Um dia depois do anúncio do acordo nuclear celebrado em Teerã por Irã, Brasil e Turquia, a ONU convocou reunião de emergência do seu Conselho de Segurança.
Vão à mesa o acordo e também uma resolução que impõe novas sanções ao Irã. Mais cedo, em depoimento ao Senado, Hillary Clinton pintara-se para o confronto.
A secretária de Estado norte-americana informara a um comitê do Senado dos EUA que já se havia firmado um entendimento quanto às sanções.
“Este anúncio é a resposta mais convincente aos esforços ocorridos em Teerã nos últimos dias que poderíamos dar, disse Hillary aos senadores.
“Existem questões que não foram respondidas sobre o anúncio feito em Teerã”.
Reconheceu “os esforços sinceros da Turquia e do Brasil para encontrar uma solução para a disputa iraniana com a comunidade internacional”.
Mais reiterou: “Estamos preparados para apelar à comunidade internacional por uma resolução com sanções mais fortes” ao Irã.
Já circula entre os membros do Conselho de Segurança um esboço da resolução mencionada por Hillary.
O documento tem dez folhas. Prevê punições a empresas iranianas, incluindo bancos.
Institui um regime internacional de inspeções em navios suspeitos de transportar cargas relacionadas aos programas nuclear e de mísseis do Irã.
Diz-se que o texto, redigido pelos EUA, já teria o apoio de Grã-Bretanha, França, Alemanha, China e Rússia.
Brasil e Turquia também integram o conselho. Mas são membros não-permanentes. Têm direito a voto, não a veto.
Ouvido, o chanceler brasileiro Celso Amorim disse que o Brasil e Turquia reagirão. De saída, Amorim e seu colega turco enviarão uma carta manuscrita à ONU.
O texto vai esmiuçar os termos do acordo firmado em Teerã. Dirá, em essência, que ele atende às exigências dos EUA e dos demais membros do conselho.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
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