Cobiçado por PT e PMDB, o senador e ex-governador baiano Cesar Borges decidiu levar o seu PR para o palanque de Geddel Vieira Lima.
O acordo do pêérre Cesar com o pemedebê Geddel foi fechado neste domingo (11).
Até a véspera, dava-se como certo que o PR integraria a coligação do governador Jaques Wagner, do PT, que busca a reeleição.
A meia-volta do senador sacudiu a cena eleitoral baiana. Terceiro colocado nas pesquisas, Geddel ganha musculatura política.
Na terça Geddel e Cesar se reúnem, em Brasília, com os presidentes nacionais de suas legendas: Michel Temer (PMDB) e Alfredo Nascimento (PR).
No plano nacional, os dois partidos estão fechados com a candidata de Lula, Dilma Rousseff.
Vitaminado pelo PR, Geddel dispõe, agora mais do que antes, de argumentos para exigir que Lula e Dilma prestigiem o seu palanque na Bahia.
Cesar Borges entra na coligação de Geddel como candidato à reeleição para o Senado. O PT de Wagner já lhe havia assegurado a mesma posição.
Mas o senador encontrou no PMDB maior receptividade para acomodar os candidatos proporcionais do PR (deputados federais e estaduais).
Como subproduto do acordo, Geddel ampliou a sua vitrine eletrônica. Antes do acordo com o PR, tinha o menor tempo de TV.
Agora, deve ter pouco mais de sete minutos. Wagner, terá seis minutos e uns quebrados. E Paulo Souto, candidato do DEM, algo pouco acima de cinco.
Cesar Borges nasceu politicamente sob as asas de ACM, o velho cacique pefelê, morto em julho de 2007.
Em 1994, elegera-se vice-governador, na chapa de Paulo Souto, outra cria de ACM. Na eleição seguinte, 1998, Cesar foi à cadeira de governador.
Em outubro de 2007, três meses depois da morte de ACM, Cesar Borges, já no Senado, migrou para o PR.
Agora, alia-se a Geddel, um dos principais adversários de ACM na Bahia. O movimento deve levar a um reposicionamento do PR na Assembléia Legislativa baiana.
Hoje, o partido do senador integra a bancada que apóia o governo do PT, outro proto-adversário de ACM na política baiana.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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