Tem um viés político importante no pano de fundoda decisão da Petrobras de paralisar as obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A paralisação se deu porque o Tribunal de Contas da União (TCU) reclamou dos preços da terraplanagem -- e não por causa da queda no petróleo como quiseram fazer crer técnicos da empresa há alguns dias.
A Petrobras agiu para tentar provocar no primeiro escalão do governo Lula a mesma reação que o presidente teve quando houve paralisação das obras do setor elétrico por causa da falta de licenciamento ambiental.
No caso das obras do setor elétrico, o presidente Lula reclamou tanto que a ministra Do Meio Ambiente, Marina Silva, terminou pedindo demissão. E, para o bem das obras, pelo menos parte das licenças foi concedida.
Agora, que o consórcio do Comperj demitiu temporariamente uma gama de funcionários, a reação da classe política não será diferente. A ordem é criar um clima contra o relatório do TCU que levantou suspeita de superfaturamento nos preços.
A bancada do Rio de Janeiro já reagiu. "Não dá para parar um projeto tão importante. Vamos convocar os responsáveis à Câmara para saber o que ocorreu", comentou com o blog o deputado Edaurdo Cunha (PMDB-RJ). O mesmo fará o governador Sérgio Cabral. Daqui a pouco, é o presidente Lula que vai mandar a Petrobras retomar a obra, que é importante para o país e coisa e tal. Aí, a Petrobras dirá "ok, vocês venceram".
domingo, 26 de julho de 2009
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