terça-feira, 30 de junho de 2009

A carta de Sarney




"Brasília, 26 de junho de 2009

Em face de reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" em sua edição do último dia 25, julguei do meu dever pedir um pouco de sua atenção para repor a verdade dos fatos, ali deturpados por imprecisões, omissões e falsas ilações.

No mesmo dia ao da publicação da reportagem, quinta-feira, o HSBC divulgou uma nota que, lamentavelmente, não mereceu o mesmo destaque da falsa denúncia. Nela, o banco esclarece a cronologia dos fatos e os modestos resultados empresariais que, por si sós, calam quaisquer insinuações de favorecimento. Peço-lhe ler a nota do HSBC.

A autorização do Senado – peço fixar essa data – para operar em crédito consignado com o HSBC foi em maio de 2005, quando eu não ocupava nenhum cargo na Casa. A empresa da qual é sócio José Adriano Sarney, a Sarcris, começou a operar em 11 de setembro de 2007, portanto, dois anos depois da autorização. A empresa atuou como parceira do banco num mercado que inclui empresas privadas e instituições públicas. Quando assumi a presidência em fevereiro, a Sarcris já estava descredenciada pelo HSBC e não operava mais no Senado.

Assim, nenhuma ligação pode ser feita entre a minha presidência e o fato objeto da reportagem.

Quero também comunicar-lhe que pedi à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados no Senado e as empresas que os operam.

Faço juntar, para seu conhecimento, a carta encaminhada por meu neto ao "O Estado de São Paulo", a nota do HSBC com mais detalhes sobre o assunto e o meu pedido de investigação à Polícia Federal.

Quero reafirmar que nenhuma denúncia ficará sem apuração e que todas as medidas estão sendo adotadas com firmeza e decisão.

Com os meus cumprimentos,

José Sarney"

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