quarta-feira, 27 de maio de 2009

CPI

O governo terá maioria folgada na CPI da Petrobras que deve ser instalada nos próximos dias. Mas, para contar com essa segurança, ele terá de estar muito bem com o líder do PMDB, Renan Calheiros. As indicações feitas pelo PMDB para a composição da CPI mostram que todos são afinadíssimos com Renan - e vão investigar ou não investigar aquilo que for do interesse do líder.

Romero Jucá (RR), Leomar Quintanilha (TO), Paulo Duque (RJ) como titulares e Valdir Raupp (RO) e Almeida Lima (SE) como suplentes dão a Renan Calheiros a segurança que ele gosta de contar no Senado, particularmente, numa CPI tão delicada como essa da Petrobras, em que o PMDB tem vários indicados em postos de comando.

Além disso, Renan poderá contar ainda com a simpatia do indicado pelo PTB, Fernando Collor (AL), seu conterrâneo e a quem deu apoio explícito na disputa pela Comissão de Infraestrutura do Senado para derrotar a petista Ideli Salvatti. Collor terá como suplente Gilm Argello, líder do PTB que ganha força no Senado nos últimos tempos, puxado exatamente por Renan. E, ainda, Inácio Arruda (PC do B) que terá lá suas tarefas de proteger seu partido quando a investigação chegar à ANP, mas poderá dar uma olhada pelo amigo Renan - que já foi do PC do B e lá em o irmão Renildo Calheiros, hoje prefeito de Olinda.

A CPI da Petrobras, pelas indicações feitas pelos partidos será, ainda, permeada de suplentes que assumiram cadeiras no Senado. A começar pelo mais forte candidato à presidência, senador João Pedro (PT-AM), seguido pelo indicado do PDT, Jefferson Praia (AM). O PMDB indica Paulo Duque, suplente do suplente do governador Sérgio Cabral, do Rio, além do próprio Gim Argello, que é suplente de Joaquim Roriz, no Distrito Federal e será suplente na CPI.

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