo”, da prefeita Moema, o que chamou a atenção na pesquisa divulgada na semana passada foram os resultados desproporcionais, que se contrapunham a outras pesquisas realizadas anteriormente. Sendo assim, o acesso à pesquisa forneceu as peças que faltavam para montar o quebra-cabeça. A pesquisa foi impugnada pelo juiz eleitoral Isaias Vinicius de Castro Simões, que alega em seu despacho ausência de autorização do sócio-gerente do Instituto, Michael da Silva Rocha, e de participação do estatístico Francisco Estevam de Oliveira, além do timbre da assembléia, quando um de seus membros é candidato a prefeito.

Indignada com a situação, a prefeita Moema ressaltou “que nunca viu tão baixo nível”. O deputado Muniz, que foi ouvido ontem, disse estar tranqüilo em relação às suposições criadas em volta do assunto. “Não contratamos pesquisa nenhuma e a existência de papéis da Assembléia na pesquisa também me surpreendeu muito”.