terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dilma fustiga Serra e injeta ‘enchente’ na campanha

Datado desta segunda (8), o texto relata a participação da candidata de Lula num encontro realizado na Assembléia Legislativa gaúcha.



Coisa organizada pelo prefeito petista do município de São Leopoldo, Ary Vanazzi. Aconteceu no sábado (5).



O mesmo dia em que, num seminário com prefeitos e vereadores tucanos, FHC dissera que Dilma é um “boneco” e Lula seu “ventríloquo”.



“O PAC e o Futuro do Brasil”, eis o título da palestra proferida por Dilma.



Ouviram-na cerca de 600 pessoas, entre prefeitos, vereadores e deputados.



Dilma repisou dados que apresentara na semana passada, no balanço do PAC. E anunciou que virá mesmo à luz, em março, o PAC 2.



Nesse ponto, sem citar o nome do rival tucano José Serra, Dilma injetou no discurso um tema que atormenta São Paulo há dois meses: as enchentes.



Disse que a segunda versão do PAC, a vigorar a partir de 2011, vai priorizar a resolução “problemas urbanos”.



A candidata espetou: “Nós temos clareza que no PAC 2, uma das linhas de investimentos mais fortes, é a questão da drenagem no Brasil...”



“...Porque não dá mais para as pessoas viverem com medo toda vez que chove, por causa dos alagamentos e daquelas cenas tristes e horríveis que vemos...”



Cenas “...como desabamentos, queda de encostas, água entrando nas casas. Não dá mais”.



Dilma perguntou a si mesma: “Sabe qual é o programa que ajuda na drenagem?”



Ao responder, a candidata pôs-se a exaltar outro programa que serve de pilar à sua candidatura: O Minha Casa, Minha Vida.



De cambulhada, arrastou a era FHC para dentro do problema. Insinuou que o programa habitacional de Lula significa uma mudança de paradigma:



“Acaba com a prática que existia no Brasil de olhar para a população mais pobre, que ganha até três salários mínimos, por exemplo, e deixá-la entregue a si mesma...”



“...Essa população não tinha saída, mas agora tem. Estamos construindo um milhão de moradias populares e com isso estamos mostrando que é possível investir nesse setor e atender aos mais carentes...”



“...São necessárias mais seis milhões de moradias, mas o primeiro passo está dado, com esse um milhão que estamos fazendo”.



Dilma superfaturou o número de casas. O milhão de que falou só existe em promessa. Por ora, foram contratadas 298 mil unidades.



Mas a presidenciável do PT mirou o futuro. Um futuro que, espera, lhe sorria: “Nós podemos fazer muito mais, com certeza”.

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