sexta-feira, 28 de maio de 2010

O COBIÇADO AÉCIO AINDA É ESPERADO POR SERRA

Começou com duas candidaturas: a de Serra e a de Aécio. O mineiro saiu do páreo e anunciou a sua candidatura ao Senado, mas os tucanos jamais se confirmaram e alentaram, por longo tempo, a possibilidade de Aécio mudar de posição e ser companheiro da chapa de José Serra. O mineiro, no entanto, que passou um mês no exterior, resolveu, ao retornar, acabar com a festa e as ilusões. E dizer que é candidato sim, mas ao Senado e não a vice. Justo quando aconteceu o empate, em pesquisa da DataFiolha, entre Serra e Dilma Rousseff. Mais do que nunca Serra precisava de Aécio, que continua na dele, como Ulysses, em Homero, amarrado no mastro para não ouvir o canto das sereias. Ele entende que a campanha não começou ainda e que as possibilidades do tucano são amplas. Aécio Neves tem problemasa em Minas, onde pretende eleger Anastacia governador do Estado, e disse a Serra que faria a sua campanha em Minas chegando a afirmar que aonde um estiver o outro estará. Mas não basta. Dilma ganha aura de favorita e isso, naturalmente, incomoda. O tucano disse, diante da postura intransigente do desejado vice, que jamais fizera convite e que nunca teve vice, embora considerasse o ex-governador mineiro ideal. A situação passou a ser confusa de tal natureza que o DEM avisou que, como aliado, exige ocupar a vaga. Pior para Serra. O DEM não tem nome que puxe voto e é isso o que o candidato a presidente precisa. Agora, o PSDB começa a cogitar em uma decisão interessante, senão curiosa, realizar a sua convenção nacional e deixar a vaga da vice aberta, para preencher posteriormente. Nada disse, mas uma decisão dessa ordem leva à suposição óbvia de que, ao deixar a vaga em aberto, nada mais os tucanos estarão fazendo senão esperar por Aécio. Estão, provavelmente, naquela linha segundo a qual a esperança é a última que morre. Olha, de há muito eu não vejo um nome tão cobiçado quanto o de Aécio Neves, motivo de incontido desejo dos tucanos, que imaginam quebrar o ciclo do PT no comando da República.

Nenhum comentário: