quinta-feira, 30 de julho de 2009

Transferência de José Múcio para o TCU é acelerada

Com a CPI da Petrobras prestes a se transformar em mais um foco de constrangimento para o governo no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu acelerar a nomeação do mais novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele avisou que pretende resolver a transferência do titular da pasta de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, o mais rápido. Deseja fazer dele uma espécie de fiscal das investigações conduzidas pela Corte sobre a Petrobras e as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
O governo Lula espera ter em Múcio um aliado capaz de, pelo menos, pedir vista em processos complicados, de forma a dar tempo aos aliados para evitar paralisação de obras importantes. Está convencido de que é no TCU que a oposição busca combustível para esquentar a CPI da Petrobras. Afinal, foi de lá que saíram as informações sobre as suspeitas de superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, da terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). No caso do PAC, criado em 2007, o TCU sempre contesta o ritmo das obras, quando o governo divulga os balanços do programa carro-chefe da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Desde o início do governo, em 2003, os governistas não conseguiram emplacar nenhum ministro no TCU. Foram quatro indicações. A última tentativa foi o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), derrotado pelo ex-senador José Jorge (DEM-PE), que assumiu a vaga em fevereiro deste ano. Até mesmo o ex-deputado gaúcho Augusto Nardes (PP) chegou ao Tribunal por causa do apoio da oposição na Câmara e não pelas mãos do Planalto.

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