quarta-feira, 28 de abril de 2010

PT se nega a engolir aliança branca de Cid com Tasso

A demonstração de boa vontade do PSB para com o PT não eliminou o contencioso do partido de Lula com a família Gomes.



Depois do abate de Ciro Gomes, excluído a contragosto da disputa presidencial, o petismo leva o irmão dele, Cid Gomes, à alça de mira.



Governador do Ceará, Cid mantém com o grão-tucano Tasso Jereissati, velho amigo dos Gomes, uma aliança branca.



Para azeitar a reeleição do senador Tasso, Cid tramou acomodar em sua chapa apenas um candidato ao Senado.



Comprometeu-se com o deputado Eunício Oliveira, do PMDB. E torce o nariz para o deputado José Pimentel, candidato do PT.



O petismo federal decidiu endurecer o jogo. Não vai abrir mão da indicação de Pimentel, ex-ministro da Previdência, para o Senado.



Além de incomodar Tasso, a intransigência do PT deixa desassossegado o PMDB de Michel Temer, o futuro vice de Dilma Rousseff.



O grupo de Temer solidariza-se com Eunício, que receia a concorrência de Pimentel.



O eleitor cearense vai mandar para Brasília dois senadores. Empurrado pelos Gomes, Tasso vai à disputa com cara de favorito.



Sem Pimentel, Eunício tem mais chances de beliscar a segunda cadeira. Receia ficar de fora se o petista entrar no jogo.



A cúpula do PSB agendou para terça-feira (5) da semana que vem um encontro com a direção do PT.



Vao à mesa dois assuntos: o apoio do PSB à presidenciável Dilma Rousseff e os acertos que de palanques estaduais.



Depois de passar na lâmina a candidatura de Ciro, o PSB espera obter o apoio do PT para onze candidaturas a governos estaduais.



Uma delas é a de Cid Gomes, candidato à reeleição. Os acertos do irmão de Ciro com Tasso injetarão veneno na conversa.

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