Ciro Gomes tornou-se a principal preocupação de Lula e do comando petista da campanha de Dilma Rousseff.
O presidente e o petismo ruminam o receio de que, a exclusão de Ciro do tabuleiro presidencial, coisa dada como certa, produza barulho.
Dono de temperamento mercurial, Ciro digere seus rancores, por ora, em privado. Receia-se que, consumada a exclusão, ele se torne franco atirador.
Um detalhe tonificou o receio. Lula pediu a um auxiliar que tocasse o telefone para Ciro, para convidá-lo para uma conversa.
Até a noite passada, o ‘quase-ex-presidenciável’ não se dignara a responder aos telefonemas do Planalto.
Também o PSB tenta administrar o desembarque. O partido busca uma mágica: quer retirar Ciro do páreo sem grudar nele a pecha de derrotado.
Goverbador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos passou 48 horas em Brasília. O pretexto da viagem foi a festa de aniversário da Capital.
Abaixo da linha d’água, Campos reuniu-se com outros dirigentes da legenda. Acertou a realização de uma consulta aos diretórios estaduais.
O resultado será levado à reunião da Executiva, marcada para a próxima terça (27). É nesse dia que o PSB pretende amarrar o guizo em Ciro.
O passo seguinte seria a adesão ao megaconsórcio partidário que se formou em torno de Dilma Rousseff.
No QG de Dilma, cogita-se convidar Ciro para assumir missões executivas na cruzada da candidata de Lula –a coordenação da campanha no Nordeste, por exemplo.
Quem conhece Ciro descrê da possibilidade de que ele venha a aceitar uma tarefa que, longe de lhe servir de bâlsamo, acentuaria a humilhação.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
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