sexta-feira, 24 de outubro de 2008

CRISE POLÍTICA GANHA FORÇA


A sucessão municipal de Salvador mexeu, sem no entanto surpreender, na equação da política baiana concebida em 2006 na campanha de Wagner. O pior panorama para a aliança PT-PMDB baianos aconteceu como se imaginava, ou seja, se chegassem ao segundo turno para um confronto direto Walter Pinheiro e João Henrique, ou melhor, para anunciar os nomes dos líderes, Jaques Wagner e Geddel Vieira Lima. Não dá para conter a paixão, para tamponar a ebulição alucinante de fatos políticos-eleitorais quando um cenário assim se firma. Agora, é esperar o que acontecerá no "after day", ou no após-domingo de eleições, ganhe quem tiver a ganhar, PMDB (João) ou PT (Pinheiro). A preocupação transcende os limites de Salvador e até do Estado para chegar ao Palácio do Planalto, ao presidente Lula, e à cúpula do PMDB nacional. A política municipal - e estadual - ficou de tal maneira mexida que a crise instalada passou a contaminar a Assembléia Legislativa, atingindo em cheio a bancada do PMDB, que, na verdade, é fator de estabilidade para o governo Wagner no Legislativo. Os deputados do PMDB tentam se mobilizar para tentar apagar o incêndio, diminuir o impacto do confronto sucessório municipal. Mas é fato que a solução da crise não está com os deputados e, sim, com o governador Wagner e o ministro Geddel.

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