O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, reuniu-se nesta quarta (10) com as duas principais lideranças do tucanato do Paraná.
O prefeito tucano de Curitiba, Beto Richa, e o senador Alvaro Dias, também tucano, foram ao apartamento de Guerra.
Beto e Álvaro travam renhida disputa pela vaga de candidato do PSDB ao governo paranaense. Guerra tenta promover a concórdia.
Foi o segundo encontro do gênero. O primeiro ocorrera na sexta-feira (5) passada. Produziu-se, de novo, o dissenso.
Beto e Alvaro mostraram-se irredutíveis. “Depois do Carnaval a gente vai tomar uma decisão”, diz Sérgio Guerra.
Com a paciência já pelas tampas, a Executiva do PSDB do Paraná também se reuniu, na noite passada.
Informados de que a nova tentativa de mediação de Sérgio Guerra resultara em impasse, os 11 integrantes da Executiva estadual decidiram tomar uma atitude.
Marcaram para 22 de de fevereiro uma reunião do diretório do PSDB no Paraná. Um encontro com pauta única: a escolha do candidato ao governo do Estado.
Maior do que a Executiva, o diretório é integrado por 45 tucanos. Nos dois colegiados, a grossa maioria pende para Beto Richa.
Qualquer que seja a decisão, terá de ser referendada por uma convenção partidária, agendada para junho.
Ou seja, se quiser, Alvaro Dias pode esticar a corda até junho. É improvável que o faça, contudo.
Em privado, Alvaro reconhece que a máquina do PSDB paranaense é controlada por seu rival. Sem um acordo, não teria a menor chance de prevalecer no voto.
Depois do naufrágio de sua nova tentativa de conciliação, Sérgio Guerra reuniu-se, no Senado, com o senador Osmar Dias (PDT-PR).
Irmão de Alvaro, Osmar aguarda pela definição do tucanato para decidir o seu próprio futuro. Ensaia, também ele, uma candidatura ao governo do Paraná pelo PDT.
Osmar repetiu a Guerra algo que já dissera antes. Se o irmão Alvaro Dias for o candidato do PSDB, preferirá concorrer à reeleição para o Senado, não ao cargo de governador.
Alega que não se sentira à vontade de subir ao palanque numa disputa contra o irmão. Nessa hipótese, Dilma Rousseff ficaria a pé no Paraná.
O PT e Dilma apostam numa aliança paranaense com o PDT de Osmar. Prolongando-se o impasse, a tendência de Alvaro é a de liberar o irmão do compromisso familiar.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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