quinta-feira, 25 de junho de 2009

Lula confessa preocupação

Apesar das tentativas públicas de reduzir a importância do escândalo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou reunião com seu conselho político, na quarta-feira, para dizer que está preocupado com a crise do Senado, agravada pela revelação de que atos secretos foram usados para beneficiar familiares e protegidos de senadores e de diretores da instituição. De acordo com um dos participantes da reunião, Lula chegou a dizer que o governo deveria ajudar o Senado a melhorar sua imagem, sob o risco de vê-lo cair na desmoralização e no descrédito completos.
O problema é que o governo não tem uma fórmula para dar a mão ao Senado. Nesse caso, de acordo com o presidente, só resta torcer para que a própria Casa resolva o mais rapidamente seus problemas. Uma forma seria, na opinião de Lula, modernizar e enxugar a instituição. Mas isso, reiterou ele, depende do Senado. Na semana passada, Lula chegou a defender o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). E nesta semana, ao comentar o tema em público, ele tentou minimizar a importância do caso.
Em discurso na terça-feira, em lançamento de obra no Rio de Janeiro, o presidente reclamou que, apesar de o resultado do mercado de trabalho formal ter sido positivo em maio, com maior criação de postos de trabalho do que redução, a imprensa destacou ao invés disso o escândalo dos atos secretos. "A manchete é o emprego no Senado", reclamou. Para Lula, a imprensa "tem uma predileção pela desgraça". "Eu vejo as matérias e já me assusto", disse ele. De acordo com Lula, dar a manchete com foco no Senado e não nas boas notícias do país "é uma perda de valor".

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