segunda-feira, 17 de maio de 2010

Na Bahia, Dilma se equilibra entre Wagner e Geddel

A presidenciável petista foi ao ato de lançamento da recandidatura do governador baiano Jaques Wagner (PT).



Em entrevista, teve de fazer contorcionismo verbal para não desagradar Geddel Vieira Lima (PMDB), que vai às urnas contra Wagner.



Contou que, ao saber que ela voaria para Salvador, Lula pediu que fosse portadora de um recado:



“Ele me disse: ‘cê vai lá no Jaques? Dá a ele um grande abraço e a certeza de que eu estou com ele’.”



Um repórter quis saber se Lula não mandara também um recado para seu ex-ministro pemedebê. E Dilma: “Ele também tem apreço pelo Geddel”.



A candidata disse que, “a tendência” é de que, durante a campanha, escale os dois palanques, o do PT e o do PMDB.



Ouvido pelo blog, Geddel reagiu com a naturalidade que a conveniência permite:



“Teve um evento do PT e ela foi convidada. No dia em que tiver um evento meu, eu convido. Só não acharei normal se ela não vier”.



Geddel disse que sua relação com Dilma é política: “Estou apoiando Dilma e o projeto nacional que eu integrei como ministro...”



“...Mas, diferentemente do que ocorre com Wagner, não pretendo fazer de Dilma minha muleta eleitoral...”



“...Vou apoiá-la, mas vou sustentar o meu projeto no discurso pela a Bahia, que inclui a crítica ao governo Wagner, um fracasso do ponto de vista administrativo”.



Ao discursar no evento do PT, Dilma recobriu de elogios o governo que Geddel considera fracassado.



De resto, a ministra revelou aos jornalistas que, se eleita, planeja criar um novo ministério: a pasta do Empreendedorismo.



Para quê? Para “disseminar micro e pequenas empresas pelo Brasil, incentivar o empreendedorismo e dar sustentação creditícia”.



José Serra, o rival tucano de Dilma também já informou que, eleito, vai plantar na Esplanada duas novas pastas: a da segurança e a dos deficientes físicos.

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