O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), encontrou um culpado para a tragédia que acomodou sob seu mandato mais de 100 cadáveres: a demagogia.
Disse o governador: “A demagogia levou a essa situação. Aqui no Rio isso é muito forte. Pessoas morando em áreas de risco como se fosse natural. Não é natural”.
Difícil negar razão a Cabral. O que fazer? “Temos que tomar decisões duras”, diz o governador.
Ora, Cabral caminha para o término do seu primeiro mandato. Que medidas adotou? Não disse. Reivindica um segundo mandato.
Que providências planeja adotar caso seja reeleito? Ainda não informou. Sabe-se de antemão que nem só de dureza é feita a solução.
Ninguém mora em área de risco por gosto, mas por precisão. Ao Estado cabe prover, suavemente, terrenos e financiamento para moradias adequadas.
Unindo-se a dureza à suavidade, o problema some. Demora, mas some. Fora disso, campeia a demagogia.
- Em tempo: O plenário do TCU decidiu, na tarde desta quarta (7), requisitar informações ao governo.
Quer saber por que o Rio é o Estado que menos recebeu verbas do orçamento de prevenção de “emergências e desastres”.
Deseja saber também por que a Bahia, Estado do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) figura como a unidade da federação mais bem aquinhoada.
- Atualização feita às 22h31 desta quarta (7): Um novo deslizamento ocorreu há pouco em Niterói, região metropolitana do Rio.
Deu-se num morro situado em bairro de nome aprazível: Viçoso Jardim (!?!). Estima-se que algo como 50 casas tenham sido atingidas.
Até aqui, os mortos da tragédia do Rio são contados em 145, dos quais 79 residiam em Niterói. É triste, mas a estatística tende a crescer.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
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Um comentário:
Tenho certeza que não foi essa a intenção. Cabral está nervoso, aliás, todos nós estamos nervosos com esses acontecimentos.
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