quarta-feira, 28 de abril de 2010

Disputa por vaga do Senado ameaça unidade tucana

O PSDB, como se sabe, é um partido de amigos integralmente composto de inimigos.



Dizia-se que a eleição de 2010 produzira um inédito estreitamento de inimizades.



Não é bem assim. A divisão voltou a se materializar em São Paulo, berço da legenda.



As divergências afloram numa disputa pela vaga de candidato ao Senado.



De um lado, Aloysio Nunes Ferreira, ex-chefe da Casa Civil do governo José Serra.



Do outro, o deputado José Aníbal, ex-líder tucano na Câmara.



Aloysio é apoiado pelo grupo de Serra. Aníbal integra a ala de Geraldo Alckmin.



O lufalufa imiscui-se no calendário da candidatura de Alckmin ao governo paulista.



O PSDB programara para esta quinta-feira (29) o lançamento de Alckmin.



Depois de expedidos os convites, o encontro teve de ser adiado. Por quê?



Pretendia-se anunciar toda a chapa majoritária –governador e dois senadores.



Nenhuma dúvida quanto ao candidato ao governo. Alckmin acertou-se com Serra.



Tudo certo quanto ao ocupante da primeira vaga do Senado: Orestes Quércia.



Presidente do PMDB-SP, Quércia vai às urnas como dissidente do PMDB federal.



O único o rififi que opõe Aloysio e Aníbal. O grupo de Serra advoga um acordo.



O acerto passaria pela desistência de Aníbal. O deputado, porém, estica a corda.



Aníbal foi buscar no estatuto do PSDB o remédio para o impasse: exige prévias.



O impasse será submetido ao diretório do PSDB-SP, presidido por Mendes Thame.



Enquanto não for desatado o nó, adia-se o lançamento da candidatura de Alckmin.



Tudo isso ocorre no coração do maior colégio eleitoral do país. Péssimo presságio.

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