quinta-feira, 8 de julho de 2010
JUNGMANN, O ESTRANHO CASO DE UM POLÍTICO POBRE
É recorde dos recordes neste Brasil pirado de surpresas e excentricidades. O deputado Federal Raul Jungmann, candidato ao Senado por Pernambuco, declarou à justiça eleitoral que todas as suas posses se resumem em R$17.897,89. Exatamente isso e para quê mais? O deputado espantou meio mundo, teve que responder a diversas mensagens e, já sem suportar os questionamentos, escreveu um artigo: “Sou político e não sou rico, algum problema?” Nenhum. Só que é raríssimo até se o deputado candidato tivesse uma profissão modesta. Seu currículo é uma festa de sucesso: secretário de Estado, presidente do Ibama, do INCRA, secretário-executivo do Ministério do Planejamento, ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do Conselho de administração do BNDES, vice-presidente do conselho do Banco do Brasil e deputado federal por dois mandatos. Jungmann tem 58 anos de sucesso e é certo que é um político sério. Mas deve ser um gastador, um estróina, um pródigo. As declarações dos ricos, como de Orestes Quércia que declara ter mais de R$1 milhão em dinheiro vivo em casa, e da candidata Dilma Rousseff, dentre outros, que declara R$113 mil também vivíssimos guardados, em cofres ou debaixo do colchão como nos tempos antigos, pouco importa. Mas 17 mil paus, morando em apartamento de aluguel e com dois carros financiados? Bem, é o Brasil ao avesso do avesso, do avesso. Muita grana tira voto, mas, creio, tão pouco assim com uma carreira bonita como a do deputado, creio que também. Bem, o que fez com o seu dinheiro só ele sabe e só a ele importa. Ou não?
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