segunda-feira, 17 de maio de 2010

PMDB se reúne para lançar Temer e conter ‘rebeldes’

Sob a presidência de Michel Temer, o PMDB reúne sua Executiva nacional nesta terça (18). Deve tomar duas decisões relacionadas à sucessão presidencial.



Numa, o partido vai ratificar a indicação de Temer para a candidatura a vice-presidente na chapa da presidenciável petê Dilma Rousseff.



Noutra, a legenda vai condicionar o fechamento de acordos políticos estaduais à aprovação da direção nacional.



Essa segunda deliberação é uma tentativa de deter a rebeldia de diretórios que se recusam a apoiar Dilma.



São seções estaduais que já se acertaram com o presidenciável tucano José Serra ou estão em negociação com o PSDB.



Entre os que já fecharam com o tucanato: o diretório de São Paulo, comandado por Orestes Quércia; e o de Pernambuco, controlado por Jarbas Vasconcelos.



Entre os que flertam com a oposição: Mato Grosso do Sul, de André Puccinelli; Rio Grande do Sul, de José Fogaça; e Santa Catarina, de Luiz Henrique.



Temer vende entre os membros da Executiva a tese de que o princípio da fidelidade partidária obriga os Estados a seguirem a orientação do PMDB federal.



Diretórios como o de São Paulo e o de Pernambuco dão de ombros. E prometem opor resistência.



Alegam que, pela lei, as seções estaduais não são obrigadas a reproduzir em âmbito local a aliança nacional que o partido fará com o PT.



Quércia ocupa uma das vagas ao Senado da coligação tucana de Geraldo Alckmin, candidato ao governo de São Paulo.



Jarbas vai à disputa pelo governo de Pernambuco coligado aos três partidos que dão suporte a Serra: PSDB, DEM e PPS.



Ao condicionar esses acordos à vontade da Executiva nacional, o grupo de Temer deixa entreaberta a porta para a intervenção nos diretórios sublevados.



Os grupos de Quércia e de Jarbas duvidam que o pedaço governista do partido ouse chegar a tanto.



Enxergam a reunião convocada por Temer como uma tentativa de mostrar serviço e fazer média com Lula e o PT.



Nos últimos dias, de fato, o petismo vinha cobrando de Temer posições mais firmes em relação aos dissidentes.



Argumenta-se que, como companheiro de chapa de Dilma, a condescendência com os “silvérios” não lhe caía bem.



A cúpula do PMDB, por seu turno, cobra do PT a celebração de acordos prometidos. O principal deles envolve o apoio à candidatura de Hélio Costa ao governo de Minas.

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